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Universidade Federal de Goiás
Jornal UFG 80

Inovação e competitividade ainda são desafios

Em 06/07/16 17:47. Atualizada em 08/07/16 10:18.

Coordenador do Programa de Capacitação Tecnológica e Competitividade do CNPq fala sobre programas e projetos implantados recentemente

Jornal UFG 80

 

Luiz Felipe Fernandes

A cada ano o Brasil atinge patamares mais elevados de produção científica. Dados do Portal Scimago, que baseia seus levantamentos na plataforma Scopus, mostram o país em 13º lugar no ranking mundial de trabalhos acadêmicos publicados em periódicos especializados. Em 1996, o Brasil ocupava a 21ª posição.

Mas por que, apesar desse crescimento, o Brasil continua caindo nos rankings de competitividade e inovação? “É claro que competitividade envolve outros fatores, como estrutura e educação, mas a ciência responde por uma fatia significativa dessa área”, pontua o coordenador do Programa de Capacitação Tecnológica e Competitividade do Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Cimei Borges Teixeira.

A palestra de Cimei Borges encerrou as atividades do semestre do Programa de Formação em Inovação da UFG. No evento, ele abordou o modelo de financiamento da pesquisa científica no Brasil, em grande parte proveniente do setor público. Os pesquisadores estão vinculados ao governo, à academia ou a outros órgãos públicos, situação inversa em países como China, Estados Unidos, Cingapura e França. “Nestes países o doutor trabalha numa empresa privada, o doutor marca cartão de ponto”, enfatiza.

Para o coordenador, não adianta copiar os modelos desses países. O Brasil precisa encontrar uma fórmula própria. Um dos caminhos é a formação voltada para o empreendedorismo. “Isso não quer dizer que vamos parar de fazer ciência”, ressalta.


Pesquisador na empresa

Como exemplos bem-sucedidos, Cimei Borges citou programas e projetos implantados recentemente pelo CNPq. Um deles foi o Programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (Rhae – Pesquisador na Empresa), encerrado em 2013. O programa inseriu mestres e doutores em empresas privadas, financiados com bolsas. O objetivo era promover o desenvolvimento ou melhoria de um produto ou processo, aliado à possibilidade de desenvolvimento de atividades de pesquisa.

Outro programa é o Doutorado na Indústria, que já passou por uma experiência piloto. Também financiado com bolsa, o pesquisador desenvolve sua tese de doutorado a partir de um problema definido pela indústria. Além disso, uma parceria com o Sebrae capacitou agentes locais de inovação para levar a cultura da inovação para micro e pequenas empresas.

Categorias: Caminhos da Pesquisa Edição 80