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Universidade Federal de Goiás

Estudos avaliam processos organizacionais na universidade

Em 09/10/14 11:12. Atualizada em 24/11/14 14:13.

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Publicação da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás 
ANO VII – Nº 68 – Outubro – 2014

Estudos avaliam processos organizacionais na universidade

Modelagem de processos de negócios e mapeamento da qualidade de vida dos trabalhadores são os assuntos abordados pelos profissionais empenhados nesses processos

Texto: Águita Araújo | Foto: Letícia Antoniosi

Os servidores técnico-administrativos da UFG estão atentos às mudanças que ocorrem nesta universidade. Dispostos a aproveitar os benefícios decorrentes das alterações de sistemas de informação da instituição, eles estão realizando levantamentos e documentação das rotinas de trabalho e qualidade de vida dos servidores na tentativa de gerar diagnósticos que possibilitem um melhor aproveitamento de futuras ações para melhorar a gestão da Universidade.

O estudo Modelagem de processos de negócios: uma abordagem ágil, desenvolvido pelos servidores Vinícius Sobreira Braga, da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional de Recursos Humanos (Prodirh), e Wilane Carlos da Silva, do Centro de Recursos Computacionais (Cercomp), foi elaborado em decorrência da implantação do Sistema Integrado de Gestão (SIG), em 2013, voltado para a área de formações gerenciais da Universidade. O estudo consiste no levantamento e sistematização do funcionamento interno das rotinas das áreas gerenciais da UFG, com a finalidade de obter informações sobre processos de recursos humanos e sobre gestão de ensino e de cursos acadêmicos.

Servidores Cercomp

Os servidores Vinícius Sobreira Braga, da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional de Recursos Humanos (Prodirh), e Wilane Carlos da Silva, do Centro de Recursos Computacionais (Cercomp), autores do estudo

De acordo com o coordenador de planejamento e processos institucionais da Prodirh, Vinícius Sobreira Braga, um fator importante para o sucesso da implantação do novo sistema é a compreensão do modo atual de execução dos trabalhos na organização. “Esse novo sistema traz uma série de fluxos de trabalho que são diferentes dos atuais. Então, a gente precisa entender a Universidade para estimar as customizações necessárias para que o novo processo de trabalho responda às necessidades e às expectativas da instituição”, esclarece.

Foram realizadas, até o momento, aproximadamente, 1.500 horas de trabalho, modelando- se 70% dos processos de gestão do ensino e 30% dos processos de gestão de recursos humanos. Como o objetivo do trabalho é, entre outros, a transparência e a formalização dos processos organizacionais da UFG, grande parte do material documentado está disponível para consulta no site http://portalsig.ufg.br

Os autores do trabalho citado afirmam que os modelos produzidos contribuem para a institucionalização dos processos, que passam a ser conhecidos e formalizados, criando-se registros de movimentação de grande parte das rotinas gerenciais adotadas na Universidade, de forma a melhorar a interação entre os executores e usuários de determinado processo da instituição. Uma vez automatizados, estes processos podem diminuir o nível de intervenção manual e retrabalho. Além disso, “a maior visibilidade de certos problemas possibilita que, rapidamente, eles possam ser detectados e solucionados, e isso produz uma gama de melhoria muito grande na locação e diminuição dos recursos da Universidade”, explicou Wilane Carlos da Silva.

Saúde do servidor público

Por meio da pesquisa SIASS-UFG: Um caminho para a qualidade de vida dos trabalhadores das Ifes de Goiás, a gestora do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (SIASS-UFG), Edinamar Aparecida Santos da Silva, demonstrou como este sistema pode se tornar um caminho para a promoção da saúde dos professores e servidores técnico-administrativos da UFG. No estudo, Edinamar Silva apresentou um histórico da quantidade de perícias e atestados médicos de curta duração emitidos pelo SIASS de 2009 a 2013.

A servidora explica que esses dados só passaram a ser digitalizados em 2009, com a implantação do sistema Siape-Saúde, desenvolvido pelo Ministério do Planejamento. Isso tornou possível que as informações, uma vez levantadas, pudessem ser analisadas, favorecendo, assim, o desenvolvimento de futuros diagnósticos da saúde do trabalhador. “É por meio do diagnóstico de saúde, ou seja, da identificação do motivo pelo qual essas pessoas estão adoecendo, que teremos condições de planejar e propor as ações de promoção à saúde”, explica a gestora.

Além disso, foi calculada no estudo, por meio do registro dos atestados e das perícias oficiais, a quantidade de dias de afastamento dos servidores. De acordo com Edinamar Silva, no ano de 2013, foram geradas 1.480 concessões de licenças, o que corresponde a 41.544 dias de afastamento de trabalho. A partir desses números, será possível, segundo a pesquisadora, fazer um dimensionamento de pessoal. Tendo em vista que algumas atividades da Universidade não podem ser executadas devido à ausência de determinados servidores, esse cálculo pode criar condições para se fazer um levantamento de quantos servidores são necessários para suprir essas lacunas em determinado local.

O estudo contribui, portanto, para se traçar um perfil epidemiológico dos profissionais que recorrem ao SIASS e um mapeamento das necessidades dos servidores em relação à promoção da saúde. Além disso, colabora, como se afirma na conclusão, para “pensar politicamente a integração da equipe multiprofissional e o estímulo ao desenvolvimento de ações institucionais integradas e permanentes, de forma a consolidar a Política de Atenção à Saúde do Servidor Público”.

Publicação dos trabalhos

Ambos os trabalhos mencionados foram apresentados em setembro deste ano no Encontro Nacional de Dirigentes de Pessoal e Recursos Humanos das Instituições Federais de Ensino, que ocorreu na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). O pró-reitor de Desenvolvimento Institucional de Recursos Humanos, Geci Pereira Silva, aponta que a exposição de tais trabalhos é importante para toda a comunidade acadêmica, uma vez que são estudos desenvolvidos pela UFG com o objetivo de trazer melhorias para os processos de trabalhos realizados na instituição e para a qualidade de vida dos trabalhadores vinculados a ela. Ele explica que o órgão procurou dar auxílio aos autores por meio do material necessário para se fazer o levantamento e o registro das informações.

Categorias: processos organizacionais PRODIRH CERCOMP Recursos humanos Servidores