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Universidade Federal de Goiás
Evento ações afirmativas

Ações afirmativas são discutidas na UFG

Em 04/11/21 14:32. Atualizada em 04/11/21 14:33.

Primeira edição do Colóquio discute os impactos das experiências nacionais na consolidação da Política das Ações Afirmativas

Nicolly Nathália

Nesta quarta-feira (3/11) teve início a 1ª edição do Colóquio de Ações Afirmativas que segue até hoje (4/11), com a temática Desafios da Política de Ações Afirmativas no enfrentamento da permanência no ensino superior. O evento contou com a mesa de abertura onde estiveram presentes a vice-reitora da UFG, Sandramara Matias Chaves, o pró-reitor adjunto de Graduação, professor Israel Elias Trindade, a pró-reitora de Extensão e Cultura, Lucilene Maria Sousa, a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Maisa Silva, a diretora da Faculdade de Nutrição, Ana Tereza Vaz de Sousa, e a coordenadora do evento, Ida Helena Carvalho.

Evento ações afirmativas

A coordenadora Ida Helena Carvalho destacou o objetivo do evento, que é discutir  os impactos das experiências nacionais na consolidação da Política das Ações Afirmativas na perspectiva da permanência no ensino superior, e a construção em conjunto com a comunidade universitária de ações que possam ser desenvolvidas pela gestão dos cursos da UFG no sentido de acompanhar os estudantes ingressos. Ela afirmou que o evento é fruto de um objeto maior que teve início em 2014 e que diz respeito a todo o cuidado que o curso de Nutrição sempre teve com os alunos das ações afirmativas, e o projeto foi criado para acompanhar sistematicamente alunos do início ao final do curso.

“Esse trabalho é importantíssimo para a Fanut e para a UFG, norteando as nossas discussões e auxiliando nas alterações no nosso projeto pedagógico, e tem trazido resultados muito bons", afirmou Ana Tereza Vaz. A pró-reitora Lucilene Maria falou sobre o compromisso social da unidade acadêmica e da importância de mostrar os resultados e mostrar para a instituição como formar uma grande rede de apoio a políticas de ações afirmativas. 

Evento ações afirmativas

A vice-reitora Sandramara Matias discorreu sobre os desafios da permanência dos estudantes nos seus cursos, mas afirmou acreditar que essa formação tem o potencial de fazer a diferença na vida de muitas pessoas, contribuindo para uma sociedade mais democrática, mais justa e com menos desigualdades sociais. 

Na sequência, a mesa redonda de abertura contou com a moderação da professora Marlini Dorneles Lima  (CAAF/UFG), e com as considerações dos convidados, o professor João Feres Júnior (UERJ/GEEMA) e a professora Cláudia Cristina Ferreira Carvalho (UFGD). Claudia não exitou em iniciar sua fala dizendo que o tema ainda caminha para a própria superação, disse ser um marco constitucional muito significativo e que isso acaba abraçando outros grupos historicamente vulnerabilizados. 

Ela continuou afirmando que as ações afirmativas acabam apresentando mudanças nacionalmente, visando justamente a superação da falta de neutralidade estatal. Segundo Cláudia, a política tenta corrigir os processos discriminatórios. Ela discorreu também sobre o significado das ações afirmativas. Conforme destacou, são políticas sociais de combate às discriminações étnicas, raciais, religiosas, de gênero, que visam promover a participação de minorias no processo político, no acesso à educação, saúde, emprego, bens materiais, etc. Ela também disse sobre a importância do papel da faculdade na educação em mudança de histórias. 

Evento ações afirmativas

João Feres Júnior apresentou o Gemaa, corpo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa, que é um núcleo de pesquisa, criado em 2008. O Gemaa tem o intuito de produzir estudos sobre ação afirmativa a partir de uma variedade de abordagens metodológicas. Ampliando sua área de atuação, ele desenvolve investigações sobre representações de raça e gênero na política, em diversas instituições e mídias. 

João relembrou o surgimento das cotas nas universidades de todo o Brasil e como tinham pessoas que eram contras as contas raciais, entre sua maioria pessoas brancas. Foi um movimento da reação da direita e da classe conservadora, segundo ele, que contou com historiadores e antropólogos que se diziam especialistas em relações raciais, e os argumentos eram que os cotistas não conseguiriam se manter, as notas seriam muito abaixo das demais. E, hoje, como observou João Feres, há as políticas de cotas que estão funcionando.

*Nicolly Nathália é estagiária de Jornalismo sob supervisão de Carolina Melo e orientação de Silvana Coleta

Fonte: Secom UFG

Categorias: Humanidades Prograd