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Universidade Federal de Goiás
BrazMedChem

BrazMedChem Awards premia destaques da química medicinal

Em 02/09/19 16:33. Atualizada em 03/09/19 10:17.

Premiação é oferecida a pesquisadores na área de novos medicamentos 

Mariza Fernandes

Realizada entre os dias 1º e 4 de setembro, em Pirenópolis (GO), a nona edição do BrazMedChem, maior evento de química medicinal e descoberta de fármacos da América Latina tem, entre seus objetivos, contribuir para a melhoria da qualidade de formação de profissionais do setor acadêmico e industrial. Com foco nesse objetivo, o evento oferece o Prêmio BrazMedChem para os destaques da área de Química Medicinal no Brasil, nas categorias Jovem Pesquisador, Vanguarda e Sênior. A seleção dos vencedores foi realizada por um comitê de especialistas.

A cerimônia de premiação ocorreu na tarde desta segunda-feira (2/9), na Pousada Serra dos Pirineus, em Pirenópolis (GO), cidade que sedia o evento. Sob aplausos dos pesquisadores presentes, o comitê organizador anunciou os vencedores: na categoria Jovem Pesquisador, venceu o professor Luis Octavio Regasini, da UNESP São José do Rio Preto; a premiada na categoria Vanguarda foi a professora Lídia Moreira Lima, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e na categoria Sênior, o premiado foi o professor Carlos Alberto Manssour Fraga, também da UFRJ.

BrazMedChem

Professora Lídia Moreira Lima, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Os premiados se destacaram por seus trabalhos em busca da descoberta de novos medicamentos para diferentes doenças. O professor Carlos Alberto Manssour atua no Laboratório de avaliação e síntese de substâncias Bioativas (LASSBIO/UFRJ), onde já orientou mais de 50 teses e dissertações na área de química médica. Lídia Moreira Lima, premiada na categoria Vanguarda, estuda novos candidatos a medicamentos quimioterápicos e também é pesquisadora do LASSBIO. O mais jovem entre os premiados, Luis Octavio Regasini, pesquisa os potenciais da cúrcuma e seus efeitos antibactericidas. Os três pesquisadores foram convidados a apresentar seus estudos durante o evento.

Cúrcuma

Ainda emocionado após receber a premiação e apresentar seu trabalho em inglês para uma plateia formada por pesquisadores de diversos países e de diferentes regiões do Brasil, Luis Octavio Regasini, da Unesp, falou sobre o trabalho que vem realizando há seis anos, investigando os efeitos antimicrobianos da curcumina, substância presente na cúrcuma, que no Brasil é popularmente conhecida como açafrão-da-terra.

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Professor Luis Octavio Regasini, da UNESP São José do Rio Preto

A história de como Regasini decidiu estudar esse tema vem da cultura popular brasileira. “Eu sempre escutei as pessoas dizendo que quando você está doente, precisa consumir mais açafrão, então decidi investigar isso!”, explicou. No laboratório, o jovem farmacêutico tem provado que a receita de nossos avós sempre esteve certa.  “Nós estudamos a capacidade que a curcumina tem para combater bactérias importantes, como a tuberculose. Mas além da eficácia dessa substância, precisamos descobrir se ela é tóxica para humanos”, disse.

A maior parte dos recursos que financiam o estudo é pública. Ele destacou que o atual desmonte que atinge o ensino superior público pode afetar seriamente sua pesquisa. “Precisamos de recursos dos governos federal e estadual para desenvolver esse estudo, principalmente os estudantes, que são bolsistas. A maioria dos discentes precisa das bolsas para poder se dedicar exclusivamente à pesquisa”, lamentou.

Ao final de sua apresentação no BrazMedChem, Regasini fez questão de mostrar uma foto da equipe que trabalha com ele, formada por pesquisadores de pós-graduação e iniciação científica de diversas regiões do Brasil e um pesquisador de Angola. A atitude foi repetida pelos dois outros premiados, que também agradeceram às agências de financiamento público. 

Fonte: Secom UFG

Categorias: Saúde