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Universidade Federal de Goiás
Monitoramento de paciente

Monitoramento remoto de pacientes por redes sociais já é realidade

Em 01/03/19 09:05. Atualizada em 01/03/19 09:09.

Pesquisa do INF oferece protótipo modelo para responder ao crescente aumento da expectativa de vida e déficit de profissionais de saúde

Caroline Pires

A comunicação entre pacientes, cuidadores e profissionais de saúde formam uma complexa rede de conexões que deve ser preservada de forma a diminuir ao máximo o atraso de informações e a dificuldade de monitoramento. Esse foi o pressuposto da pesquisa de Hugo Ribeiro, sob orientação do professor Sérgio Carvalho, do Instituto de Informática (INF),  que propôs um modelo de domínio e uma arquitetura computacional capaz de integrar os serviços de rede social para disseminar informações de um paciente para a sua rede de cuidadores.

Pesquisas apontam que o sistema de saúde mundial não tem recursos suficientes para acomodar todos os pacientes em um futuro próximo, por conta do aumento da expectativa de vida. Dados da World Health Organization afirmam que o déficit chegará a 12,9 milhões de profissionais de saúde até o ano de 2035 em todo o mundo. “As tecnologias da informação e comunicação são ferramentas importantes para amenizar essa falta de profissionais de saúde. Elas permitem a comunicação entre pacientes e profissionais de saúde a qualquer instante, além da redução de custos de entrega de tratamentos personalizados”, explicou Hugo Ribeiro.

O professor Sérgio Carvalho argumenta que um modo de aperfeiçoar os sistemas de monitoramento remoto de pacientes é promovendo o envolvimento da comunidade em torno do indivíduo que necessita de cuidado. Segundo ele, essa rede pode ser de cuidadores formais (profissionais de saúde) ou de cuidadores informais (familiares e amigos), formando uma comunidade em torno do paciente.

Segundo os pesquisadores, já existem ferramentas para o monitoramento de pacientes capazes de aproveitar as informações disseminadas por meio de redes sociais, mas que a criação de um programa específico para esse fim seria capaz de ter um impacto ainda maior no dia-a-dia do paciente. O modelo arquitetural apresentado na pesquisa, em desenvolvimento também pelo grupo de pesquisa coordenado pelo professor, integra os serviços de redes sociais já existentes a um sistema de monitoramento remoto cujas funcionalidades de serviços já existem na plataforma UbiCare.

Como funciona?

Na prática, pelo modelo proposto, sempre quando os sinais fisiológicos do paciente apresentam uma anomalia, um evento é acionado, gerando e disseminando notificações aos cuidadores previamente cadastrados. A ferramenta oferece ao paciente a possibilidade de compartilhar informações entre a plataforma e as redes sociais, além de determinar quem está autorizado a receber determinado tipo de notificação.

Ou seja, o paciente pode definir como será realizada a comunicação de uma notificação sobre a sua saúde, de acordo com o relacionamento ou o papel do destinatário. Assim, um paciente pode limitar quais os sensores que estariam disponíveis para uma determinada pessoa com a qual possui um relacionamento, ou não permitir o envio de determinadas informações a uma pessoa específica.



Categorias: Tecnologia