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Universidade Federal de Goiás
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Desafios da produção na nova Revolução Industrial

Em 22/03/19 16:16. Atualizada em 26/03/19 07:54.

Evento realizado pelo curso de Engenharia de Produção da UFG abordou a temática da indústria 4.0

Texto: Letícia Santos

Fotos: Natália Cruz

O II encontro Goiano de Estudos em Engenharia de Produção (EGOEEP), realizado pelo Curso de Engenharia de Produção, da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Federal de Goiás, Câmpus Aparecida de Goiânia, contemplou uma vasta programação em três dias de evento.

Na última quinta-feira (21), foi realizada a palestra “Desafios e tendências da melhoria contínua e a conexão com a indústria 4.0” com a professora Fabiane Letícia Lizarelli, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Fabiane iniciou sua fala perguntando para o público “o que você entende por qualidade?”, ela defendeu a concepção de que a ideia de qualidade é subjetiva, a partir da explicação sobre a importância da gestão de qualidade e das suas ramificações.

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Considerando o campo de estudo e trabalho do engenheiro de produção, o evento buscou também abordar como esse profissional se insere na Era da Indústria 4.0, termo que se popularizou recentemente para caracterizar as novas transformações nos âmbitos econômicos, sociais e até mesmo político, devido a inserção de novas tecnologias no cotidiano.

Essa nova revolução industrial é pautada pela automação industrial, grande volume de dados (big data), redes industriais de comunicação, internet das coisas, inteligência artificial, entre outros aspectos tecnológicos. Para a professora, os processos de produção nas indústrias ganharam uma perspectiva nova a partir do advento das novas tecnologias. “A nova revolução quer uma indústria autônoma, ou seja, que as máquinas se auto gerenciem”.

De acordo com dados do Fórum Mundial de 2016, apenas 4% das empresas brasileiras têm alguma iniciativa de indústria 4.0 no seu processo de produção. No ranking de 130 países, o Brasil ocupa a posição 72. Fabiane reconhece a dificuldade em ter essa nova ferramenta pois demandaria investimentos financeiros. “Muitas vezes é preciso comprar essas ferramentas tecnológicas porque é tão diferente e novo que não é possível desenvolver dentro da própria indústria”.

De acordo com Fabiane, as tecnologias prometem influenciar ainda mais a vida humana e a produção industrial no futuro. A integração de informação entre as máquinas seria uma dessas mudanças, a partir do desenvolvimento de sensores em redes que estarão providos de softwares. “As máquinas tomarão as decisões”. Para a professora, isso poderá gerar uma transformação na forma de trabalhar e impactar diretamente a vida dos trabalhadores. “Apesar de muito positiva, a indústria 4.0 pode gerar a necessidade de trabalhadores ainda mais especializados. Por isso continuar com os estudos é o caminho ideal”.

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Fonte: Secom UFG

Categorias: Tecnologia