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Universidade Federal de Goiás
Sair do Capitalismo FSM

FST 2012 – Breve histórico do Fórum Social Mundial

Em 22/03/12 16:08. Atualizada em 21/08/14 11:45.

 

Saiba o que gerou esta mobilização global e quais suas premissas

O Fórum Social Mundial foi criado em 2001 como uma forma direta de confronto ao Fórum Mundial Econômico, realizado em Davos, na Suíça, desde 1971. Conforme a Carta de Princípios publicada em 2001, o Fórum Social Mundial é um processo internacional idealizado por entidades da sociedade civil com o objetivo de promover debates, reflexão e ações que sejam opostas “ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de imperialismo”. Algumas de suas principais características são o pluralismo de ideias e a organização de forma descentralizada de atividades diversas, divergentes e que se proponham livres.

Seus artigos de número 5, 6, 8 e 9 reforçam ainda que não cabe ao Fórum ser uma instância de poder, se posicionar como sumidade na representação da sociedade civil e abrigar entidades militares ou partidárias. Ainda de acordo com o documento, o Fórum “propugna pelo respeito aos Direitos Humanos, pela prática de uma democracia verdadeira, participativa, por relações igualitárias, solidárias e pacíficas entre pessoas, etnias, gêneros e povos, condenando todas as formas de dominação assim como a sujeição de um ser humano pelo outro”.

Enterro da economia FSMNa véspera do Fórum Social Temático 2012, quando o movimento estudantil da UFG preparava caravana para Porto Alegre, o professor de Geografia da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Robson Morais, foi convidado a falar sobre o que motivou as entidades da sociedade civil a se organizarem dessa forma. Para Robson, “foi um momento em que se fincava no mundo inteiro, a partir da liderança do Partido Conservador na Inglaterra, mais particularmente da então primeira-ministra Margareth Tatcher, o que se chama de pensamento único”.

Assim, prosseguiu Robson, “o Fórum nasceu como uma resistência à impossibilidade de alternativas para além do mercado, do neoliberalismo e das políticas privatistas”. Outra característica do Fórum destacada pelo professor é a tentativa de construção de uma nova esquerda. “Sob forte influência do movimento zapatista, o evento incorporou a ideia de que é possível 'mudar o mundo sem mudar o poder'”, explicou o professor.

Fonte: Patrícia da Veiga