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Universidade Federal de Goiás
Evento Sífilis

Casos detectados de sífilis estão em ascensão em Goiás

Em 09/11/20 10:11. Atualizada em 09/11/20 10:11.

Evento aborda ações estratégicas da Secretaria de Saúde, Ministério da Saúde e Liga Acadêmica LAINFI-UFG para combater a doença

O perfil epidemiológico da sífilis aponta crescimento na última década. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, no período entre 2010 e 2020 foram detectados 25.616 casos de sífilis adquirida, 12.707 casos em gestantes e 2.385 casos de sífilis congênita em todo Estado. Desses números, 19,6% dos casos foram registrados apenas no ano passado. Em 2019, a média de detecções por dia foi de 15 casos sífilis adquirida, 6 casos de sífilis em gestante e 0,9 casos de sífilis congênita. Os dados foram apresentados pela gestora da área da Coordenação Estadual de IST/Aids, Letícia Vilar, na mesa-redonda “Sífilis: Eu sei. Você sabe?” que ocorreu na última quinta-feira (5/11). A transmissão do evento foi realizada pelo Centro Integrado de Aprendizagem em Rede da Universidade Federal de Goiás (CIAR/UFG).

Evento Sífilis

Para Letícia, o aumento dos registros é resultado das campanhas de detecção com testes rápidos desenvolvidas no Estado e refletem a falta da adesão dos preservativos nas relações sexuais além da desinformação sobre o tratamento e a gravidade da doença em toda população. Entretanto, embora a recorrência de casos de sífilis adquirida e em gestantes seja crescente, há um controle dos casos de sífilis congênita. “Isso se dá ao empenho dos profissionais que têm feito um ótimo trabalho no pré-natal de estar identificando essa gestante precocemente e estar tratando adequadamente.” afirmou.

Dentre as ações executadas pela Secretaria de Estado da Saúde para controle da sífilis em Goiás, Leticia Vilar enfatizou a distribuição de kits, testes rápidos e medicamentos para todos os municípios, a capacitação dos profissionais da àrea de saúde e a instituição do Comitê Estadual de Investigação da Transmissão Vertical da Sífilis, HIV e Hepatite Virais.

O projeto interfederativo “Sífilis Não” é idealizado pelo Ministério da Saúde e atua em todo território brasileiro em parceria com os municípios. "Como mostrado nos indicadores, nós estamos percebendo que ele está crescente. Então nós temos que em cada território traçar as estratégias que consigam reduzir esse indicador.” afirma Cassia Carneiro, apoiadora da proposta. O principal propósito da campanha é ampliar o acesso da população ao diagnóstico e ao tratamento na rede básica de saúde. Para isso, as estratégias utilizadas visam fortalecer a vigilância epidemiológica, articular setores e comunidades e corresponder às demandas para eliminação da doença. Levantamentos feitos pelo Ministério da Saúde mostram que atualmente em todo país há testagem rápida disponível na rede pública de saúde.

Universidade

Marcela Moya é estudante de medicina da UFG e diretora do Liga Acadêmica de Infectologia e Imunologia da Universidade Federal de Goiás (Lainfi), no debate ela apresentou as ações realizadas pela liga acadêmica. “O nosso objetivo era sempre ter uma campanha por mês e tentar abordar os mais variados temas da infectologia, mas o nosso carro-chefe sempre foi a testagem rápida para ISTs”, explicou. Ela ressalta que estudantes de todas as instituições podem participar do projeto.

As campanhas de testagens rápidas realizadas pela Lainfi contam com a capacitação dos voluntários e aconselhamento da população para fazer o teste. A estudante explica que primeiro é colhido a amostra do paciente e realizado um pré-teste não treponêmico que tem caráter de triagem. Caso o pré-teste apontar reagente para sífilis ele não descarta e nem confirma a doença, então é necessário realizar o teste treponêmico para receber o diagnóstico final. 

A entrega do resultado é feita em local reservado para que o paciente converse com o médico em particular. “Nessa conversa é oferecido apoio emocional, é feito uma educação em saúde, as dúvidas dos pacientes são esclarecidas e também temos a oportunidade de entregar preservativos masculinos e femininos e explicar a importância de usar”, disse. Aos pacientes diagnosticados com sífilis é feito o encaminhamento para tratar a doença adequadamente nas unidades de saúde.

Fonte: Secom-UFG

Categorias: Saúde