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Universidade Federal de Goiás
Laerte Guimarães

Colóquio da PRPG discute o presente e o futuro da pós-graduação

Em 26/11/20 14:53. Atualizada em 27/11/20 13:38.

Com participação dos presidentes da CAPES e do CNPq, evento fecha as iniciativas da PRPG em 2020

Por Talita Prudente (Comunicação PRPG)

O ano de 2020 foi difícil, atípico, e inusitado. Adaptações e reinvenções permearam o meio acadêmico. Não foi diferente no âmbito da pós-graduação, que reafirmou sua importância social nesse período. Os desafios e conquistas experienciados pelos programas de pós-graduação da UFG propiciaram mudanças visíveis não só no calendário de editais e formas de ingresso, mas também nos modelos de aprender, ensinar e pensar o sentido dos cursos de mestrado, doutorado e especialização. 

Essas novas transformações e a organização do sistema de pós-graduação após a pandemia serão assuntos debatidos no II Colóquio de Avaliação da Pós-Graduação da UFG, que acontece de 30 de novembro a 4 de dezembro com transmissão ao vivo pelo Canal UFG Oficial no YouTube.

Em formato inovador, o colóquio traz convidados renomados no cenário científico, com ênfase para a participação dos presidentes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),  Benedito Aguiar, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Evaldo Vilela, da Diretora de Cooperação Institucional do CNPq, Zaira Turchi e de Jorge Audy,  que presidiu a Comissão Nacional de Acompanhamento e Avaliação do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG 2011 - 2020).

“Esse foi um ano duro e difícil para todos nós, mas a universidade se mostrou mais resistente, unida, resiliente, criativa e mais forte que os desafios sem precedentes que a pandemia nos impôs. A pós-graduação na UFG está funcionando e em muitos aspectos ela se fortaleceu e se modernizou. De certa forma, o colóquio celebra isso. Com uma programação que mostra a força e importância desse sistema”, reflete Laerte Guimarães Ferreira, pró-reitor de pós-graduação da UFG.

Laerte Guimarães
Pró-reitor de Pós-graduação, Laerte Guimarães Ferreira

 

Além das perspectivas atuais sobre a pós-graduação, o evento abordará questões que há tempos movimentam reflexões nas universidades como o ingresso de indígenas na pós-graduação e a divulgação científica. “Muita coisa ainda vai mudar e trouxemos um time de primeira grandeza para discutir temas que vão além da PRPG e da UFG, com assuntos de relevância global e nacional”, expressa o pró-reitor.

Para enriquecer os debates sobre a questão indígena, a PRPG convidou Antônio Carlos Sequeira Fernandes, coordenador da área de antropologia junto a CAPES e coordenador do Departamento de Geologia e Paleontologia (DGP) do Museu Nacional/UFRJ, Gersem Baniwa, indígena da etnia Baniwa, filósofo, antropólogo e professor da UFAM e Francisca Navantino Pinto de Ângelo (Chikinha Nezokemaero Paresi), pertencente ao povo Paresi, mestre em Educação Escolar Indígena (UFMT) e doutora em Antropologia Social (UFRJ).

Já a mesa "Estratégias de comunicação da ciência produzida na pós-graduação", traz Germana Barata, pesquisadora do Laboratório de Estudo Avançados em Jornalismo da UNICAMP (LabJor), Paula Miraglia, diretora geral do NEXO Jornal e Vinícius Sassine, repórter do jornal Folha de São Paulo. 

 

Fique por dentro da programação completa do II Colóquio de Avaliação da Pós-Graduação da UFG e participe! Saiba mais em : prpg.ufg.br

 


Programação II Coloquio


Gestão da pós-graduação na pandemia

Laerte Ferreira  não descarta as turbulências sociais, políticas e culturais da crise sanitária e lembra que cientistas de todas as áreas tiveram que interromper pesquisas em laboratórios e coleta de dados em campo. Porém, ele observa que o aumento do uso das tecnologias de comunicação, ocasionado pelo distanciamento social, catalisou objetivos há anos já perseguidos pela PRPG, como a transdisciplinaridade, a internacionalização e a atualização de processos educacionais e administrativos. 

“Ainda acredito nas aulas presenciais, mas veja bem...O mundo avança com a transdiplinascilaridade, com o tráfego de ideias, com a educação humanística. O mundo está mais próximo e isso nos traz mais oportunidades”, acentua o pró-reitor.

Para exemplificar os pontos positivos do trabalho remoto,  Laerte recorda que, ao ingressar na PRPG, em 2018, observou dificuldades na participação de membros externos em bancas de defesa de mestrado e doutorado. Naquele momento, os docentes foram incentivados a utilizarem a videoconferência. Aquilo que parecia uma novidade gigantesca e um pouco assustadora agora é rotineiro, já que, desde o final de março, bancas de defesa e aulas são realizadas de forma remota na pós-graduação da UFG.

“Confrontar esses desafios é positivo. Não é algo momentâneo, vejo muitas vantagens nesse formato pois temos a oportunidade de convidar personalidades específicas, membros das mais diversas áreas do conhecimento e instituições, fora do Estado ou do país, para participarem”, destaca o pró-reitor.

A PRPG auxiliou discentes, gestores e docentes de programas na transição para o Ensino Remoto Emergencial (ERE)  por meio de aulas online de capacitação para uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs). Apesar do desafio, Laerte Ferreira conta que o novo modelo foi bem aceito pela comunidade acadêmica. “A situação da pandemia ainda é grave mas tudo indica que, com a chegada das vacinas, o segundo semestre do ano que vem estará normalizado. Quando nós retornarmos ao mundo presencial vamos funcionar de uma maneira muito mais híbrida”.



O levantamento realizado pela PRPG com integrantes da pós-graduação da UFG e de outras universidades brasileiras, sobre o funcionamento do ERE,   mostra que 74% dos docentes da UFG avaliam o modelo como efetivo, 72% dos alunos da pós-graduação da UFG  estão satisfeitos e 74% dos programas das demais instituições de ensino superior lidaram bem com o processo. As principais dificuldades apontadas foram falhas na internet e equipamentos, falta de interação presencial e desorganização e indisciplina.


Confira os resultados do levantamento:


Pesquisa com os docentes da UFG

Pesquisa com discentes da UFG

Pesquisa com outras 102 instituições de ensino superior espalhadas pelo país

 

 

Da mesma forma, as ferramentas digitais interferiram no processo de seleção dos programas. Laerte conta que a intenção, no começo da pandemia, era suspender os editais, porém, principalmente por conta das chamadas da CAPES e do CNPq voltados a Covid-19, a PRPG optou pela seleção remota. “Não tivemos nenhuma reclamação de fraude. Funcionou”, esclarece Laerte.  Além disso, o envio de documentos para a PRPG e coordenação dos programas foi simplificado com o Sistema Eletrônico de Informações. 

 

O período de pandemia também consolidou mudanças pensadas em 2014, com a separação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação em Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação e Pró- Reitoria de Pós-Graduação (PRPG). “Foi preciso uma pandemia para nos confrontar e transformar as nossas estratégias de ensino”, pondera o pró-reitor de pós-graduação ao enfatizar que os cursos stricto e lato sensu devem fomentar uma formação humanística.

 

Por isso, a PRPG busca aprimorar e modernizar o Sistema de Pós de Graduação da UFG através de iniciativas que ganharam força em 2020, como o UFG Doutoral e o Programa de Apoio à Gestão na Pós-Graduação (PAG-PG).  

 


O programa UFG Doutoral oferece disciplinas e workshops voltadas ao desenvolvimento profissional e pessoal de cada participante, buscando maior integração entre os cursos de pós-graduação. O PAG-PG instrumentaliza  e qualifica os gestores dos PPGs, permitindo que os coordenadores atuem de modo mais consistente e assertivo sobre o rumo dos programas. Os cursos, palestras e workshops promovidos pela PRPG são divulgados no site prpg.ufg.br



 

Outro destaque de 2020 foi a criação da Coordenação de Comunicação da PRPG, gerida pelo professor Rodrigo Cássio Oliveira (FIC). “É fundamental comunicar sobre o que se faz na PRPG, o que se faz na pós-graduação. Não vivemos sem ciência e a universidade passou a ocupar um espaço gigantesco na mídia em 2020. Temos uma oportunidade de melhor informar e subsidiar com fatos corretos a opinião pública”, diz Laerte, ressaltando a importância da divulgação científica tanto para as universidades, quanto para a formação crítica da sociedade.

Já a formação da Assessoria de Internacionalização, específica para a pós-graduação, reforçou uma das principais metas da UFG: promover redes científicas multiculturais com outros países e networking. Coordenada pelo professor Paulo Ghedini (ICB), a assessoria tem instruído coordenadores de programas sobre estratégias de internacionalização,  ponto avaliativo da Capes para aferir o desempenho e a qualidade dos PPGs.

Para um futuro próximo, Laerte Ferreira almeja uma maior aproximação, onde possível, da pós-graduação com empresas, órgãos governamentais, bem como com o terceiro setor. A UFG já carrega um portfólio com várias parcerias. Pfizer, Embrapa, Ifood.com, Petrobrás, e WWF Brasil são algumas.  Porém, o programa MAI/DAI da  UFG, institucionalizado no início do ano pela PRPG em parceria com a PRPI, veio para reforçar essa interação e auxiliar na execução de projetos na pós-graduação desenvolvidos de acordo com demandas empresariais.

“O Sistema de pós-graduação brasileiro tem mais de 50 anos. A UFG contabiliza hoje 64 programas de pós-graduação stricto sensu e 80 cursos de pós-graduação lato sensu. Ainda temos muitos desafios e precisamos nos atualizar e nos adaptar para que as mudanças em curso não nos atropelem”, finaliza Laerte Ferreira. 

 

Fonte: Secom UFG

Categorias: PRPG Institucional