Foi publicado essa semana o artigo “Space Policies Intertwined: The Space Force and the Alcantara Safeguard Agreement in the Venture of Militarizing Space” no site da Yale Review of International Studies – YRIS. Escrito por três alunos do curso de Relações Internacionais da UFG, o artigo discute as possíveis dinâmicas entre a criação de uma Força Espacial nos Estados Unidos e a celebração do Acordo de Salvaguardas entre o Brasil e os estadunidenses em relação ao Centro de Lançamentos de Alcântara, no Maranhão. 

A ideia para o artigo surgiu da iniciativa proposta no âmbito de uma disciplina optativa ministrada pela Profª. Laís Thomaz, docente adjunta do curso de RI na UFG. O trabalho final foi posteriormente expandido e submetido para apreciação do Conselho Editor da YRIS, tendo sido selecionado para publicação dentre manuscritos apresentados por graduandos de todo o mundo.

Matheus Almeida, um dos autores do artigo, diz que “foi extremamente gratificante ter esse trabalho reconhecido por uma instituição como a YRIS. Acredito que a publicação desse artigo valida toda a dedicação que houve por trás do seu processo de elaboração”. Ainda acrescenta que “essa publicação atesta para a qualidade do ensino ao qual os discentes de RI da UFG têm acesso”. Por fim, Matheus acredita que “essa publicação pode abrir portas para outros discentes que queiram publicar seus trabalhos em revistas internacionais”.

Ana Carolina Lima, outra autora, indica uma das influências por trás do artigo. Ela diz que “como maranhense, nascida e criada em São Luís, o Centro de Lançamentos de Alcântara sempre me despertou muito interesse”. Segundo ela, “saber que ele [o Centro] poderia ter um papel relevante dentro da Política Espacial global me fez querer estudar sobre essas dinâmicas, trazendo para o centro de um debate tão importante quanto esse uma área do Brasil que não costuma ser discutida”.

Larissa Duarte também afirma que “participar da produção do artigo foi uma experiência muito rica” e que “o tema de militarização do espaço é extremamente interessante, e nos aprofundarmos nas projeções do que esse tema pode vir a se tornar dentro do debate de segurança internacional foi importante para trazer uma conscientização acerca do assunto”. Ela conclui que se sente “muito grata pela publicação e feliz por contribuir para a pesquisa científica dentro das relações internacionais”.

Sobre a revista

A YRIS aceita submissões internacionais para compor os editoriais regulares da revista, publicando de maneira periódica artigos de alto nível voltados para as relações internacionais. O Conselho Editor da revista é composto inteiramente por discentes da renomada instituição de ensino de Yale, nos Estados Unidos. Os artigos selecionados passam por duas rodadas de edição com editores experientes, nas quais os autores do artigo tiveram a oportunidade de discutir e aprimorar seu trabalho em parceria com a comunidade acadêmica que compõe a YRIS. O artigo dos alunos foi publicado na seção Global Issues da revista e pode ser conferido na íntegra pelo link: http://yris.yira.org/global-issue/4565

Correspondente internacional

Através do contato estabelecido entre o Conselho Diretor da YRIS e os autores do artigo publicado, o aluno Matheus Almeida foi selecionado para compor a primeira edição do Programa de Correspondentes Internacionais da revista. O programa é uma iniciativa inédita da YRIS e ainda está passando por alguns ajustes, mas a expectativa é a de que o programa se torne anual. 

Nesta primeira edição, o programa funciona com base na divisão de áreas geográficas e temáticas para as quais cada correspondente é designado. Cada divisão é chamada de “Desk”, e cada Desk oferece artigos de alta qualidade sobre assuntos de interesse global. 

Como correspondente internacional da “North America, Caribbean, & Latin America Desk”, Matheus é o único brasileiro e latino-americano do programa. Sobre a oportunidade, afirma: “estou tendo a chance de trabalhar diretamente com um Editor responsável pela minha Desk, com quem troco correspondências regulares sobre os temas que gostaria de abordar em meus próximos artigos”. Ainda sobre o programa, Matheus diz que “está sendo uma experiência sem precedentes na minha formação acadêmica. Espero que o programa tenha uma segunda edição e que mais alunos da UFG possam representar o Brasil em um espaço como a YRIS”.