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Universidade Federal de Goiás
dentadura

Pesquisa utiliza alternativa simplificada para estabilizar dentadura inferior

Em 10/10/19 15:38. Atualizada em 10/10/19 16:15.

Procedimento de baixo custo aumenta a segurança e qualidade de vida de quem utiliza a prótese

Carolina Melo

Cerca de 39 milhões de brasileiros utilizam próteses dentárias, as chamadas dentaduras, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). Para aqueles que precisam utilizar a prótese na região inferior da boca, lidar com o desconforto nos momentos em que mastigam ou mesmo falam faz parte do desafio da rotina social, devido à dificuldade de fixação e estabilidade da dentadura.

dentadura

Visando melhorar a qualidade de vida desse público, uma série de pesquisas realizadas pela Universidade Federal de Goiás (UFG) utilizou implante único associado à dentadura, o que permite “prender” a dentadura inferior por meio de um sistema de encaixe, transformando-a em uma overdenture. A tese de doutorado que abrangeu estes trabalhos ganhou o Prêmio Capes de Tese 2019, sendo considerada a melhor na área de Odontologia em nível nacional.

Enquanto a literatura científica sugere o uso de ao menos dois implantes para a fixação da prótese na boca, o estudo desenvolvido por Túlio Eduardo Nogueira, do Núcleo de Pesquisa em Prótese e Implante (NPPI) da UFG, propõe solucionar o problema de baixa firmeza com apenas um implante, o que diminui os custos do material e torna o tratamento mais acessível à população de baixa renda e mais viável em caso de pacientes muito idosos.

Orientado pelo professor Cláudio Rodrigues Leles, os pesquisadores objetivaram também realizar uma análise econômica do procedimento, fornecendo evidências científicas a serem apresentadas aos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), no sentido de disponibilizar o tratamento na lista de procedimentos cobertos pelo sistema público. Conforme explica o pesquisador Túlio Nogueira, com o implante único, a dentadura recebe uma espécie de encaixe, “como se fosse um botão de pressão na parte interna da prótese”, o que fornece firmeza considerável da prótese ao paciente.

Vida social

A avaliação do pesquisador é que o implante faz diferença inclusive na vida social dos pacientes. Cerca de 100 participantes tratados pelo grupo de pesquisa com esta modalidade de tratamento estão em acompanhamento na Faculdade de Odontologia da UFG. Tanto o tratamento como os acompanhamentos são realizados sem qualquer custo.

Túlio Nogueira

Segundo Túlio, os resultados têm sido satisfatórios e geram segurança aos cirurgiões dentistas para a utilização da técnica. “Os pacientes nos relatam que se sentem mais confortáveis e seguros para executar as funções mastigatórios e de fala, o que contribui, inclusive para a reinserção social. Eles relatam que adquirem uma segurança no convívio social que, antes, somente com a dentadura, não tinham”.

Veja também matéria produzida pela TV UFG:

Atendimento na Faculdade de Odontologia da UFG

A Faculdade de Odontologia atende pacientes encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), via Sistema Único de Saúde. Para agendar atendimento é preciso ir pessoalmente a uma das unidades ou centros de saúde mais próximos à sua residência.

Fonte: Secom UFG

Categorias: Saúde