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Universidade Federal de Goiás
Curso DRI e FL

Workshop capacita professores para ministrar Núcleos Livres em língua estrangeira

Em 03/03/20 12:01. Atualizada em 03/03/20 12:15.

Evento foi realizado pela Diretoria de Relações Internacionais em parceria com a Faculdade de Letras

A UFG, desde 2019, participa de um Projeto de Internacionalização Institucional, promovido e patrocinado pela Comissão Fulbright e CAPES, em parceria com o American Council on Education, em Washington, DC. Uma das ações do projeto é a oferta de disciplinas de Núcleo Livre em línguas estrangeiras na UFG. A intenção com esse projeto é dar oportunidade aos professores de usarem com frequência em suas atividades docentes a língua estrangeira em que são fluentes como uma forma de manter essa fluência, dar oportunidade aos alunos da UFG de aprenderem os jargões da área de seu curso em língua estrangeira e de terem acesso regular a essa língua em seu curso de graduação e ampliar a vinda de mais alunos estrangeiros, que ainda não dominam totalmente o português, para estudar na UFG.
Para proporcionar essa experiência na UFG no dia 20 de fevereiro, ocorreu, na Faculdade de Letras (FL) da UFG, o
primeiro curso de capacitação aos professores que irão ministrar aulas em língua inglesa neste primeiro semestre de 2020. Em maio deste ano, há a previsão de uma nova oferta desse workshop, englobando também outras línguas estrangeiras.

Curso DRI e FL
Professores durante curso de capacitação

 

O curso foi ministrado em um único dia pelas professoras da FL, Eliane Carolina de Oliveira e Valdirene Maria de Araújo Gomes, e dele participaram 14 professores de diversas unidades acadêmicas da UFG. O curso teve por objetivo apresentar três abordagens de ensino de conteúdos por meio de uma língua estrangeira: Content and Language Integrated Learning (CLIL); Content-Based Instruction (CBI); e English as a Medium of Instruction (EMI), com ênfase no CLIL. Os participantes também experienciaram e puderam refletir sobre formas de se ensinar vocabulário, leitura, compreensão oral, bem como de fazer uso de vídeos e de atividades interativas em suas aulas.

De acordo com a professora Eliane Carolina de Oliveira, “a oficina oferecida para um grupo de professores da UFG, de diversas áreas, com interesse em ofertar disciplinas em língua inglesa foi mais que simplesmente um momento de apresentar aos participantes a abordagem metodológica Content and Language Integrated Learning (CLIL), na qual seu duplo enfoque potencializa, simultaneamente, a aprendizagem do conteúdo curricular e da língua, de forma integrada”.
Para a professora, esse curso “foi um passo fundamental para darmos prosseguimento ao conjunto de ações que contribuirão para o processo de internacionalização da instituição. Acredito que a expectativa dos participantes de aprender mais sobre esta abordagem foi alcançada por meio das atividades teórico-práticas ministradas na oficina, durante a qual enfatizamos que a implementação do CLIL é um desafio multifacetado, tanto para os docentes quanto para os alunos da UFG”.

Curso DRI e FL
Este será o primeiro semestre em que as disciplinas em inglês serão ofertadas na UFG

 

A professora Valdirene Maria de Araújo Gomes acrescenta que “os professores participantes são muito proficientes e estão muito interessados em iniciar as disciplinas em língua inglesa. O curso serviu para que eles despertassem a atenção para novas metodologias e tivessem acesso a materiais de referência e ideias sobre o uso de recursos tecnológicos”. A professora explica que “as áreas têm disciplinas e atividades muito diversas umas das outras, mas, por meio do curso, os professores começaram a pensar em como poderão introduzir atividades interativas e ensinar conteúdos linguísticos juntamente com os conteúdos específicos em seus respectivos contextos”. Ela acrescenta, ainda, que os docentes “estão conscientes de que este será um grande desafio, mas estão animados com essa nova tarefa." Ela conta que um grupo de Whatsapp foi criado para que os professores compartilhem suas experiências, sugestões e materiais. "Eliane e eu também nos sentimos desafiadas, pois foi a primeira vez que demos uma capacitação desse tipo. Foi novidade para eles e para nós também", ressalta Valdirene. Ela informa que a avaliação foi positiva:"Ficamos contentes com o resultado dessa primeira experiência mesmo  sabendo que o que foi feito é muito pouco diante do que os professores realmente necessitam para aplicar a metodologia CLIL de modo satisfatório".
Alguns professores disseram que estão inseguros e se sentindo perdidos, mas creio que isso é normal. Relatei a eles a experiência que tive quando comecei a dar aulas de inglês instrumental nos outros departamentos e como fui desenvolvendo estratégias para melhorar as atividades com o tempo. Acho que isso os ajudou a diminuir um pouco a
ansiedade porque começaram a entender que o que estamos iniciando será um longo processo que os tirará da zona de conforto, mas que também trará bons resultados”.
O Professor Rubem Borges Teixeira Ramos, da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), relatou que inicialmente, grande parte dos docentes interessados em ministrar disciplinas de Núcleo Livre em inglês para este semestre letivo demonstrava grande preocupação em ministrar integralmente uma disciplina em inglês, para alunos com domínios variados deste idioma. "O curso de capacitação CLIL, ministrado na FL, possibilitou a todos os presentes a pensar em alternativas para driblar essa preocupação. Foi-nos explicado que esse tipo de abordagem de aprendizagem preza a promoção da consciência e da compreensão intercultural, e foi apresentada uma série de iniciativas (incluindo aqui exemplos de uso de vocabulário, textos, atividades de pre-viewing e post-viewing, follow-up e watch, entre outras)" relatou Rubem. Ele ressalta que todas estas técnicas podem ser utilizadas por qualquer um dos docentes envolvidos, pois podem ser adaptadas às atividades e aos conteúdos a serem ministrados, independentemente de área de conhecimento. Dessa forma, considero que o curso trouxe contribuições a todos os envolvidos. No meu caso especificamente, pude ter acesso a uma forma de trabalho que me possibilitará utilizar e combinar as teorias e conceitos importantes do meu núcleo livre. Agradeço por essa iniciativa, torço para que os outros idiomas também possam contar com cursos de capacitação neste sentido. E que outros nos sejam também ofertados daqui para a
frente”.
A Professora Raquel Santiago, da Faculdade de Nutrição (FANUT), também expressou sua opinião sobre a oficina de que participou: “Achei o curso muito interessante. A proposta apresentada pelas professoras, a forma de abordagem e as ferramentas apresentadas trouxeram um melhor entendimento e ampliaram o uso de estratégias e técnicas para que as disciplinas ministradas tragam não apenas a compreensão da área técnica, mas também da língua estrangeira. Gostei muito, acho inclusive que deveríamos ter mais cursos”.

Já o Professor da Faculdade de Odontologia, Pedro Paulo Chaves de Souza, não participou da oficina, pois já havia ministrado e finalizado o Núcleo Livre Topics in Bone Research. Conforme relata o professor, “o curso foi todo em inglês, e os alunos fizeram uma imersão real na língua, também participando em língua inglesa. Havia uma
aluna dinamarquesa na sala, que veio fazer uma visita de pesquisa, o que ajudou bastante. Apesar de ser um desafio tanto para mim quando para eles, na avaliação final, senti que os alunos absorveram bem o conteúdo e, segundo um deles, o curso serviu também para aumentar a confiança de que é possível viajar para qualquer lugar e absorver o conteúdo em língua inglesa". 
Uma das alunas do Professor Pedro – Izadora Rodrigues da Cunha – escreveu uma avaliação extremamente positiva sobre o fato de a disciplina de Núcleo Livre ser oferecida em língua inglesa e escreveu um texto nessa língua: "Analyzing the classes, at the end of the course "TOPICS IN BONE RESEARCH" I could see how these classes contributed to my academic formation. First, the classes proved to be a challenge, not only because of their dense tenor, which I had no contact in the mandatory subjects of my course, but mainly because they were in another language. However, with the passing of classes, I was able to notice a significant evolution of my understanding in English about the tenor, so that this language became naturalized for me. In this way, this unique opportunity was the best way to develop my academic skills, improve possible interactions with students from other countries and
show me capable of presenting papers, carrying out exchanges or internships in that language that we know to be practically the universal language in academia. It is also worth mentioning that in this course enriching articles and practical classes were used that allowed to know essential techniques within cell culture. In addition, the use of
active methodologies - through reports, quizzes and discussions about the articles - encouraged a greater commitment to the study of all students during the course. Thus, so that all this development could be successfully concluded, professor Dr. Pedro Paulo Chaves de Souza was essential in this process, for being committed, having availability and patience to solve all doubts, try to teach the content in a more accessible way and be understandable and human with everyone. The implementation of more classes like this at UFG would allow more students to obtain experiences of as good quality as this class had. However, this reality is still difficult to implement so that it becomes comprehensive for all students, as basic English teaching is extremely precarious in schools so that students have a great understanding of classes in that language."

Para o próximo semestre, a Diretoria de Relações Internacionais espera oferecer mais de cinquenta disciplinas de Núcleo Livre em diversas línguas, tornando, pois, a nossa UFG cada vez mais internacionalizada nas suas atividades do dia a dia.

Curso DRI e FL
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Fonte: DRI UFG

Categorias: Institucional DRI FL