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Universidade Federal de Goiás
Dia da Acolhida 2019

Novo ano letivo tem momento de acolhimento às famílias

Em 18/03/19 13:40. Atualizada em 18/03/19 19:45.

Equipe gestora apresentou a UFG como um patrimônio do povo goiano aos pais dos estudantes ingressantes de 2019

Texto: Versanna Carvalho

Fotos: Pedro Gabriel

O ingresso em uma universidade é, sem dúvida, um dos marcos da passagem da adolescência para a vida adulta. O que não significa que a família deva ficar de fora desse processo. Foi por isso que a dona de casa, Maria da Conceição Rodrigues Tavares, gostou tanto da proposta do evento Acolhida 2019, no qual os pais são convidados por telefone a participarem juntamente com seus filhos de um evento de integração com a equipe gestora da Universidade Federal de Goiás (UFG). A edição deste ano ocorreu no último sábado (16/03), no Centro de Cultura e Eventos Ricardo Fréua Bufáiçal, no Câmpus Samambaia.

Dia da Acolhida 2019
Centro de Eventos durante a Acolhida 2019

Maria da Conceição, moradora do Setor Veiga Jardim 4, em Aparecida de Goiânia, é mãe de três estudantes de Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes). O mais velho, Rodrigo, atualmente com 22 anos, é aluno do curso de Sistemas de Informação, no Instituto de Informática (INF); o do meio, Lucas, de 19 anos, faz Engenharia Civil no Instituto Federal de Goiás, em Aparecida de Goiânia. Agora é a vez do caçula, Igor Barbosa Tavares, 17 anos, começar o curso de Ciência Contábeis na UFG.

“O que me deixou muito feliz hoje é porque eu já tenho dois filhos na universidade e nunca participei de um evento desses. Quando eu recebi a ligação, eu vim com todo o prazer do mundo. Afinal, é a minha família, eu tenho que estar presente. Quando os meus dois mais velhos entraram eles só tinham 16 anos e eu senti muito o afastamento. Esse só tem 17. Eles não têm que se virar sozinhos, ainda precisam da gente”, relata.

A dona de casa observa ainda que, desde a matrícula, vem sentindo esse clima de acolhimento. “Eles falavam 'a casa é sua' e eu já sentia a diferença em relação às outras vezes”, compara ela, que fez questão de cumprimentar e expressar sua gratidão ao reitor, Edward Madureira, e à vice-reitora, Sandramara Matias, no final do evento.

Gratidão

A técnica em imobilização ortopédica, Adelina Vieira Lima Ribeiro, é mãe do Rodrigo, 17 anos, aprovado no curso de Agronomia. Moradora da Vila Nova, ela foi com o marido, o mecânico Júlio Ribeiro Machado, e a filha, Amanda Lima Ribeiro, 16 anos, à Acolhida UFG. “Eu pensei em falar com o pessoal [reitores], mas deixei para lá. Eles não têm noção do quanto é gratificante ouvir o que nos disseram hoje, de saber que o nosso filho vai participar de um lugar que está sendo acolhedor dessa forma. Vai ficar para a vida toda”, afirma.

O casal de pais, o corretor Sebastião Pedro de Morais Neto e a professora Vânia Lacerda, também participou do evento da Acolhida. “O nosso filho mais novo, João Pedro, está entrando agora no curso de Engenharia Elétrica. A nossa filha Andressa faz medicina na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Estamos muito orgulhosos”, declara Sebastião.

Na opinião de Vânia, a Acolhida UFG 2019 é uma oportunidade “excelente” de os pais estarem junto dos filhos. “Como foi destacado, é importante a família estar presente na vida dos filhos, em um mundo com tantas notícias ruins que a gente tem ouvido. Eu parabenizo a Universidade por esta atitude e quero deixar o agradecimento por este convite, pois é uma oportunidade que temos de participar um pouquinho da vida e da faculdade do nosso filho”, endossa.  

Futuro

O pai do calouro Igor é o pedreiro Clodoaldo Francisco Barbosa, que mal conseguiu conversar com a reportagem. “Graças a Deus os três filhos entraram na universidade”, emociona-se. Logo a esposa, Maria da Conceição, vem para traduzir o que se passa com eles. “Nós não concluímos os estudos. Eu, com 17 anos, trabalhava nas casas das pessoas. Batalhamos durante toda a nossa vida por eles e vê-los entrar em uma universidade federal é muito gratificante”, ressalta.

O mecânico, Júlio Ribeiro Machado, pai do Fernando Vieira Lima Ribeiro, ingressante em Agronomia, disse que a emoção que sentia era tão grande que não cabia em seu coração. “É um privilégio ter um filho aqui dentro da UFG. É a realização de um sonho dele e nosso. Para nós, é uma honra muito grande ter proporcionado a educação aos nossos filhos, e agora ele vai começar a colher tudo o que a universidade tem a oferecer. Estamos aqui para levá-lo ao futuro, para que seja um bom cidadão”, diz.

Novos estudantes comemoram “oportunidade da vida”

O estudante João Pedro Lacerda Morais, 18 anos, já está vivenciando a rotina da Universidade, desde o dia 13 de março último. Teve aulas na quarta-feira e na quinta-feira. A sexta-feira foi um dia de palestras para os calouros. “O sentimento é de pertencimento, vontade de abraçar o curso, depois de todas as palestras das quais eu participei. Eu sinto que estou criando uma família dentro da UFG e que vai crescer bastante daqui para frente".    

Igor Barbosa Tavares, 17 anos, comenta ainda estar perdido com tantas informações e programas. “Num primeiro momento estou descobrindo como tudo funciona, mas creio que eu vou tentar participar de tudo o que a UFG tem para oferecer”, diz. Sobre a Acolhida 2019, o jovem ressalta a importância da proximidade da família. “É importante seguir essa jornada da graduação com os pais mais próximos, dando força para continuarmos em frente, mesmo com todas as dificuldades do curso”, acredita.

Sonho

Dia da Acolhida 2019
Fernando com a família na Acolhida 2019

Fernando Vieira Lima Ribeiro, 17 anos, que está começando o curso de Agronomia, disse que estar na UFG é a realização de um sonho. “Eu sei que esta é a oportunidade da minha vida e vou agarrá-la com todas as forças”, enfatiza. “O evento foi importante porque os meus pais conseguiram perceber o que é a UFG. Todos os dias eu tenho contado como tem sido a minha experiência aqui, mas com o pessoal falando é diferente”, diz.

A irmã de Fernando, Amanda Lima Ribeiro, de 16 anos, está no terceiro ano do ensino médio, que sonha cursar Odontologia, ficou ainda com mais vontade de entrar para a UFG. “Eu pego o exemplo do meu irmão, porque ele é a base de tudo. Eu sigo muito os conselhos dele, então, quero muito estar do lado dele, apoiando-o em tudo”, revela.

Café, arte e convite para defender a universidade pública

Dia da Acolhida 2019

Antes das 9h da manhã os reitores e pró-reitores da UFG já estavam posicionados na entrada do Centro de Eventos da UFG para recepcionar as famílias dos novos estudantes da casa. Quem chegava era também convidado a participar de um café da manhã. O início oficial do encontro teve a participação do grupo de chorinho "Brasil in Trio", que foi aplaudido de pé em três momentos distintos.

O evento foi permeado de intervenções cênicas, teve uma repentista que, em alguns momentos, atuou como mestre de cerimônias. A bateria Madastra, do curso de Medicina, encerrou o encontro com um show de percussão.

Acolhida 2019
Apresentação da Bateria Madrasta, do curso de Medicina

A vice-reitora, professora Sandramara Matias, observou que o Centro de Eventos é um espaço bastante simbólico para o estudante de graduação, pois é o local em que ele inicia a vida acadêmica ao fazer a matrícula e também onde conclui a primeira etapa dela, com a colação de grau. Na sequência, foram chamados os pró-reitores, secretários, diretores de unidades acadêmicas e coordenadores de curso presentes.

Acolhida 2019
Reitor Edward Madureira destacou a importância da participação dos pais na UFG

O reitor Edward Madureira lembrou que o Acolhida UFG foi criado no ano passado, no início da gestão 2018-2021, e afirmou desejar que o encontro se converta em uma nova tradição da Universidade. “Queremos que os pais se sintam parte da UFG. Essa é uma instituição muito preocupada com os alunos, com o Estado e com o País”, ressalta.

Mitos

Edward aproveitou para desfazer um dos mitos que cercam a universidade pública. Ele destacou que quase 70% dos estudantes da UFG pertencem a famílias cuja renda total mensal é de até quatro salários mínimos. “É uma universidade que representa muito bem a nossa sociedade”.

Depois de apresentar muitos dados e números que pudessem dar ao menos um pouco da dimensão de tudo o que a UFG representa para o Estado de  Goiás, o reitor declarou: “Se os filhos de vocês vivenciarem a UFG na sua plenitude o ensino, a pesquisa e a extensão, não haverá limites para eles”.

Ao comparar a comunidade universitária, de aproximadamente 50 mil pessoas, com a população de um município goiano, o reitor menciona que a UFG está avançando nas questões relativas à segurança, graças à parceria com a Polícia Civil e a Polícia Militar.

“A Universidade é toda esta riqueza que estamos mostrando, é um passaporte para uma vida mais digna, mas ela também está sob ataque e precisa continuar sendo pública, gratuita e de qualidade, pois é um patrimônio do povo goiano. Por isso queremos que a sociedade a conheça cada vez mais para que possa defendê-la”, conclama Edward.

Acolhida 2019

Fonte: Secom / UFG

Categorias: Institucional Acolhida UFG 2019