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Universidade Federal de Goiás
roda

Prevenção ao suicídio começa pelo acolhimento

Em 16/09/19 14:57. Atualizada em 16/09/19 15:45.

Roda de conversa discutiu a importância do apoio e da escuta em casos de tentativas de suicídio 

Letícia Santos

Considerado um problema de saúde pública, o suicídio atinge números cada vez mais preocupantes no Brasil e no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. Além disso, segundo estudos realizados pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), 17% dos brasileiros já pensaram seriamente em dar um fim na própria vida e, desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso.

A partir da iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a campanha ‘Setembro Amarelo’, foi criada em 2015. O intuito da campanha é despertar reflexões e debates sobre a importância da saúde mental. O dia 10 de setembro também foi escolhido como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Diante de reflexões sobre as preocupantes taxas de suicídio, o Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor da Universidade Federal de Goiás (SIASS-UFG) e Centro de Valorização da Vida (CVV), promoveram a roda de conversa “Como conversar com uma pessoa com ideação suicida?”, na tarde da última quarta-feira (11/09).

Segundo o psicólogo, Robert Veras, uma das principais dificuldades que uma pessoa com ideação suicida enfrenta é a sensação de isolamento. Com isso, a ajuda ideal das pessoas a sua volta seria a de oferecer compreensão. “As pessoas precisam perceber e acolher aquela pessoa que está depressiva, julgando menos e escutando mais. Perguntas como: ‘posso fazer alguma coisa por você?’ tem um valor muito importante no processo de acolhimento”, afirmou.

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Fotos: Natália Cruz

 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos. A compreensão e a escuta pode vir de pessoas comuns ou de organizações voluntárias como o CVV, que se dedicam à prevenção de suicídio. O Centro de Valorização da Vida é formado por grupo de voluntários que oferecem apoio emocional gratuito, seja por telefone, chat, Skype, e-mail e pessoalmente, além de realizar atendimentos especiais em casos de eventos e catástrofes.

Segundo Regiane Miranda, voluntária do CVV desde 2017, a principal filosofia do Centro de Valorização da Vida é proporcionar acolhimento. “Os voluntários do CVV buscam se colocar no lugar do outro, escutar e compreender. No momento em que estamos escutando uma pessoa não estamos ali para expor julgamentos. Se colocar ao lado das pessoas que precisam ser escutadas é o verdadeiro acolhimento”. João Darcy, também voluntário do CVV, explica que o mês de setembro é a época do ano em que o centro recebe mais ligações. “Estamos perdendo em média 2 mil chamadas por dia”. Segundo João, são apenas dois mil voluntários no Brasil e 35 voluntários em Goiânia. “Quanto mais voluntários, mais podemos ajudar e atender todas as ligações que recebemos”, finalizou.

roda de conversa

O CVV abre curso para novos voluntários no dia 21 de setembro, às 13h30, no prédio do IFG, Rua 75, Setor Central. “Para participar do curso basta levar sua carteira de identidade, uma caneta e muito amor no coração”, convidou os voluntários do CVV.

 

Fonte: Secom UFG

Categorias: Saúde