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Universidade Federal de Goiás
Internet EDUCA

INTERNET EDUCA

Em 21/12/21 10:11. Atualizada em 27/12/21 16:27.

Quando o ensino híbrido é inclusivo

Fernanda Cunha*

A pandemia tem colocado a educação em cenário de maior atenção a cada tempo destes momentos que atravessamos, por entre esperanças, desafios, reinvenção.

Sim, reinvenção, porque fato é que processos educativos e neste contexto, as ações pedagógicas vêm se amalgamando pela realidade do contexto.

Contexto é palavra essencial para se analisar os processos educativos, metodológicos, vez que na maioria das vezes, o que se ascende como inovação – não que não seja, se trata de reinvenção a partir de processos já existentes.

Neste sentido seria ou não [re]invenção?

Obviamente esta questão pode nos levar a linhas e mais linhas para tal resposta.

Sinceramente, compreendo que a grande valia para depurar olhar cuidadoso acerca de processos já existentes, que podem estar ou não sendo [re]inventados, é o fator que emana no tocante ao enfrentamento docente à esta realidade das aulas híbridas e neste viés, levar em conta a auto estima docente.

Analise comigo, a pressão que se assevera, quando se apresenta impressão de que algo é novo, desconhecido, e que deste universo se impera enfrentamento: no caso em questão, aulas híbridas.

Levanta-se a nuvem da tecnofobia pedagógica bem como a instabilidade da comunidade em relação a formação daquela professora, daquele professor para o momento.

Magnitude fala da professora Ana Mae Barbosa, que há certo tempo impera como procedimento em minhas ações na vida, quando Ana Mae menciona: “Olho para trás para compreender o agora”.

Este olhar de águia, advindo da relevância à atenção à história circunscreve a bússola, que possibilita lanterna quando a escuridão parece chegar.

Veja, o quão seria ingrato para a vida, se se fosse da história apagado o advento da roda e assim, a cada momento, sempre estaria a humanidade [re]inventando a roda... Estaria uma Ferrari sobre rodas de pedra ou madeira?

Assim, o ensino híbrido, modalidade esta já por tantas vezes utilizada por professoras e professores, que na linha de frente, cotidianamente, no enfrentamento das mais diversas singularidades, vem utilizando com alunas e alunos ao longo dos tempos, antes da pandemia, com ou sem internet para processos essencialmente inclusivos.

Rápido exercício de memória pode exemplificar várias maneiras diferentes, que professores e professoras fizeram/fazem uso da modalidade híbrida, mas passam despercebidas aos olhos de muitos, vez que o cotidiano da vida docente nem sempre está em evidência, como nos dias de hoje.

Mas, antes, vamos aqui lembrar o que é o ensino híbrido ou como também é chamado em português de ensino combinado. Como o próprio nome já anuncia, trata-se de modalidades/processos de ensino combinados.

Sim, combinações, que vêm a atender a necessidade de uma determinada demanda, podendo ser utilizado como recurso pedagógico para uma situação em particular.

Quantas vezes alunas, alunos que adoecem, ou situações de outra natureza, inviabilizam a locomoção destes estudantes para a sala de aula.

Assim, nós professoras e professores, utilizamos o ensino híbrido e com êxito estes estudantes acompanham as aulas. A qualquer tempo, qual professora, professor não tem um relato desta natureza, com ou sem internet?

É essencial desmistificar, sobretudo em tempos que atravessamos, onde a percepção latente muitas vezes vem à tona, podendo gerar importante instabilidade sobre os processos educativos ante a educadora, ao educador, podendo ainda, o que penso ser ainda mais grave, o surgimento de verticalizações, que possam ditar sobre como a professora, como o professor deve proceder com seus alunos.

A singularidade da pandemia não exclui a singularidade de situações, que circunscrevem historicamente o cotidiano das ações pedagógicas que se impõe a cada momento.

A linha de frente, ali ao vivo, é o enfrentamento que cabe à professora, ao professor junto de seus alunos e alunas bem como a natureza dos conhecimentos a serem ensinados a estes.

Na cátedra está a epistemologia de se edificar conhecimento para a formação de pessoas.

A experiência que se impera ao longo dos anos, não elimina as surpresas do aqui e agora. Assim, à cátedra cabe tal cabedal para os melhores rumos a cada momento.

O que quero dizer é que a experiência, em seus processos históricos, não exclui a inventividade pedagógica, essencial à particularidade de cada tempo, turma e/ou aluna e aluno, vez que se se imperar a educação massificada, verticalizada, surda ao docente, não estaremos mais aqui tratando da educação plena, em prol da formação ontológica do ser.

Por isto, autoridades do bem, dirigentes educacionais, enverguem audição horizontal às professoras e aos professores da educação infantil ao ensino superior. Evitemos processos impositivos, que podem ser falhos às necessidades em salas de aula, vez que o olhar está na qualidade da formação de nossos alunos e alunas.

As professoras e professores, sapiência por excelência, não introjetar a moda da educação, mas a melhor maneira de ensinar pela edificação de suas aulas autorais, em cada um dos tempos e como não deveria deixar de ser, em tempos de pandemia, que se impera que evitemos aglomerações. A sala de aula é ambiente preocupante, que merece atenção nestes tempos.

Pelas suas estratégias aulas online bem como nas aulas presencias com vistas à utilização de aulas híbridas, há como diminuir o impacto do quantitativo excedente de alunas e alunos em tempos de pandemia, e mesmo antes ou depois da pandemia, no presencial em sala de aula como nas aulas pela internet, em prol de alunos mais dispostos e professoras, professores mais saudáveis.

Estratégias aulas online, como sempre me refiro, é a palavra-chave.

Neste âmbito, convido você para assistir o vídeo intitulado Quando o ensino híbrido é inclusivo. Acesse o link abaixo e confira o conteúdo do vídeo:

Visite o meu canal do Youtube, acessando o link https://www.youtube.com/c/FernandaCunhaCiberArtEduca e confira a coletânea de vídeos disponíveis que venho realizando com dicas, reflexões, tutoriais, entrevistas, que possam auxiliar profissionais do ensino e alunos.

Acesse também o site https://portalinterneteduca.com/

Neste site há diversos formatos de conteúdo: artigos, ebooks, posts, encontros online, etc., buscando contribuir com professoras, professores, alunas e alunos, pessoas interessadas na área da Arte, Cultura e Educação.

*Fernanda Cunha é professora da Escola de Música e Artes Cênicas (EMAC) da UFG.

Fonte: Secom UFG

Categorias: colunistas Internet Educa Emac