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Universidade Federal de Goiás
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Atuação inovadora marca presença da UFG na Campus Party Goiás

Em 11/07/20 14:35. Atualizada em 13/07/20 13:03.

Professores apresentaram atuação da universidade nas áreas de empreendedorismo e enfrentamento à Covid-19

Caroline Pires e Ednamar Dias

 

Diversos pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) participaram  da Campus Party Goiás 2020, realizado de 9 a 11 de julho de forma inteiramente online. Professores de várias áreas da universidade puderam apresentar suas pesquisas de forma dinâmica e didática, estimulando os participantes a atuar de maneira cada vez mais intensa nas áreas de inovação e tecnologia. 

Com o tema "Inovações no combate a Covid-19" os professores Nelson Antoniosi (IQ/UFG), Carolina Horta (FF/UFG) e Gabriela Duarte (IQ/UFG) apresentaram as contribuições da universidade diante da pandemia. As apresentações foram mediadas pelo diretor Científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás,  Marcos Fernando Arriel.

As falas destacaram a necessidade urgente de que o Brasil invista em ciência para que saia do espaço de mero fornecedor de matéria-prima para outros países. "A pandemia escancarou que somos dependentes de praticamente tudo. Precisamos o Brasil hoje importar respiradores, testes, medicamentos... E qual a razão disto? Investimos pouco em tecnologia", afirmou Nelson Antoniosi.

Já Gabriela Duarte apresentou o desafio que tem sido para grande parte dos países realizar a testagem da sua população durante a pandemia. Para isso, ela apresentou o teste molecular para Covid-19 que foi desenvolvido na UFG . "Como o nosso teste conseguimos economizar com tempo, reagentes e recursos financeiros, além deste ser portátil", afirmou. A professora adiantou que na próxima semana será dado início aos processos de validação do teste para que ele já possa ser utilizado de forma ampliada em breve. O projeto foi realizado de forma conjunta com a prof.ª Elisângela Lacerda, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB/UFG) e estudantes da pós-graduação e iniciação científica.

Utilizando Inteligência Artificial, a professora Carolina Horta desenvolve projeto para gerar modelos que sejam capazes de filtrar e priorizar compostos que tenham maior potencial de ter reação contra o vírus Sars-Cov2. A pesquisadora explicou que o seu grupo de pesquisa já trabalhava na buscar com fármacos para o Zika vírus e que diante da pandemia da Covid-19 passou a trabalhar também nesta frente. "Neste momento alguns fármacos já foram selecionados e estão sendo realizados. Tivemos resultados preliminares muito interessantes e esperamos muito em breve conseguir iniciar testes clínicos", adiantou.

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Empreender para reiniciar o planeta

No dia 10/7, o Centro de Empreendedorismo e Inovação (CEI) marcou presença na Campus Party. Os alunos da UFG Júnior Mata (Arquitetura e Urbanismo), vencedor do  Hackathon Inovações para a Saúde UFG (2019) com um sistema de tratamento de esgoto, fabricado com materiais reciclados e mudas de bambus, e do 7º Hackathon de Saúde do Hospital New Haven da Universidade de Yale, nos EUA (2020) com um projeto de biosensor que  identifica doenças nas fezes e urina; Tiago Hermano (Sistemas de Informação), vencedor do Hackathon de Inovações para a UFG(2019) com o aplicativo Minha Jornada TCC e do Red Bull Basement University (2019), além de Carol Peixoto(Economia), presidente da Beta 2 Economia Júnior (2019) UFG e presidente executiva da Goiás Júnior(2019-2020) compartilharam suas experiências e  pedirem mais engajamento e oportunidades para que os empreendedores sigam em busca de soluções transformadoras para si mesmos e para a sociedade.

O estudante Júnior Mata também agradeceu pela convite para  participar da Campus Party e lembrou as comunidades que mais buscam acesso às transformações tecnológicas." Estou aqui em nome dos pretos e pobres, povo que mais sofre com a falta de  tecnologia, saúde, saneamento, segurança e educação", resumiu.

Emilia Rosângela, gerente do CEI/UFG, lembrou as ações e iniciativas do CEI UFG, dentre elas a Olimpíada de Empreendedorismo, aberta a estudantes de todo o Brasil, os Hackathons, Prêmio TCC Empreendedorismo e  o 1o. Ideathon de Saúde, que está sendo realizado em 2020, e  busca soluções inovadoras para momentos de crise na Saúde pública."Nossas ações buscam estimular o empreendedorismo, mas não se resume ao desenvolvimento de projetos, de uma empresa, queremos também despertar o empreendedor que trabalha em casa, o que estuda, o que é colaborador inova no ambiente de trabalho", concluiu.
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Soluções para a saúde

Dando continuidade a participação da UFG na Campus Party, a prof.ª Helena Carasek, diretora de Transferência e Inovação Tecnológica da Pró-reitoria de Pesquisa e Inovação, iniciou o painel "Ciência e Inovação: prototipando soluções para a saúde" afirmando que a universidade está ainda mais ativa do que antes da pandemia e desempenhando um papel fundamental para o enfrentamento da pandemia.  

Uma dessas ações é o Projeto Pneuma, desenvolvido pela Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação (EMC), em duas frentes: manutenção e fabricação de ventiladores respiratórios."Fizemos diversas configurações no equipamento e testes de bancadas por vários meses. Esta semana iremos fazer um novo teste com mais uma versão mas nova do ventilador respiratório. Esperamos dar em breve a entrada na etapa de registro na Anvisa e posterior fabricação do equipamento", adiantou.

Logo quando a pandemia teve início em março deste ano, o IPELab, ligado à Pró-reitoria de Pesquisa e Inovação da UFG, iniciou os primeiros movimentos para o desenvolvimento de protetor facial para profissionais de saúde. "Começamos a pensa os protótipos de Face Shields quando não havia ainda nem ao menos especificações da Anvisa para os equipamentos. Hoje já entregamos mais de 19 mil protetores faciais", concluiu.

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Cultura Maker

Criatividade, colaboração, sustentabilidade de escalabilidade. Estes são os pilares da Cultura Maker de acordo com o prof. Pedro Henrique Gonçalves, coordenador geral do IPELab UFG, que participou do Goiás Campus Party neste sábado, 11/7. Segundo ele, o ímpeto da produção e colaboração para inovações e ideias é algo inato do ser humano desde a infância. "Os espaços makes são compostos de ferramentas manuais, ferramentas digitais, sujeitos e a criatividade como carro chefe. O principal deste cenário é que quanto mais pessoas de diferentes áreas participem mais criatividade teremos", explicou. 

O professor destacou que a Universidade é o espaço do conhecimento e que ela vem agindo mais a cada dia sempre transformado e inovando em formas de empreender e devolver o investimento que recebe para a sociedade. "Hoje temos o IPELab que funciona no Câmpus Samambaia e há previsão de ampliação de mais 6 unidades em todo o estado. Buscamos assim democratizar o uso da tecnologia", destacou. Por fim, o professor defendeu que o processo criativo não tem idade e que todo aquele que se propõe a ser um maker deve estar sempre preparado aos erros e a colaboração.

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Desde 2018 a UFG iniciou o projeto de construção de diversos espaços makers em Goiás

 

Fonte: Secom/UFG

Categorias: Tecnologia FF IQ PRPI