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Universidade Federal de Goiás
Eufrásia Songa

Pesquisa estuda a (re)significação das tranças

Em 28/07/17 11:19. Atualizada em 07/08/17 14:55.

Conheça em primeira pessoa o relato de pesquisas e projetos protagonizados por estudantes da UFG

 

Eufrásia Songa

Eufrásia Songa, mestra em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFG

“Duas coisas me motivaram a pesquisar as (re)significações das tranças e outros penteados em Angola. Primeiro, a tentativa de trazer para o espaço acadêmico uma reflexão construída ao longo da minha própria trajetória, como mulher, negra, angolana-africana, que perpassa os continentes africano e sul-americano, ao lado de pessoas de diversas categorias raciais. Segundo, a necessidade de problematizar o corpo feminino negro, por meio desse elemento/objeto de identidade e estética – o cabelo , dando positividade às características corporais e sociais da mulher negra angolana na região estudada (e não só). Abordei a dimensão da positividade para fugir da dimensão do sofrimento que, em diversos contextos, no âmbito das relações sociais, contextualiza o que pode configurar racismo e preconceito por não contrapor noções pejorativas dessa estética.      

O trançado entrecruza histórias individuais e coletivas, a maioria delas passadas, de forma tradicional, de geração em geração, tanto no contexto angolano, especificamente na área de estudo, como em outros contextos africanos ou não.  Quando falo de trançar cabelos, não estou só falando de trança. Estou falando de cuidado, ainda que, como é o caso do estudo realizado, este passe pela via comercial. Falar de tranças é falar de cabeça, de corpo; corpos que estão ou pertencem a um lugar. É, portanto, apresentar uma prática cultural de determinados lugares e pessoas e as narrativas em torno destas.

Existem pouquíssimos estudos contemporâneos e de autores locais sobre cabelo, tranças e outros penteados no país (Angola), ou, ao menos, não foram identificados no período da realização do trabalho de campo desta pesquisa. Portanto, além da necessidade de se aprofundar no estudo, fazem-se imprescindíveis publicações sobre ele.”

Quer falar sobre sua pesquisa ou trabalho de extensão? Escreva um texto em primeira pessoa e envie para jornalufg@gmail.com

Fonte: Ascom UFG

Categorias: Eu faço a UFG Edição 89