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Universidade Federal de Goiás

Aparecida de Goiânia: uma relação antiga com a UFG

Em 20/03/13 15:01. Atualizada em 24/11/14 14:13.

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Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás 
ANO VII – Nº 56 – MARÇO – 2013

Aparecida de Goiânia:
uma relação antiga com a UFG

A cidade, com grande crescimento industrial, receberá um câmpus da UFG, mas há muito tempo a universidade já desenvolve atividades no município

Texto: Ana Flávia Marinho | Fotos: Carlos Siqueira

 

Reativar: lugares, natureza e cultura

Área do novo Câmpus da UFG no momento da visita de autoridades ao local.


Aparecida de Goiânia prepara-se para receber um novo câmpus da UFG. A posse do terreno, com área de 500 mil m², ocorreu em dezembro de 2012 e as obras estão previstas para começar no 2º semestre de 2014. Após reuniões da comissão de implantação do novo câmpus, foi decidido que, inicialmente, seriam oferecidos os cursos de Engenharias Química, de Produção, de Materiais e de Transporte, além de Geologia.


O diretor do Centro de Gestão do Espaço Físico da UFG (Cegef), Marco Antônio de Oliveira, informou que os projetos de construção dos prédios estão em elaboração.  Por estar localizado em área de expansão urbana, será necessário que a Prefeitura Municipal de Aparecida de Goiânia execute algumas obras estruturais no local, como asfalto, drenagem urbana e instalação de rede elétrica.


Como Aparecida de Goiânia tem experimentado um crescimento socioeconômico muito acentuado nos últimos anos, o secretário municipal de Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia, Marcos Alberto Luiz Campos, afirma que “há grande necessidade de profissionais de nível superior”. Uma vez que o câmpus será construído próximo de uma área industrial, ele acredita que isso irá facilitar os processos de integração entre empresa e escola.

Em outro instante, na sede da prefeitura, a assinatura do termo de doação

Assinatura do termo de doação com a presença do reitor Edward Brasil, do prefeito Maguito Vilela e sua esposa Carmem Silvia, da  tabeliã Maria Elias Melo e de representantes das famílias Nogueira e Cunha Bastos, que doaram o terreno


Contudo, mesmo sem um câmpus em Aparecida de Goiânia, já há algum tempo, a comunidade acadêmica da UFG desenvolve atividades na cidade. Muitos projetos de extensão já são tradicionais, outros estão previstos para ter início neste ano. O Jornal UFG destaca alguns deles.

 

Reativar: lugares,natureza e cultura

Preocupados com a preservação ambiental, os integrantes do Núcleo de História Ambiental e Interculturalidades (NUHAI) da Faculdade de História (FH) tiveram a ideia de desenvolver um projeto de extensão, que visa a executar ações nas cidades de Aparecida de Goiânia e Hidrolândia.


Por enquanto, o projeto está em fase de catalogação de escolas e áreas verdes de Aparecida. Futuramente, pretende-se desenvolver atividades que incentivem discussões nas escolas, destas migrando para o ambiente familiar, e consequentemente resultando em ações do setor público. Reativar, neste contexto, refere-se às práticas tradicionais mantidas e executadas pelas pessoas mais velhas, hoje reprimidas pelo choque entre gerações. O coordenador do projeto e professor da FH, Alexandre Araújo, explica que um dos objetivos é eliminar o dualismo sociedade x natureza. “Não acreditamos em nenhuma política socioambiental se não for olhando para dentro da natureza”.


A ideia considera que o uso adequado do meio ambiente não impede o desenvolvimento industrial e tecnológico. Assim, procura-se valorizar o idoso para reverter o quadro de degradação. “Os mais velhos se sentem amordaçados. Logo, não praticam o que é natural: o processo de socialização”, declara Alexandre Araújo, referindo-se às trocas de experiências entre familiares. Ele acredita que é preciso propor soluções aplicáveis de preservação ambiental. “Não dá para pensar em políticas alternativas se não forem realmente alternativas, dentro da prática social e econômica das pessoas”.

 

Prevenção ao uso de drogas

As atividades propostas visam a informar crianças que cursam o 8º e 9º ano do ensino fundamental, sobre as características e resultados do uso de drogas lícitas e ilícitas (entre elas álcool, cigarro, crack, maconha e cocaína). Os trabalhos terão início com a aplicação de questionários para conhecer o nível de informação dos alunos: a abordagem será feita por meio do relato dos estudantes.


O projeto leva em consideração que as consequências do uso de drogas são amplas e com efeitos cumulativos. A distinção entre as substâncias consideradas lícitas, ou não, também ganhará destaque. “Nenhuma droga é boa, nem para a saúde do indivíduo, nem para a sociedade”, ressalta a coordenadora. Rosália Santos acredita que as abordagens assemelham-se ao “trabalho de formiguinha”, mas que “o retorno é para ambos: tanto os acadêmicos quanto a sociedade”.

 

Controle da raiva animal

Vacinação de animais ocorre todos os anos no Município

Vacinação de animais ocorre todos os anos no Município

Desde 1978, por meio de um convênio entre a Escola de Veterinária e Zootecnia (EVZ) e a Prefeitura de Aparecida de Goiânia, ocorre a campanha de vacinação antirrábica animal na cidade. A iniciativa surgiu em decorrência da elevada incidência da enfermidade no município, que, de 1995 a 1997, registrou o maior número de casos de raiva em animais na América Latina. A campanha ganhou força com a inauguração do Centro de Controle de Zoonoses, em 1996.


O professor da EVZ e coordenador do projeto, Aires Manoel de Souza, considera que, com a campanha de vacinação anual de cães e gatos, notou-se uma gradativa redução do percentual de casos de raiva em Aparecida, com ausência de casos confirmados nos últimos 12 anos. O professor ressalta que, em todas as campanhas, as metas são alcançadas.


Estudantes do curso de Medicina Veterinária são incentivados a participar do projeto desde o início do curso. Apesar de o trabalho ser voluntário, ele mobiliza cerca de 200 estudantes por ano. Eles recebem treinamento teórico e prático sobre os procedimentos de vacinação, oferecido pelo Centro de Controle de Zoonoses de Aparecida. A Prefeitura também promove a divulgação da campanha e fornece amparo logístico.


As estudantes Jackeline Sousa, Júlia Harger e Marina Santos, do 6º período de Medicina Veterinária, lembram-se de experiências vividas ainda no início do curso. Segundo elas, a ação é positiva tanto para a população quanto para os alunos. “A vacina existe, mas custa R$ 30,00”, explica Júlia. “É interessante a experiência de ter contato com os animais e com a aplicação da vacina”, complementa. Já Marina ressalta a importância da preparação teórica e prática, ainda na EVZ, antes das atividades de vacinação. Jackeline reconhece algumas dificuldades estruturais do projeto, que nem sempre depende só da UFG, mas que devem ser superadas, já que “a tendência é sempre melhorar”.

 

Nesta Edição

. Bases para transformar a sociedade

. Visibilidade a trabalhos de alunos e professores

 

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