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Universidade Federal de Goiás
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Evento discute o passado e aponta os novos desafios do ensino remoto

Em 08/07/20 13:29.

Debatedores defenderam que o ensino durante a pandemia provoca uma reflexão sobre os processos de aprendizagem

Augusto Araújo


A Pró-reitoria de Graduação (Prograd) realizou ontem, 7/7, a transmissão ao vivo da palestra “3º Ciclo de estudos e reflexões: Encontro com reflexões IDEA”. O evento foi ministrado pela professora Leda Maria de Barros Guimarães, da Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFG) e Denise Cristina Bueno, mestre em Educação e Políticas Públicas graduada pela UFG e trabalha com o tema: Educação e Tecnologia. A palestra foi mediada por Flávio Marques, coordenador do IDEA, Programa Institucional para o Desenvolvimento do Processo de Ensino e Aprendizagem (IDEA/Prograd). 

A professora Leda Guimarães é uma das pioneiras na UFG desse método educacional, no qual atua desde 2006. Ela compartilhou sobre a sua experiência docente e defendeu as experimentações envolvidas no aprender. "Nossa experiência foi mudando ao longo dos anos e nos convidando a aprender com cada erro. A aprendizagem é construída a partir de cada pessoa envolvida no processo de aprendizagem", destacou. Ela defendeu ainda a necessidade de uma aposta em práticas, ações interdisciplinares e transdisciplinares para que possam ser desenvolvidos o ensino remoto com com maior qualidade, adequado às necessidades dos estudantes.

Já Denise Bueno contou também com uma experiência como aluna de EaD no curso de Artes Visuais. "No aprendizado à distância, o aluno é estimulado a uma autoaprendizagem, desenvolvendo sua criatividade e autonomia. O Ensino à Distância, sendo bem feito, pode fazer um movimento de transformação", defendeu. Ela também ressaltou como este processo de aprendizagem pode ser desgastante para os professores e difícil para os alunos também. “Nós temos alunos que não têm condições de ter essa assistência por falta de condições materiais. Há muita crítica em relação a isso, mas não podemos ficar parados esperando o que vai acontecer”, opinou.

A egressa da UFG ressaltou também a necessidade de se discutir a lógica por trás do que ela chamou de “fetichização” do EaD. Ela entende que, nesse contexto de pandemia, o ensino remoto é visto como uma “virtude”, porém “a gente nega o nosso passado e fazemos com que o nosso presente seja obsoleto e imediatista. Quando falam que um professor é resistente à tecnologia, é uma resistência ativa do que é um processo educativo, do que é o exercício do professor, o que ele faz com o conteúdo", defendeu.

 

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Professora Leda Guimarães atua no curso de Artes Visuais na modalidade a distância desde 2006

 

Ao final, ambas as participantes defenderam a necessidade de um maior aperfeiçoamento e desenvolvimento de estratégias e ferramentas que devem ser melhor aplicadas para o aprimoramento do ensino remoto na UFG. A professora Leda Guimarães aponta a essencialidade do ''diálogo, a escuta e a formação do senso crítico" no ensino, independente do fato de ser presencial ou remoto. Denise Bueno complementa a fala de Leda ao destacar a necessidade de se reproduzir uma escola que transforma socialmente e desenvolve a criatividade dos estudantes.

O evento online foi realizado com um chat aberto, em que os espectadores podiam interagir através do chat, enviando perguntas para que fossem respondidas no final da discussão.

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Egressa do curso de Artes Visuais da UFG defendeu que a prática docente seja repensada mais do que nunca no ensino remoto durante a pandemia

Fonte: Secom/UFG

Categorias: educação Notícias Humanidades