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Universidade Federal de Goiás
políticas

UFG constrói suas políticas institucionais

Em 31/10/17 16:11.

Segurança, Comunicação, Acessibilidade e Preservação de Documentos Arquivísticos Digitais são alguns dos temas 

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Texto: Luiz Felipe Fernandes

Fotos: Carlos Siqueira

Organizações de diversas naturezas e segmentos procuram orientar suas ações e atividades com base em políticas institucionais que padronizam posturas e condutas, criam protocolos e estabelecem parâmetros de atuação considerados mais adequados, com a finalidade de cumprir suas missões e atingir seus objetivos. Tais instrumentos são ainda mais importantes nas instituições públicas, pois também representam a busca pela prestação de um serviço de qualidade ao cidadão, com ética e transparência.

Nos últimos anos, diversas políticas institucionais foram debatidas, construídas, aprovadas e colocadas em prática na Universidade Federal de Goiás (UFG). Ligadas a diferentes áreas de atuação, elas têm em comum o fato de terem sido amplamente discutidas com a comunidade acadêmica e com a sociedade, cujos integrantes tiveram a oportunidade de participar das discussões e do processo de elaboração dos respectivos documentos.

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Segurança

Considerada prioritária, a política de segurança da UFG foi aprovada no Conselho Gestor da Regional Goiânia no primeiro semestre de 2017 e a previsão é de que seja levada ao Conselho Universitário (Consuni) ainda este ano. Historicamente debatido na Universidade, o tema ganhou atenção especial com a criação, em 2015, de uma Comissão de Segurança, composta por professores, estudantes e técnico-administrativos. Antes disso, já havia sido realizada, a pedido da Reitoria da UFG, a pesquisa Violência, conflitos e crimes nos câmpus universitários: subsídios para uma política de segurança na UFG, desenvolvida pelo Núcleo de Estudos sobre Criminalidade e Violência (Necrivi), da Faculdade de Ciências Sociais.

A Comissão iniciou os trabalhos com a realização de audiências públicas e debates em todas as Regionais da UFG, com o objetivo de estabelecer o diálogo e convidar a comunidade universitária a participar efetivamente das estratégias e ações preventivas e inibidoras de ações de violência. Todo o processo resultou no documento final, que prevê uma série de ações a serem executadas em urgente, curto, médio e longo prazos.

Algumas das ações propostas pela política de segurança  da  UFG  já são realizadas de forma contínua, a exemplo do reforço na vigilância motorizada, com rondas próximo aos pontos de ônibus; da aquisição de câmeras de videomonitoramento de alta resolução para pontos vulneráveis, como as recentemente instaladas na avenida principal do Câmpus Samambaia; e da ampliação e revisão periódica da iluminação e poda de árvores. A implantação de uma moderna Central de Videomonitoramento no Câmpus Samambaia também integra as ações previstas para a segurança na Universidade.

Entre outras ações estão o treinamento da segurança com armas não letais, o curso de extensão para vigilantes sobre violência, drogas e criminalidade, o desenvolvimento do aplicativo Minha UFG, a contratação de um percentual de vigilantes mulheres e o estabelecimento de cooperação entre a segurança da PUC e a da UFG para a área da Praça Universitária.

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Comunicação

A política de comunicação da UFG está em fase avançada de elaboração e com previsão de ser levada ao Consuni ainda em 2017. Ao lado de um esforço conjunto de integração dos órgãos ligados à comunicação na Universidade – Assessoria de Comunicação (Ascom), Rádio Universitária e TV UFG –, em 2014 teve início um processo de pesquisa sobre as experiências de instituições públicas com a construção de políticas de comunicação.

No ano seguinte, um Grupo de Trabalho, composto por servidores dos três órgãos, passou a se reunir quinzenalmente para discutir a política de comunicação da UFG, além de  ter sido realizado o 1º Seminário de Comunicação Pública e Cidadania. As discussões intensificaram-se em 2016, com a realização de 11 Encontros Temáticos relacionados às diversas áreas ligadas direta ou indiretamente à comunicação na Universidade e do 2º Seminário de Comunicação Pública e Cidadania. 

Os encaminhamentos provenientes dos eventos, juntamente com os resultados de uma ampla pesquisa com a comunidade acadêmica, serviram de base para a elaboração, no primeiro semestre deste ano, de uma proposta de política de comunicação para a UFG. O documento apresenta um conjunto articulado de valores, princípios, diretrizes e posturas, com o objetivo de nortear o planejamento, a execução e a avaliação de estratégias, ações, produtos e serviços que promovam uma cultura de comunicação baseada no diálogo permanente com os públicos, fundamentada na comunicação pública e cidadã.

Acessibilidade

Considerada imprescindível não só para cumprir os requisitos legais, mas sobretudo para garantir justiça social, valores democráticos e desenvolvimento sustentável, a política de acessibilidade da UFG já está aprovada em todos os espaços da Universidade. A acessibilidade é entendida na UFG como um valor institucional que colabora para uma universidade  plural  que respeita  a diversidade humana. As diretrizes que compõem o documento foram discutidas e formuladas desde 2008. A política de acessibilidade também foi o primeiro e principal objetivo do Sistema Integrado de Núcleos de Acessibilidade da UFG (SINAce), criado em 2014.

A política foi estruturada em oito eixos: acessibilidade: inclusão e permanência; a infraestrutura acessível; a acessibilidade pedagógica e curricular; a acessibilidade comunicacional e informacional; a catalogação das informações sobre acessibilidade; o ensino, a pesquisa e a inovação em acessibilidade; a extensão sobre/ com acessibilidade; recursos humanos e financiamento da política de acessibilidade.

Os temas foram discutidos em Grupos de Trabalho e o documento foi apresentado pelos Núcleos de Acessibilidade das Regionais para alunos com deficiência, tanto da UFG quanto do ensino médio de outras instituições, em rodas de conversa e para professores de diferentes unidades da instituição, que puderam discutir e fazer contribuições ao texto. Foram 35 reuniões e encontros durante dois anos. Após essas adequações, o documento foi integralmente lido e aprovado pelos integrantes do SINAce e apresentado no Consuni e Câmaras da UFG, como forma de validação e conhecimento.

Preservação de documentos digitais Outra iniciativa em curso na UFG é a elaboração da política de preservação de documentos arquivísticos digitais. A proposta é resultado das atividades da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos (Copad), que tem trabalhado com o tema desde 2014. Inicialmente, foi realizada uma pesquisa sobre  produção  e  armazenamento de documentos arquivísticos digitais, relativos às atividades de ensino, pesquisa e extensão. Um questionário foi elaborado e disponibilizado para os coordenadores de graduação, coordenadores de pós-graduação latu e stricto sensu, coordenadores de pesquisa de todas as unidades acadêmicas e coordenadores de ações de extensão das unidades e órgãos que executam projetos de extensão.

Em 2015, a arquivista do Centro de Informação, Documentação e Arquivo (Cidarq) e membro da Copad, Nathaly Rodrigues da Costa, orientada pela professora Laura Vilela Rodrigues Rezende, da Faculdade de Informação e Comunicação e membro da Copad, defendeu monografia no Curso de Especialização em Gestão  e Avaliação da Informação, intitulada A documentação arquivística em meio digital no âmbito da Universidade Federal de Goiás, na qual analisou as informações coletadas pela Copad. Além dessa ação, foram realizados seminários sobre Preservação de Documentos Digitais, organizados pela Copad em parceria com o Cidarq, nos últimos dois anos.

Um grupo de trabalho foi instituído pela Copad em 2017 para elaborar a minuta de resolução que instituirá a política. O documento foi apresentado no II Seminário sobre preservação digital, em 2017, e, após discussão com os participantes, foram acolhidas sugestões. A minuta também foi disponibilizada em consulta pública no primeiro semestre de 2017. O resultado desse trabalho, além da proposta de política de preservação de documentos arquivísticos digitais que está em apreciação pelo Conselho Universitário, é a elaboração de um Plano de Preservação de Documentos Arquivísticos Digitais previsto para 2018.

Tecnologia da Informação

Já a Política de Tecnologia da Informação, cuja resolução também será votada, tem o objetivo de orientar e fornecer as diretrizes  básicas  para o  planejamento,  desenvolvimento, gestão e operação dos sistemas   e tecnologias da informação, em conformidade com as boas práticas recomendadas pelos órgãos de planejamento e de controle da Administração Pública Federal. Além disso, prevê que todas as unidades executoras de TI da UFG mantenham um processo permanente de divulgação de suas normas e procedimentos técnicos para capacitar, conscientizar e sensibilizar seus usuários à correta conduta na utilização dos ativos de TI. 

 

Fonte: Ascom UFG

Categorias: universidade Edição 92