Icone Instagram
Icone Linkedin
Icone YouTube
Universidade Federal de Goiás
acolhida musicoterapia

Estudo da musicoterapia sobre povos originários é tema de evento

Em 20/10/21 09:09. Atualizada em 20/10/21 12:27.

Relação entre o musicoterapeuta e as diferentes culturas musicais de povos originários norteou o debate 

Willian Oliveira

Realizado pela Escola de Música e Arte Cênicas (Emac) da Universidade Federal de Goiás (UFG), o projeto Acolhida da Musicoterapia contou com mais uma edição, que ocorreu na última segunda-feira (18). O encontro, que teve a mediação da professora Fabricia Santos Santana e abordou a musicoterapia em sua relação com povos originários. O debate foi realizado pelos convidados, o professor da Universidade Federal da Bahia, Leonardo Cunha, e a musicoterapeuta da Argentina, Maria Clara Olmedo.

acolhida musicoterapia

O debate inicial ficou com o professor Leonardo. Na sua exposição, ele trouxe para a live o tema que foi objeto de estudo do seu mestrado, que é o estudo, a partir da etnomusicologia, da Toré, uma religião ameríndia, em diferentes grupos originários. De acordo com o professor, a Toré é um tipo de manifestação, que além de buscar a origem de diferentes povos, atua também como ciência.

Ainda na sua exposição, o professor descreve a origem da Toré, que surge, além de uma demonstração cultural, também como uma forma de resguardar e manter as tradições religiosas. Por fim, Leonardo coloca em questão o papel do acadêmico nas comunidades indígenas brasileiras, que segundo ele pode ser realizado de diversas maneiras, sobretudo porque a etnomusicologia e a musicoterapia se encontram, podendo assim haver a troca de conhecimentos.

A segunda parte do encontro virtual contou com a participação da musicoterapeuta da Argentina, Maria Clara Olmedo. Maria trouxe para a discussão seus estudos sobre a aproximação de práticas indígenas e práticas da musicoterapia, que se relacionam, em povos originários na Argentina. Segundo ela, ainda existe o pensamento que os argentinos são apenas descendentes de europeus, por isso, não existem muitos estudos sobre povos originários e em decorrência disso ela traçou na sua linha de estudo um caminho mais independente.

Clara Olmedo colocou em exposição experiências originárias estudadas por ela. A principal é  do povo “Qomi Qompi”, que busca uma melhor condição de vida em Buenos Aires. Por meio da relação com a musicoterapia o povo Qompi idealizou e produziu músicas e clipes, que de certa maneira juntam as duas experiências. Por fim Clara descreveu o papel do musicoterapeuta como o de alguém que acompanha a busca pela ancestralidade e origem.

A terceira parte do webinário girou em torno das questões colocadas pelos ouvintes da live. Os convidados receberam e responderam questionamentos acerca do papel do musicoterapeuta, principalmente em relação a esse tipo de trabalho que busca adentrar uma realidade muitas vezes tão diferente. Segundo os convidados é muito importante entender as diferenças de realidade e respeitar a origem dos povos.  

Fonte: Secom-UFG

Categorias: Saúde Emac