Metrópoles causam impactos que precisam ser investigados
Seminário teve as grandes cidades como tema de discussão
Débora Alves
“A Questão Metropolitana” foi o tema escolhido para o segundo II Seminário de Planejamento, Paisagem Urbana e Sustentabilidade (SEPPAS), realizado de 04 a 06 de outubro na Universidade Federal de Goiás (UFG). O evento ocorre no Auditório da Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás e teve em sua cerimônia de abertura a presença do Reitor da UFG, Edward Madureira, do presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU/GO), Arnaldo Mascarenhas, a Conselheira da CAU/GO, Maria Ester, da coordenadora do Programa de Pós-graduação em Projeto e Cidade (PPGPC-UFG), Érica Kneib e da professora da Faculdade de Artes Visuais (FAV) e coordenadora do evento Luana Karllas.
Edward Madureira abriu sua fala destacando que “Teríamos todos os motivos para ter esse ano perdido em nossas vidas e perdido na vida da UFG, mas ao contrário, está sendo um dos anos mais intensos em todos os sentidos, no engajamento das pessoas com a causa da universidade, educação pública e eventos”, ressaltando também o quão essenciais são as universidades federais. A coordenadora do PPGPC, Érica Kneib, levantou a importância da pesquisa e da discussão do que se tem pesquisado e a Conselheira da CAU/GO, Maria Ester, falou do hábito de saber tudo por ler uma frase no celular, mas que os alunos precisam se dedicar aos estudos para uma sociedade melhor.
A primeira palestra do evento foi com a professora da Fav Luana Karllas, com o tema “As metrópoles e suas questões à luz do Estatuto da Metrópole”. Ela iniciou sua palestra com o conceito de metrópole, lembrando que quando se fala em metrópoles estamos extrapolando o espaço urbano. Mostrou por meio de gráficos que o Brasil tem uma maior concentração populacional no litoral e ressaltou que a ocupação do país ocorre de forma desigual, uma vez que na Amazônia há 62 municípios e Minas Gerais tem mais de 800.
Luana Karllas falou sobre o Estatuto da Metrópole - Lei n° 13.089, 12/01/2015, que apesar de já existir há quase cinco anos ainda falta muito para que tudo que está previsto no documento seja aplicado e se adeque a realidade: "Ainda existe falta de continuidade dos instrumentos de desenvolvimento urbano e uma integração entre os municípios". Ela apresentou a situação em que as regiões metropolitanas se encontravam e afirmou que “o crescimento da população gera um aumento no consumo de água, na produção de resíduos sólidos e a diminuição da área verde que é o fato gerador de toda a situação de calamidade quando chove”.
Ela também enfatizou que vivemos em uma política de desvalorização do serviço de transporte público o que acaba por estimular que cada um tenha seu próprio veículo, ocasionando o aumento da emissão de gás carbônico na atmosfera, o aumento das temperaturas e que é preciso mais áreas verdes para reduzir o índice de poluição diminuindo o efeito estufa. O evento ainda contará com palestras e apresentações orais até o dia seis de novembro. Também participou nesse primeiro dia de evento o professor de Politecnico Di Milano, Alessandro Tessari com a palestra “Informal Rooting: Um Atlas Aberto”.
Fonte: Secom UFG
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