Ruy Caldas abre Congresso com palestra sobre bioeconomia
Para o professor, é preciso garantir processos produtivos sustentáveis com potencial de geração de emprego e renda
Kharen Stecca
Com o tema "Bioeconomia como projeto mobilizador nacional", Ruy de Araújo Caldas, um dos responsáveis pela formulação de políticas públicas e execução de programas estratégicos nos ambientes do CNPq, MCTI, CGEE e FAPDF, e professor visitante da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) fez a conferência inaugural do 16º Conpeex.
Confira a entrevista que o professor concedeu à Rádio Universitária:
Para ele, é necessário que façamos um grande projeto nacional que mobilize todos os agentes de desenvolvimento do país e que preferencialmente parta das universidades, que possuem grande potencial transformador, já que na sua opinião, esse projeto não virá de cima pra baixo. Ele desenvolveu sua palestra em quatro passos necessários para construir esse projeto: a justificativa do projeto, qual o foco, sua viabilidade e quais as estratégias necessárias.
De acordo com Ruy, é preciso investir em bioeconomia para garantir processos produtivos sustentáveis com potencial de geração de emprego e renda e porque o mercado demanda essas tecnologias. Além disso, nossa base técnico-científica é carente de desafios e a bioeconomia agrega todas as áreas de produção, sendo um diferencial competitivo do Brasil. Ele, inclusive, destacou em sua fala uma pesquisa divulgada pela UFG que mostra uma molécula capaz de reduzir o consumo de energia em telas de celulares.
Ruy Caldas participou da conferência de abertura do Conpeex (Foto: Carlos Siqueira)
O professor continuou explicando que o foco desse projeto deve ser: traçar estratégias, unir iniciativas, focar em resultados, realizar parcerias nacionais e internacionais, propor marcos regulatórios e inserir o Brasil como provedor de biotecnologias. O projeto é viável pelo fato de o país ser grande produtor de alimentos, de biocombustível e com um mercado capaz de alavancar inovações, com base empresarial articulada, estabilidade política e macroeconômica.
Por fim, ele citou que a estratégia deve ser fortalecer a pesquisa e o desenvolvimento, acelerar a conversão dos esforços em produtos, processos e serviços, reduzir barreiras regulatórias, promover força de trabalho na bioeconomia, fortalecer parceria público-privada e inserir o Brasil nos mercados internacionais da bioeconomia.
Fonte: Secom/UFG
Categorias: Conpeex 2019 Tecnologia