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Universidade Federal de Goiás
Aula aberta Fic

Aula aberta discute Fake News

Em 06/10/20 10:48. Atualizada em 06/10/20 10:48.

Projeto visa socialização do conhecimento produzido na Universidade

Mariana Machado 

A professora Simone Tuzzo, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de Goiás (FIC/UFG), realizou nesta segunda-feira (5/10), uma aula aberta abordando a temática “Fake news: conceitos e implicações sociais”. Coordenada pelo professor do PPGCOM, Magno Luiz Medeiros, o projeto “Aula Aberta” é uma iniciativa do programa de extensão Enredos Digitais. 

Aula aberta Fic

Durante a aula, a professora Simone Tuzzo salientou que é inquietante pensar fake news. “O tema faz parte desse nosso pensamento crítico e da nossa inquietação como cientistas da comunicação”. De acordo com ela, o termo em questão é complexo e não deveria existir, pois se é falso não pode ser notícia. “News vem de notícia, que é o acontecimento que a mídia propaga, ou seja, algo real. Então, notícia falsa é um termo que não deveríamos nem adotar”.

Para Simone, discutir o tema Fake News na atualidade, ajuda a pensar sobre a necessidade de refletir o momento pelo qual o mundo está passando, ou seja, sofrendo as consequências das mídias digitais que oferecem terreno fértil para a desinformação. Além disso, ela destacou sobre o desafio de repensar a forma de se fazer comunicação, pois segundo a professora somos bombardeados por excessos de informações não confiáveis.  

De acordo com Tuzzo, fake news vem sendo relacionada com a liberdade de expressão. No entanto, pontua que, apesar de o indivíduo ser livre para opinar sobre tudo, não há liberdade de expressão quando se fala em disseminar mentiras e notícias falsas. “Propagar informação falsa é crime, portanto, não existe liberdade de expressão para isso”, reiterou Simone. Segundo a professora, o termo fake news deveria ser compreendido como toda informação comprovada falsa, capaz de prejudicar outra pessoa.

Simone Tuzzo considera fundamental que a pessoa, ao receber e ao propagar informações, deveria primeiro checá-las, compreendê-las e posteriormente emitir uma opinião sobre. “Se uma pessoa não compreende ou interpreta mal uma informação, ela corre o risco de deturpar aquilo que ela fala. Assim, nasce uma fake news, nasce da própria informação”, ponderou. 

Além disso, a professora ressaltou que opinião é diferente de argumentação, e compreender isso é fundamental para que as fake news não sejam geradas. Conforme Simone, outro problema que leva a uma sociedade balizada em fake news, é o volume de informações que as pessoas recebem. “Muitas vezes, há uma omissão nessas informações. E exatamente pelo recorte que é feito e a forma que a informação é passada, a interpretação que ela gera, é o que na verdade gera a fake news”. 

Simone também enfatizou que a sociedade está repleta de sofomaníacos, isto é, mania ou hábito no qual uma pessoa desprovida de inteligência se considera extremamente inteligente. “Muitas pessoas não têm o conhecimento adequado para dar opinião sobre o fato, mas mesmo assim adoram comentar sobre. Isso é preocupante, porque essas pessoas tem voz e publicam nas redes sociais, de alguma forma isto vai gerando conteúdos desnecessários”, observou a professora. 

Confira a aula na íntegra disponível no link do canal FIC no YouTube 

 

Fonte: Secom-UFG

Categorias: Humanidades Fic