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Universidade Federal de Goiás
Jazz

Jazz na Vila Boa

Em 21/02/19 17:00. Atualizada em 21/02/19 17:36.

Professor da Regional Goiás, Rodrigo Bombonati levou o gosto pelo Jazz para um programa de rádio

Texto e Fotos: Weberson Dias

 

Foi na noite paulista que o professor do curso de Administração da Regional Goiás, Rodrigo Bombonati, teve seu primeiro contato ao vivo com o Jazz. Já tinha ouvido algumas músicas, porém naquela noite o ritmo o embalou e uma apresentação lhe atraiu a atenção e o coração. Desde então, passou a admirar o ritmo, o que o levou a colecionar discos, baixar cada vez mais músicas de Jazz nas plataformas digitais e falar mais sobre o ritmo.

No final de 2018, ao chegar à Cidade de Goiás, em busca de lugares de identificação, decidiu que o ritmo que o contagiou à primeira vista poderia casar-se perfeitamente com as atividades acadêmicas. A “ponte”, como diz o professor, foi inevitável. “Nos EUA, o Jazz não é só uma música, mas é um objeto de estudo acadêmico. Há muitos profissionais, professores, pesquisadores, que são músicos e que produziram obras sobre o Jazz, pois ele tem uma questão social muito forte”, explicou Bombonati.

Rodrigo Bombonati

A ideia

Na bagagem, a ideia perseguia o professor. Um certo dia, em conversa com a direção da Rádio Vila Boa FM, o projeto “Jazz na Boa” tornou-se realidade. O primeiro programa se deu no dia 13 de fevereiro, estreia que coincidiu com o Dia Mundial do Rádio. Informações, curiosidades, apoio cultural e músicas tradicionais e contemporâneas se intercalam em uma hora de programa e passam a ter um horário reservado na grade da emissora comunitária vilaboense.

O programa será todas as quartas, a partir das 20h. A emissora disponibiliza a programação em tempo real no site (www.vilaboafm.com.br) e dá possibilidades de interação. “Essa proposta não é apenas para tocar músicas de Jazz. Pretendemos formar público ouvinte de Jazz. Queremos que as pessoas se acostumem a ouvi-lo. Trata-se de uma proposta cultural, por isso vinculei essa proposta a um projeto de extensão na UFG”, alertou.

Experiência

Além de ser a primeira experiência como locutor de rádio, o professor destaca que tem uma responsabilidade grande com a deferência que merece o ritmo. “É mais fácil dar uma aula para cem alunos, que encarar esse microfone. Eu falei essa frase no ar. Eu tô aprendendo a fazer rádio e tentei me inspirar em alguns radialistas de SP”, destacou ele, acrescentando que o ritmo é centenário e que muita gente deu a vida para fazer este ritmo musical. “Está muito presente na história, na vida das pessoas e é muita responsabilidade você falar de Jazz, falar de Jazz para o público é algo muito especial”, lembrou ele.

O professor adiantou ainda outros projetos que pretende realizar num futuro não muito distante. Segundo ele, desenvolver Projeto de Extensão (envolver a comunidade vilaboense), ofertar um Núcleo Livre na UFG sobre o ritmo, entrar ao vivo de pontos diversos da cidade, fazer pesquisas sobre o Jazz na região, atrair músicos de Jazz da/para a cidade e realizar o 1º Festival de Jazz da Cidade de Goiás. “Aqui é uma cidade turística, vem turistas do país inteiro e provavelmente desses todos que vêm, não é possível que nenhum goste de Jazz”, questionou. “Além disso, os projetos são coletivos, em prol do Jazz e precisam ser apropriados pelas pessoas”, afirmou, comentando que busca músicos com afinidades musicais.

Sax Tenor

Entre risos e um bom papo, revelou também que consegue tirar algumas músicas do saxofone. “Eu sou um aluno amador do instrumento. Não sou especialista do instrumento, ainda estou aprendendo”, disse com modéstia.

Quando questionado sobre sua motivação, o professor destacou que isso é o que faz sentir-se vivo e realizar um antigo desejo. “O Jazz é uma música que é civilizatória e que nos ajuda a desenvolver diversas formas de ver o mundo. É um ritmo complexo, racional, estruturado, difícil de ser tocado e que exige disciplina para músicos que queiram aprender.

Ele assegurou ainda que não espera ter 10 mil curtidas na página do Facebook (www.facebook.com/jazznaboa). “Não é nada profissional, não é uma coisa obrigatória, mas eu espero que continue assim e eu quero continuar fazendo”, finalizou. 

Fonte: Regional Goiás

Categorias: Eu Faço Arte