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Universidade Federal de Goiás
Ravi Passos Conpeex 2019

Plataforma Tainacan é usada para socializar acervos da UFG

Em 18/10/19 11:56. Atualizada em 18/10/19 14:23.

Objetos do Museu Antropológico e obras do Centro Cultural UFG podem ser consultados na internet

Michele Martins

Fotos: Ana Fortunato

 

Parte do acervo etnográfico do Museu Antropológico(MA) e de obras de arte do Centro Cultural UFG já estão disponibilizados on line por meio da Plataforma Tainacan, uma ferramenta desenvolvida na UFG para o plugin administrativo WordPress, que permite a gestão e a publicação de coleções digitais.

O lançamento ocorreu durante a programação do CONPEEX 2019, no Centro de Cultura e Eventos Prof. Ricardo Freua Bufáiçal, no Câmpus Samambaia, após a mesa-redonda "Política de Preservação de Acervos: Repositórios e Plataformas Digitais", que possibilitou para a comunidade acadêmica a ampliação do debate sobre o gerenciamento e a disponibilização de acervos nas plataformas digitais. De acordo com a pró-reitora adjunta de Extensão e Cultura e Diretora de Cultura da UFG, Flávia Maria Cruvinel, a discussão apresentada é decorrente de diversas pesquisas da Universidade e um trabalho de muitos anos entre as unidades que compõe o Museu de Ciências da UFG, cuja proposta é preservar o arquivo histórico da Universidade.

Ravi Passos Conpeex 2019

Professor Ravi Passos foi um dos principais designers que trabalhou do desenvolvimento da Plataforma Tainacan

 

Pesquisa

No ano de comemoração de seus 50 anos, o Museu Antropológico da UFG inicia o processo de socialização de seu acervo etnográfico e arqueológico com a publicação dos resultados preliminares do projeto de pesquisa Thesaurus Karajá. De acordo com o diretor do Museu Antropológico, Manuel Ferreira Lima Filho,  este projeto congrega sete anos de pesquisas desenvolvida por ele e uma equipe de orientandos, estagiários e servidores do Museu Antropológicos da UFG em parceria com o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e a Washington University of Saint Louis. A equipe esteve ao lado do professor no lançamento do acervo digital. 

Manuel Ferreira Lima Filho foi um dos pesquisadores que participou de pesquisas no Museu Nacional que resultou na digitalização de parte do acervo que foi perdido no incêndio que destruiu o museu em setembro de 2018. “Devolvemos hoje aos Karajá, ao Museu Nacional e ao Brasil a coleção William Lipkind (1938/39) em forma digital via plataforma Tainacan”, comemorou o diretor.

De acordo com a direção do MA, o processo de digitalização dos acervos do Museu Antropológico ainda deve abarcar cerca de 6 mil itens do acervo etnográfico e 480 sítios arqueológicos que representam e revelam os vestígios da ocupação territorial do Brasil Central e da América do Sul. Durante a mesa-redonda no Conpeex 2019, a servidora Tatyana Beltrão de Oliveira Mostra relatou como tem sido a fase inicial de digitalização do acervo arqueológico.

Manuel Ferreira Lima conpeex 2019
Equipe do Museu Antropológico apresentou o projeto Thesaurus Karajá durante o Conpeex 2019

Tainacan

O professor da Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFG), Ravi Figueiredo Passos, apresentou a plataforma Tainacan que foi concebida originalmente por uma equipe da UFG, cuja a preocupação era solucionar o problema da socialização do conhecimento e o alinhamento de diferentes suportes, conteúdos e formatos.

O projeto de desenvolvimento do Tainacan é uma parceria entre o Laboratório de Políticas Públicas Participativas do MediaLab/UFG com o Ministério da Cultura e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) que tem como objetivo  criar uma plataforma comum para a produção e organização em rede de acervos digitais em diferentes suportes. A plataforma Tainacan hoje é adotada por instituições como a Funarte, Ministério da Saúde e o Museu do Índio. 

A solução apresentada pelo Tainacan é amplamente reconhecida no meio acadêmico e atualmente a equipe de pesquisadores se dedica em aprimorar a plataforma: "Hoje vivemos o melhor e o pior momento do Tainacan, nunca tivemos tantos retornos positivos das pessoas por causa do bom funcionamento. Mas agora nos falta financiamentos para aprimorarmos a plataforma", relatou o professor Ravi Passos.

Acervo Thesaurus KarajáColeção Centro Cultural UFG

Imagens e informações sobre os acervos estarão disponíveis para consulta pública

 

Arquivo

A coordenadora da Rede de Arquivos e de Protocolos Setoriais do Centro de Informação, Documentação e Arquivo (Cidarq/UFG), Heloísa Esser dos Reis, participou da mesa-redonda relatando sobre o que caracteriza um acervo arquivístico e como ele deve ser gerenciado no âmbito de uma instituição de ensino, pesquisa e extensão, como a UFG. De acordo com a servidora, nos arquivos os profissionais trabalham com conjuntos de documentos, e não com peças, que são produzidos no curso das atividades nas instituições, sendo eles de qualquer suporte. Estes conjuntos requerem segurança sistêmica, pois “O documento de arquivo é o registro de uma atividade”. Por esse motivo a UFG segue orientações de legislação específica. “A Lei n. 8.159 de Arquivos brasileira é considerada uma das melhores do mundo abordando a gestão, a preservação e o acesso aos documentos arquivísticos”, destacou Heloísa Esser.  

Em relação à preservação do patrimônio arquivístico, Heloísa Esser destacou que é preciso seguir critérios que garantam a autenticidade, confiabilidade, disponibilidade, acesso e preservação.

Fonte: Secom

Categorias: Humanidades