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Universidade Federal de Goiás
Editorial

Protagonismo para as famílias do campo

Em 29/05/17 11:31. Atualizada em 31/05/17 15:23.

Reportagem mostra que a união de agricultores por meio de cooperativas pode ser uma das saídas para fazer frente ao agronegócio

Luiz Felipe Fernandes*

Um modelo econômico que  se  sustenta nas próprias distorções cria cenários de extrema desigualdade. No campo, uma dessas distorções atinge a agricultura familiar brasileira: apesar de ser responsável por mais de 70% dos alimentos que chegam à mesa da população, a agricultura familiar representa o segundo maior grupo em extrema pobreza no Brasil rural. Reportagem desta edição do Jornal UFG, assinada por Carolina Melo, mostra que a união desses agricultores por meio de cooperativas pode ser uma das saídas para fazer frente ao agronegócio que parece reeditar a colonização do nosso país. 

Não há exagero ao dimensionar os impactos da presença do capital multinacional na agricultura brasileira. A matéria que mostra a situação do assentamento goiano de Três Pontes é reveladora: tomada pela monocultura, a região sofre com os efeitos dos agrotóxicos, que contaminam pessoas e meio ambiente, e com a  submissão dos agricultores familiares às regras das grandes empresas.

Um ponto importante nesse contexto é o papel da universidade. As instituições de ensino superior integram a rede de apoio a produtores aliados da tecnologia. No caso de Três Pontes, a UFG atuou na recuperação de 12  nascentes. A Universidade também possui projetos de assistência técnica e consultoria no campo, dentro de uma lógica de ensino-aprendizagem em que todos ganham: os futuros profissionais, os agricultores familiares e o meio ambiente.

A escolha do assunto para esta edição do Jornal UFG tem o objetivo de contribuir com as discussões da 15ª edição da feira Agro Centro-Oeste Familiar, que será realizada de 7 a 10 de junho  no Centro de Eventos do Câmpus Samambaia. Com destaque para os agricultores familiares, a organização tem se preocupado em dar ao evento a verdadeira cara da agricultura brasileira.

carol melo

* Coordenador de Imprensa da Ascom

Fonte: Ascom UFG

Categorias: editorial edição 88