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Universidade Federal de Goiás
Editorial

Em busca de realização, é preciso coragem para mudar

Em 29/09/16 13:48. Atualizada em 04/10/16 11:11.

Reportagem de capa desta edição mostra histórias de pessoas que decidiram dar uma guinada na carreira em busca de realização profissional

Luiz Felipe Fernandes*

As colações de grau que a Universidade Federal de Goiás promove a cada semestre não são apenas o ato formal que encerra a graduação de milhares de estudantes. É também o marco que simboliza o início da vida profissional dos novos licenciados e bacharéis no mercado de trabalho. Provenientes dos mais diferentes contextos sociais e econômicos, muitos acadêmicos precisam trabalhar durante o curso, mas é a formação superior que passa a delinear de forma mais precisa a carreira que definirá o futuro desses profissionais.

Concluir um curso superior é mergulhar num mar de possibilidades, mas também de incertezas. Ainda que passar quatro, cinco ou mais anos nos bancos da universidade permita conhecer o universo da profissão escolhida, é o seu exercício prático diário que vai dizer o quanto ela está alinhada às expectativas de cada um. O resultado dessa vivência cotidiana pode variar entre dois extremos: da plena satisfação à frustração. E para quem se depara com uma realidade diferente da que gostaria ou imaginava, o dilema é inevitável: insistir na profissão ou mudar de carreira?

Na reportagem de capa desta edição do Jornal UFG, a repórter Camila Godoy foi em busca de histórias de pessoas que decidiram dar uma guinada na carreira em busca de realização profissional. Assim foi com o professor de Educação Física que virou empresário, com a farmacêutica que agora estuda Engenharia Civil e com a jornalista que pôs o pé na estrada para aprender mais sobre agricultura orgânica. Em meio a discussões no âmbito federal que chegam a aventar a possibilidade de aumentar a jornada de trabalho para 12 horas diárias, relatos de pessoas que priorizaram satisfação pessoal e qualidade de vida são inspiradores. Mas a reportagem finca os pés no chão ao fugir do discurso utópico de que, para se realizar profissionalmente, basta querer. Os professores da UFG consultados para a matéria contextualizam a realidade do mercado de trabalho brasileiro, ponderando que o modelo atual coloca a responsabilidade do sucesso apenas para o trabalhador, constantemente pressionado e sobrecarregado.

E se atitudes pessoais podem definir os rumos de uma carreira profissional, em uma instituição de ensino elas fazem toda a diferença. Não faltam na UFG exemplos de iniciativas que impulsionam o caráter transformador da educação, resultado das inquietações de estudantes, professores e pesquisadores. Um deles é o mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática, Greiton Toledo de Azevedo, que idealizou um projeto de ensino da matemática para crianças por meio de jogos digitais. O projeto deu a Greiton o Prêmio Educador Nota 10.

No campo da pesquisa científica, o destaque desta edição vai para a descoberta, por pesquisadores da Regional Jataí, de duas espécies inéditas de plantas. Também trazemos informações sobre a importante retomada, no Hospital das Clínicas, do Projeto TX, um dos poucos no Brasil que realiza gratuitamente cirurgias de redesignação sexual. Já a mesa-redonda traz uma delicada reflexão sobre a morte, abordando a importância dos cuidados paliativos que amenizam a dor de doentes terminais.

Em nossa seção de entrevista, o convidado para a Conferência de Abertura do 13º Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFG, Douglas Falcão Silva, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) fala sobre o tema do evento e da Semana de Ciência e Tecnologia 2016: “Ciência Alimentando o Brasil”. Ele explica as motivações da escolha e discute sobre os caminhos escolhidos para popularizar a ciência no Brasil nos últimos anos. Boa leitura!

 

* Coordenador de Imprensa da Ascom

Fonte: Ascom/UFG

Categorias: editorial Edição 83