Caminhos para consolidar a pós-graduação na UFG
Laerte Guimarães, Pró-Reitor de Pós-Graduação da UFG, destacou a necessidade de formar lideranças nos cursos de pós-graduação
Letícia Santos
“Os programas de Pós-Graduação da Universidade Federal de Goiás são relevantes em âmbito internacional”. A fala do Pró-Reitor de Pós-Graduação (PRPG) da UFG, Laerte Guimarães, fez parte da palestra inaugural da 1ª Jornada Científica do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Goiás, realizada na última sexta-feira (26/04), pela Faculdade de Medicina (FM) da UFG.
O Pró-reitor iniciou a discussão sobre a importância da língua inglesa para estudantes e professores da universidade. Segundo Laerte, a escolha do inglês nos slides apresentados na palestra foi intencional para instigar o público sobre a necessidade de aprender novos idiomas no âmbito acadêmico. “Nós temos várias oportunidades para os pós-graduandos aprenderem o inglês na universidade, entre eles, o idioma sem fronteiras e até mesmo por meio da troca de experiências com os bolsistas americanos que visitam a UFG”.
A Universidade Federal de Goiás conta com 78 programas de pós-graduação e 100 cursos de especialização, além de programas de residência médica e residências multiprofissionais em saúde. Para Laerte, o principal desafio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFG ainda é proporcionar a consolidação e a visibilidade para o sistema de pós-graduação da universidade. “Nosso desafio é fortalecer o ambiente acadêmico”. A UFG ocupa a 13ª posição no ranking de países que mais publicam artigos indexados em plataformas científicas. “Nós aprendemos a fazer pesquisas e todas elas são de altíssima qualidade”.
Segundo Laerte, o objetivo da produção de pesquisas na universidade mudou com o decorrer dos anos. Se na década de 1980, o objetivo da pós-graduação no país era formar principalmente mestres e doutores para as universidades, nos anos seguintes as instituições de ensino se preocuparam em consolidar o caráter de verdadeiros pesquisadores nos estudantes. “Hoje o nosso obstáculo é de formar lideranças. Os mestrandos e doutorandos dos nossos programas precisam ter por objetivo o papel de serem líderes para que possam fazer a diferença no mercado de trabalho”.
O papel dos docentes no âmbito acadêmico da pós-graduação também foi discutido. Segundo o pró-reitor, os programas da UFG possuem por objetivo a formação de recursos humanos centrados na produção de conhecimento. No total, são 1.600 docentes envolvidos em programas de pós-graduação da universidade, sendo que a estimativa é de um artigo por docente publicado a cada ano. Laerte pontua que essa realidade ainda é limitada para a UFG. “Não podemos aceitar formar um doutor que não produza conhecimento”.
Ao analisar as 67 universidades federais do país, a UFG ocupa a 16ª posição no âmbito de produções de pesquisas. Segundo o professor, 7% dos docentes da UFG são bolsistas de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o que é o principal fator que influencia o aumento do número de pesquisas na universidade. A preocupação atual a respeito do corte financeiro de investimentos em pesquisas também foi pontuada. “As produções crescem enquanto o número de bolsas diminuem ou continuam o mesmo”, afirmou Laerte.
Ainda estiveram presentes na abertura do evento, a diretora de Cultura da Pró-reitoria de Extensão e Cultura da UFG, Flávia Maria Cruvinel, o diretor da Faculdade de Medicina (FM), Fernando Carneiro, e os coordenadores do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFG.
Fonte: Secom UFG
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