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Universidade Federal de Goiás
Internet EDUCA

INTERNET EDUCA

Em 30/08/21 12:46. Atualizada em 14/09/21 16:49.

Quando a Ciberarte/Educação é cura em tempos de Coronavírus

Fernanda Cunha*

Verdade seja dita, a relevância da Arte, para aqueles que ainda trazem à tona a questão Para que Arte?, cuja questão por muitos equívocos acerca da importância da Arte na vida das pessoas, caem por terra em tempos de pandemia.

A pandemia amplia a percepção tangível à Arte, pela necessidade intrinsecamente humana. Agora de modo agudo e neste sentido, a Arte se evidencia à vida da humanidade: sobressai sua essencialidade à vida, à cura.

No tocante à essencialidade da Arte à vida, converso com o Professor José Minerini Neto, com formação em Artes Visuais e Desenho, mestrado em História da Arte e doutorado em Teoria e Ensino e Prática da Arte pela USP, autor de alguns livros sobre História da Arte - História do Ensino da Arte e autor de material didático com circulação nacional.

O professor José Minerini Neto vem nos provocar com demonstração de suas aulas SHOW.

Sim, Aulas SHOW pela Internet, em tempos de pandemia.

Neto, generoso, como há de ser a educação, o educador lança-se à demonstração empírica de suas aulas Show. Incrível. Está registrado neste vídeo, que faço convite para que você leitora e leitor, para que traga sua própria percepção crítica.

Leve, sem pirotecnia, ali em cenário intimista – a Casa do Professor, cuidadosamente elaborada para acontecimento educativo, o professor Neto me recebe. Este é o palco: cenário flutuante para contexto de aula. Singularidade.

Neto, como tod@s, também é pego de surpresa com a pandemia, assim se [re]inventa, fazendo com maestria com o que tem à mão: seu estilo arte/educativo de ser, promove leveza no que constrói.

Como me senti bem com a demonstração da Aula Show do Professor Neto! Momento especial: ambiência leve e profunda toma a cena. A Aula: momento Show acontece! 

Esta conversa com o Professor José Minerini Neto aconteceu em 2020, no período inicial quando a pandemia assola o Brasil. Naquele momento educadoras e educadores em busca de caminhos para este enfrentamento.

Tensão, incertezas para as aulas online: Quais caminhos? Seria a transferência das estratégias do presencial em sala de aula, para as aulas síncronas e assíncronas pela internet?

[Re]Criar? Sob qual alicerce formativo dos professores e professoras?

O que daria certo? O que seria [im]possível? Quantas dúvidas pairavam no universo especulativo deste instante investigativo instaurado, quando a pandemia abruptamente paralisa as aulas presenciais....

 O cenário se recobria, por vezes, a tecnofobia pedagógica presente neste cenário.

Simultaneamente, enfrentamento quase que heroico toma o cenário da dos educadores brasileiros para as aulas não pararem, mesmo com tantos educadores e educadoras sem esta formação específica, mesmo com muitos alunos e alunas sem recursos essenciais como computadores, tablets, internet...

Exatamente neste cenário, que converso com o professor José Minerini Neto com olhar otimista e incentivador, fundamentado pela História da Humanidade, já acena para tempos pós-pandemia. E enaltece o papel da Arte, veja em suas palavras: "Pensar a vida pelo o que ela tem de melhor e você pode ter certeza, que no meio deste melhor, está a Arte".

O professor José Minerini Neto expressa com clareza o que ele entende com este momento, e acrescenta sobre a Arte em tempos de coronavírus: "momento de Beleza, de alegria e felicidade - de se curar - que é papel da Arte”.

Beleza, leveza essencial, sobretudo para tempos sombrios, em que angústias que nossos alunos e alunas trazem consigo, muitas vezes passíveis de [re]significações, são acolhidas em momentos de aula, em tempos de pandemia.

Pela Arte e seu ensino pode também haver acolhimento, aquecimento humano em seus vieses expressivos [re]simbolizantes.

Eis a relevância de se trazer à baila aspectos epistemológicos da Arte de tornar o humano, mais humano...

Há quem ainda questione Para que Arte?

Quem nunca foi reconfortado, reconfortada, acolhida, acolhido por entre processos de se [re]pensar valores essenciais à vida por uma música, por uma imagem, por um filme, por uma dança, por uma cena, por uma performance, por um ambiente, por um malabar, por um folião e por tantas outras linguagens artísticas, sejam estas no palco da escola, no palco da vida? Quem nunca experienciou tal situação que lance a primeira pedra.

Ninguém nasce sabendo Arte. Arte se aprende pela educação. Há que se ter Professora, Professor de Arte para ensinar Arte.

Neste sentido, a Arte, pelos seus aspectos epistemológicos, deve estar presente e ser obrigatória, como tantas outras disciplinas, nos currículos escolares, da educação infantil ao ensino superior, para enaltecer o que há de mais humano no ser humano, além de possibilitar uma educação libertariamente crítico-autônoma.

Confira este conteúdo na íntegra, em vídeo:

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*Fernanda Cunha é professora da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac) da UFG.

Fonte: Secom-UFG

Categorias: colunistas Internet Educa Emac