Icone Instagram
Ícone WhatsApp
Icone Linkedin
Icone YouTube
Universidade Federal de Goiás
estudos contemporaneos coletânea 8

Coletânea traz reflexão sobre jornalismo no Brasil e no mundo

Em 07/12/20 12:42. Atualizada em 07/12/20 16:08.

E-book tem produções focadas nas mudanças da sociedade e do jornalismo 

Júlia Fontes

estudos contemporaneos coletânea 8

Classificado pela Qualis Livro, coletânea também será lançada em versão impressa

Clique e acesse o e-book.

 

 

Lançado no dia de luta pela eliminação da violência contra à mulher, 25 de novembro (quarta-feira), o e-book Estudos Contemporâneos em Jornalismo coletânea 8 da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da Universidade Federal de Goiás traz 16 artigos em cinco capítulos que levam a reflexão sobre a luta para um fazer jornalístico justo e uma sociedade mais democrática, além de discutir sobre a atuação do profissional da comunicação e as técnicas de manuseios das informações.

O e-book foi organizado pelos professores Juarez Ferraz de Maia, Rosana Maria Ribeiro Borges e Salvio Juliano Peixoto Farias, da FIC da UFG. A solenidade de lançamento foi realizada de forma on-line e teve a presença da diretora da FIC, Angelita Pereira, do coordenador do curso de jornalismo, Ricardo Pavan, dos organizadores do livro e dos convidados, Silvia Afonso e Luca Bussotti, que escreveram artigos que compõem a obra. O evento também teve apoio do programa de extensão Enredos Digitais alicerçado no Programa de Pós-Graduação de Comunicação da FIC/UFG e também envolve os Programas de Pós-Graduação em Direitos Humanos, Performances Culturais e Cultura Visual, todos da UFG.

 

participantes da live
O lançamento foi realizado de forma on-line na plataforma Zoom e teve transmissão ao vivo através do Canal FIC no Youtube. Clique e reveja a solenidade de lançamento

 

A Oitava Coletânea

O capítulo O fazer jornalístico pelo mundo: visibilidade que transforma fronteiras e compartilha a vida, abre o e-book e é composto por quatro artigos que discutem comunicação e sociedade em situações que ocorreram: na Etiópia no momento do centésimo prêmio da paz, na Itália através da análise das coberturas da imprensa italiana realizadas durante os episódios de sequestros de concidadãos no estrangeiro, em Moçambique pelas produções na rádio comunitária do Marromeu e no País de Gales por meio do estudo do pensamento de Raymond Williams no âmbito dos Estudos Culturais. O capítulo conta com produções dos convidados internacionais, a moçambicana, Silvia Afonso e o ítalo-moçambicano, Luca Bussotti.

Os convidados destacaram, durante a solenidade de lançamento, que a coletânea, que é realizada anualmente e foi idealizada há 10 anos, abre oportunidades de publicações de pesquisas e produções realizadas no continente africano, que costumam encontrar dificuldades para disseminar os conhecimentos científicos. “As oportunidades de publicação no contexto africano, salvo na África do Sul e alguns países, são muito poucas e geralmente são caras. Pela primeira vez, encontraram um veículo para publicar produções”, levanta Bussotti.

 

lucas bussoti
Lucas Bussotti é diretor da Pós-Graduação na Universidade Técnica de Moçambique, investigador no CEI-IUL ISCTE (Lisboa) e investigador sénior no Centro de Estudos Interdisciplinares de Comunicação (CEC).

 

 

 

 





Além da visão de mundo e reflexões sobre os momentos históricos internacionais, o livro se aproxima do jornalismo e sociedade brasileira no segundo capítulo, O fazer jornalístico na pauta do dia: registros que produzem o simbólico e significam o hoje. No capítulo é mostrado as principais dificuldades e perspectivas do jornalismo nacional no ano da pandemia da COVID-19, onde vem ganhando força a manipulação das informações e predomina uma administração pública “crítica”, como pontua o professor Salvio Farias.

Ao todo, no segundo capítulo, são quatro artigos, Jornalismo “pseudocientífico”: a comunicação da ciência em pré-prints sobre Covid-19 nos noticiários da Folha e O Globo; Uma cara para o novo coronavírus: como a mídia representou visualmente o Sars-CoV-2; Telejornalismo local em tempos de pandemia e Ensino e aprendizagem de ética e legislação da comunicação em tempos de fake news. Os artigos explicam academicamente e contribuem para a produção de saberes e conhecimentos sobre os momentos históricos de 2020, principalmente no que diz respeito à pandemia da COVID-19.

O terceiro capítulo do e-book, O fazer jornalístico e as violências: do que incomoda o sistema ao que o reproduz, conta com os artigos A lei do trabuco: espancamentos e fuzilamentos de jornalistas em Goiânia na década de 1950; A violência de gênero institucionalizada: uma análise sobre a revitimização de mulheres nas narrativas policiais e jornalísticas de Goiás e Preto preso em pauta: homens negros privados de liberdade e prática jornalística que mostram a aplicação da violência contra jornalistas e durante as práticas jornalísticas.

O dia da luta pela eliminação da violência contra à mulher, quando ocorreu o lançamento da coletânea, também levou os participantes da solenidade a refletirem sobre a erradicação de todas as violências através da função social das produções acadêmicas como forma de dar respostas às problemáticas sociais. “Nosso livro não só nos coloca como unidade acadêmica e curso de graduação nessa relação da produção acadêmica com a realidade, mas também diz para a sociedade que estamos aqui produzindo conhecimento que é de interesse de todos e todas”, marca Angelita Lima, diretora da FIC.

No capítulo posterior é mostrado um olhar mais humano e leve sobre o fazer jornalístico e de temáticas que estão sendo tratadas de forma mais atenciosa no mundo e na área da comunicação. O fazer jornalístico que narra existências: sensibilidades, inclusões e práticas tem três artigos, Da gramática da incomunicação ao signo da sensibilidade; A comunicação das diferenças: um mapeamento dos podcasts sobre o autismo no mundo; e O roteiro na ficção e no documentário – parte I: antes da escrita. O capítul marca os movimentos de algumas mudanças sociais que são refletidas e discutidas no jornalismo para um mundo mais sensível e estão ocorrendo gradativamente.

Por fim, o quinto e último capítulo da obra, O fazer jornalístico que reflete e renova: relatos de experiências extensionistas, traz o artigo As mulheres e o jornalismo esportivo em 20 anos do projeto doutores da bola e o Relato: Videodocumentário ‘Cárcere e Ofício’. Ambos os artigos mostram a atuação do Curso de Jornalismo da UFG para ressignificar a formação e exercício profissional dos jornalistas e as mudanças já presentes no mercado de trabalho desses profissionais e em suas atuações.


Estudos Contemporâneos em Jornalismo Coletânea 8
Organizadores: Juarez Ferraz de Maia, Rosana Maria Ribeiro Borges e Salvio Juliano Peixoto Faria
Ano de lançamento: 2020 (CEGRAF/UFG)
ISBN: 978-65-86422-61-0
Acesse o e-book completo no site da PPGCOM/UFG

Classificado pela Qualis Livro, coletânea também será lançada em versão impressa.
Clique e acesse o e-book.

Fonte: Secom UFG

Categorias: Humanidades Fic