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Universidade Federal de Goiás
Internet EDUCA

INTERNET EDUCA

Em 02/08/21 13:09. Atualizada em 02/08/21 13:09.

Passo a passo Ferramenta de Captura do Windows: modo simples e eficaz de capturar e recortar imagem

Fernanda Cunha*

Como a imagem se faz tão necessária nos processos de ensino/aprendizagem, não é mesmo?

Eu diria que a utilização de imagem é imprescindível para o desenvolvimento cognitivo/perceptivo pleno, autogovernativo.

A estética da interação com o mundo que nos cerca, está vinculada a nossa capacidade de [re]contextualizar [re]significações no percurso do [re]conhecer.

A capacidade de [re]conhecer está vinculada a cognição perceptiva da pessoa no mundo e assim, por se dizer, sua capacidade autônoma [ou não] de ler/interpretar o mundo que a cerca.

Paulo Freire, Ana Mae Barbosa, trazem com vigor a importância da educação contextualizada pela leitura da palavra-imagem-mundo que antecede conhecimento técnico-alfabético.

Neste âmbito, a educação centrada exclusivamente na leitura técnica da palavra não prepara a autogovernança da pessoa para o mundo, podendo esta, dada sua acriticidade, ser sugada pela ordem da cultura massiva.

Somente o conhecimento técnico-alfabético, sem o [re]conhecimento sígnico imbuído de seus processos interpretativos, criativos, culmina na parca edificação ontológica do ser.

Por isto, com sapiência que lhe traz peculiar olhar à Educação como prática da liberdade Paulo Freire (2005), enaltece as palavras como grávidas do mundo: a palavramundo (2003).

Neste contexto Freire salienta sobre as palavras geradoras, como o autor explica: “as palavras geradoras são as palavras do povo, grávidas de mundo” (FREIRE, 2003, p. 20).

A filosofia de Freire é um convite para se aprofundar no universo dos educandos e nutri-lo de (re)significados.

Sua proposta pedagógica à questão da leitura da palavra e da leitura do mundo passa justamente pelo mesmo movimento fluido do mundo e da leitura e “escrita” que se faz dele, ou seja, a ação prática e consciente, que Freire considera central para o processo de alfabetização, portanto da contextualização.

Palavras compreendidas aqui como grávidas de imagens. Imagem-mundo em que Ana Mae Barbosa, sob os auspícios de Paulo Freire, sistematiza a Abordagem Triangular para a arte e seu ensino.

A Abordagem Triangular é uma abordagem arte/educativa para o desenvolvimento da capacidade de leitura crítica do mundo.

Ana Mae Barbosa, está, assim, em oposição à cultura de definições que “é mera educação bancária”, e em consonância com Paulo Freire, “Cultura não se injeta, se pratica” (BARBOSA, 1998, p. 46). Daí advém o destaque que se dá à experiência empírica da leitura da imagem na Abordagem Triangular, em prol da alfabetização cultural.

Freire esclarece que o ato de ler “não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita”, mas, pelo contrário, “se antecipa e se alonga na inteligência do mundo”. Na verdade, salienta, a linguagem e a realidade estão mútua e dialeticamente condicionadas – a relação texto/contexto – e “A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele” (FREIRE, 2003, p. 11).

Neste paradigma, Ana Mae Barbosa sob a teoria da Gestalt, explica em uma palestra que ouvi, sobre trocadilhos que fazemos ao ler palavras, quando estas possuem desenho idêntico entre si.

Sim, é isto mesmo! A nossa primeira leitura é da imagem da palavra e depois a leitura técnica-alfabética destas palavras.

Por isto, muitas vezes crianças, quando estão sendo alfabetizadas, se confundem com palavras que tem o mesmo desenho entre si; exemplo: bolo – bola, dentre outras. Ao passar uma linha ao redor de cada uma dessas palavras verifica-se que o desenho é o mesmo.

Ignorar o desenvolvimento da capacidade interpretativa pela leitura da imagem, da imagem-mundo que antecede a leitura tecno-alfabética da palavra no processo de ensino/aprendizagem, pode-se caminhar rumo à educação chamada por Paulo Freire de educação bancária – de memorização mecânica, muitas vezes conteudista, tecnicista.

Não basta apenas apreender a atenção à nuance que difere na leitura técnica-alfabética entre a palavra bolo e a palavra bola, mas possibilitar a imersão interpretativa, dando voz à expressão que emerge imagens-símbolos pela leitura-mundo de cada um de nós.

Quanto mais promovemos no processo de ensino/aprendizagem o desenvolvimento da capacidade de ler/interpretar imagens que nos cercam, mais desenvolvemos a mente cognitiva/perceptiva em prol da criticidade, da autogovernança.

Assim, mais preparados estarão nossos alunos e alunas para o mundo, como expressa Paulo Freire: do desenvolvimento da consciência ingênua para da consciência crítica.

Vale lembrar que Paulo Freire nos adverte que a promoção da consciência crítica se dá somente pela educação, enquanto a consciência fanática, para este autor, se já se estabeleceu é irreversível.

Imagine pessoas sem o desenvolvimento da capacidade crítica de ler/interpretar o mundo que as cercam em tempos de pandemia, vez que vivemos nesta temporada, significativa imersão de nossas comunicações, ou seja, de nossas relações mediadas pelas imagem-mundo digital?

Qual pode ser a vulnerabilidade de alunos, alunas e tantas outras pessoas se frágeis se encontram, em suas capacidades cognitivas/perceptivas para a leitura da imagem-mundo em suas imersões na sociedade em rede?

Na atualidade, por exemplo, a telemedicina vem como recurso necessário, em que as consultas são mediadas pela imagem.

Pergunto: Quando a consulta médica, mesmo antes da pandemia, não foi mediada pela leitura de imagem:  a imagem do paciente pelo médico e a imagem do médico pelo paciente? Quando não escolhemos “aquele pãozinho” que sua imagem nos corre com mais sabor? Como nossas vidas podem não perpassar pela interpretação de nossos sentidos, não é mesmo?

Fato, é que em tempos de pandemia, com tantas aulas para estruturarmos, e sabemos que aulas pela internet – sejam estas síncronas ou assíncronas, nos tomam mais tempo para prepara-las.

Quantas vezes torna-se um complicador para nós professoras e professores, alunas e alunos, e para muitas outras pessoas capturar imagens e manipulá-las, seja por não ter a mão um editor de imagem, ou pelo fato de o computador não suportar programas pesados e tantos outros motivos. Enfim, esta ferramenta de Captura do Windows tem me socorrido em muito.

Assim, trago demonstração passo a passo da Ferramenta de Captura do Windows, que é um modo simples e eficaz – quase que instantâneo - de capturar e recortar imagem.

Com esta Ferramenta de Captura do Windows pode se obter excelentes resultados, podendo atender demandas em curto prazo de tempo.

Acesse o link abaixo para assistir ao conteúdo na íntegra deste vídeo que contém o passo a passo de como utilizar a Ferramenta de Captura do Windows e compartilhe a quem entender que este conteúdo possa ajudar:

Visite o meu canal do Youtube, acessando o link https://www.youtube.com/c/FernandaCunhaCiberArtEduca  e confira a coletânea de vídeos disponíveis que venho realizando com dicas, reflexões, tutoriais, entrevistas, que possam auxiliar profissionais do ensino e alunos.

Acesse também o site portalinterneteduca.com

Neste site se pode acessar diversos formatos de conteúdo: artigos, e-books,  posts, encontros online, etc., buscando contribuir com professoras, professores, alunas e alunos, pessoas interessadas na área da Arte, Cultura e Educação.

*Fernanda Cunha é professora da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac) da UFG.

O Jornal UFG não endossa as opiniões dos artigos e colunas, de inteira responsabilidade de seus autores.

Fonte: Secom-UFG

Categorias: colunistas Emac