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Universidade Federal de Goiás
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Compromisso e desafios éticos no uso de animais em pesquisas

Em 03/04/19 15:46. Atualizada em 04/04/19 16:31.

Palestra realizada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação defendeu a ética profissional diante de experimentos com animais

Fotos: Natália Cruz

Texto: Letícia Santos

 

Medicamentos, vacinas, cosméticos. Muitos são os itens desenvolvidos a partir de pesquisas científicas. Para chegar aos resultados desses experimentos, os cientistas podem recorrer a testes que utilizam animais, a fim de comparar as averiguações e os resultados para um possível uso em seres humanos. Diante dessa temática, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação, no âmbito do Programa Diálogos em Pesquisa e Inovação, realizou a palestra Cultura do Cuidado: Animais para Pesquisa, ministrada pela Professora Ekaterina Akimovna Botovchenco.

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A busca por alternativas que propõem outras possibilidades quanto ao uso de animais em pesquisas é vigente. Cientistas ao redor do mundo discutem sobre essa problemática, porém, para a professora Ekaterina diversos pesquisadores ainda são favoráveis e defendem a importância dessa prática para a ciência.

Á ética precisa ser ferramenta indispensável para a linha de produção de todo pesquisador. Segundo Ekaterina, o estudioso precisa se conscientizar de que para ser um bom profissional é fundamental trabalhar com ética para guiar os princípios e a vida. Estudar ética dentro da ciência é reflexo de mais conhecimento, assim, os pesquisadores serão capazes de distinguir o que é direito e o que é moral. “É preciso desenvolver um projeto que estabeleça consciência do que as pessoas estão fazendo enquanto profissionais, além de possibilitar a se tornarem cidadães melhores”, afirmou a palestrante.

A medida em que o desenvolvimento da tecnologia desponta é preciso que o profissional se adapte a respeito da ética nos estudos. A descoberta de animais geneticamente modificados exigiram dos profissionais uma nova maneira de lidar com as pesquisas. Para a professora, os profissionais precisam refletir sobre qual posição ética está sendo adotada frente as novas descobertas. “É preciso perguntar se você está desenvolvendo o trabalho de forma correta. As diferentes espécies animais exigem também diferentes tipos de aproximações éticas”.

Para Ekaterina, um fator que influência os procedimentos de testes em animais é a cultura de cada região. “Na Índia não seria permitido usar uma vaca para realizar trabalho científico”. Ainda segundo a pesquisadora, o animal não é instrumento que está nas mãos dos pesquisadores para ser realizado em qualquer fim. “O animal tem seu valor”. Os experimentos considerados legitimamente éticos seriam os que trazem benefícios diretos para o homem ou para os animais e não devem causar dor ao animal.

Para garantir o bem-estar animal, a professora reafirmou que toda pesquisa deve passar por uma comissão de ética que orienta e defende se o trabalho tem significância ou não. “Nas universidades atualmente nenhum projeto de pesquisa pode ser realizado sem ter sido avaliado pela comissão ética. Inclusive, nós temos uma comissão na Universidade Federal de Goiás”. Para ela, o pesquisador não pode deduzir subjetivamente o que é o melhor para o animal, pelo contrário, é preciso uma base teórica sobre a maneira em que cada animal vive e se comporta, suas particularidades.

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Fonte: Secom UFG

Categorias: destaque Ciências Naturais