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Universidade Federal de Goiás
Laboratório (banco de imagens)

Evento debate papel dos físicos nos laboratórios farmacêuticos

Em 17/06/21 10:35. Atualizada em 17/06/21 10:40.

Café com Ciência recebeu o físico e professor da UFG, Sebastião Antônio Mendanha

Débora Alves

“O que um físico faz em um laboratório de tecnologia farmacêutica?”. A pergunta motivou o debate realizado no Café com Ciência, programa do Instituto de Física (IF) da Universidade Federal de Goiás (UFG), na quarta-feira (16/6). O debate foi mediado pelo professor do IF, Lucas Chibebe Celeri, e teve como convidado o também professor e pesquisador do IF, Sebastião Antonio Mendanha. O evento contou com a participação de professores e alunos. 

O professor Sebastião explicou que sua pesquisa é voltada para os Drug Delivery Systems (DDS), que em tradução livre significa sistema de entrega controlada de fármacos. A busca é por melhorias na administração de fármacos. O professor trabalha na administração de medicamentos à base de lipídios. Sebastião pontua que a administração de medicamentos à base de lipídios é um meio muito versátil e permite diversas rotas de administração. 

“Esse tipo de sistema coloca um impacto muito grande na disposição sistemática e até mesmo local, podendo alterar solubilidade, permeabilidade, absorção, distribuição e metabolismo, e também impacto na estabilidade física e química, é aí que eu estou mais inserido”, afirmou.

Café com Ciência FF

O pesquisador  explicou que a vacina contra a covid-19 da Pfizer e Moderna usam o sistema de lipídios. “O mRNA que a Pfizer usa para despertar nosso sistema imunológico contra a covid-19 não poderia ser entregue às células-alvo por conta própria”. Segundo o professor, sem os lipídios não existiriam essas vacinas. O professor também explicou que muitos medicamentos são fabricados usando a base de lipídios, e que é cada vez mais comum ver esse tipo de medicamento no mercado.

Para ilustrar como a Física se insere nesse contexto farmacêutico, ele usou o exemplo de um medicamento de insulina em que os físicos acertaram o senso de massa e estabilidade, fazendo com que o medicamento fique sempre virado para cima, fazendo a ingestão de insulina dentro do estômago. Ele aponta que no tratamento de muitas doenças, como o câncer, a Física também tem colaborado na fabricação de medicamentos. “Os físicos buscam entender a formação e comportamento do domínio do lipídio, entre outras técnicas, buscando uma melhor forma de distribuição dos fármacos no organismo”.

 

Fonte: Secom-UFG

Categorias: Ciências Naturais FF