A fotografia, a poesia e a botânica foram unidas para retratar os recortes sensíveis do Cerrado no livro lançado pelos professores da UFG. A obra Olhares, palavras, (des)Cerrados… Clicks poéticos e descompromissados das águas e belezas do Cerrado traz imagens singulares captadas pelo olhar dos autores, que são acompanhadas por poesias e pela identificação das espécies presentes no bioma. Antes mesmo de seu lançamento, o livro já está disponível para os interessados tanto fisicamente quanto por e-book.

Para a confecção do livro foram reunidas belíssimas imagens de cachoeiras, corredeiras, nascentes, flores, troncos, frutos, folhas e pequenos animais. Segundo os autores, o livro visa despertar o olhar da sociedade para as belezas encontradas no Cerrado, contribuindo com a conscientização ambiental, preservação das nascentes e matas ciliares, no combate à destruição desordenada desse bioma e na recuperação das áreas degradadas, além de realizar um registro das espécies que ocorrem nessas regiões.

O livro é fruto do projeto de extensão da UFG intitulado “O Cerrado e suas faces: conscientização da comunidade sobre a importância da preservação ambiental por meio da arte”, que visa registrar e divulgar as belezas do Cerrado, sob a coordenação do professor Pierre Alexandre dos Santos (FF/UFG). Além das fotografias realizadas pela professora Tatiana de Sousa Fiuza (ICB/UFG) e por Roberto Campos Portela, o trabalho consistiu na identificação científica das espécies pelo professor Doutor Heleno Dias Ferreira (ICB/UFG), taxonomista vegetal e por poesias escritas pelo professor Luiz Carlos da Cunha  (FF/UFG), por José Filipi Brito de Sousa e Maria de Souza Landim.

Apresentação

Tatiana de Sousa Fiuza é professora doutora da disciplina de Anatomia Humana do ICB/UFG e desde que começou suas pesquisas nas áreas de Farmácia e Biologia, utiliza o foto microscópio para capturar imagens científicas. Quando começou a realizar pesquisas com plantas do Cerrado e coletar os espécimes no seu habitat natural, encantou-se com a beleza das cachoeiras, das árvores retorcidas e das flores. Vendo a importância de registrar esses encantos naturais e compartilhar suas experiências com outras pessoas, adquiriu uma câmera fotográfica profissional de alta resolução com o intuito de obter imagens artísticas de maior qualidade. Portanto, desse trabalho surgiu a ideia do projeto de extensão "O Cerrado e suas faces: conscientização da comunidade sobre a importância da preservação ambiental por meio da arte" que consiste em registrar e divulgar as belezas do Cerrado, sob a coordenação do professor Pierre Alexandre dos Santos (FF/UFG).

Além das fotografias, o trabalho consistiu na identificação científica das espécies pelo professor Heleno Dias Ferreira (ICB/UFG), taxonomista vegetal. As fotografias de espécimes da flora e fauna nativas do Cerrado e suas águas foram capturadas em seu habitat com a máquina fotográfica digital Canon EOS T4i e a câmera fotográfica do celular Samsung Galaxy S8, todas com iluminação natural. As atividades de campo tiveram duração de três anos com captura de imagens do Cerrado em regiões de veredas, serras, cerrado senso stricto, cerrado rupestre, campo rupestre, mata ciliar, campo úmido na Serra do Pireneus, Pirenópolis, Goiás e na Chapada dos Veadeiros, Cavalcante, Goiás. O material vegetal fotografado foi identificado in loco ou no Laboratório de Taxonomia Vegetal e no Herbário da UFG.