INTERNET EDUCA
Seus alun@s não querem ler e só ficam na Internet? Passo a passo do Mapa Mental FreeMind
Fernanda Cunha*
Como tem sido corriqueiro e cada vez mais acentuado professoras e professores enfrentando o desafio de alunas e alunos que não querem ler e só ficam na internet, não é mesmo?
Esta situação em pauta mantém a temática sobre como buscar promover o interesse de noss@s alun@s para leituras, mas será que de fato pouco leem?
Ainda, quando menina, o que já se faz quase meio século, ouvia por vezes que as novas gerações eram muito diferentes das atuais. Hoje menina não mais sou e ainda ouço a diferença entre gerações, o que entendo como muito saudável, caso contrário as regras sempre se imporiam às inovações e quão seria a estagnação cultural.
Em sala de aula e como pesquisadora, venho observando se seria mito que alun@s não se interessam à leitura? Por quais parâmetros percorrem a percepção educativa para o invólucro conclusivo deste fato? Sob quais paradigmas se pode vislumbrar tal afirmação?
Questões neste entorno tem sido palco em meus estudos sob o prisma da cultura digital juvenil nas últimas quase 3 décadas.
Dentre vários fatores, o que mais me salta aos olhos, é quando me coloco no lugar de alunas e alunos que, em sua grande maioria, lhes faltam a escuta ao que eles performatizam no cotidiano, que talvez muito vigiados, mas pouco assistidos. Me salta aos olhos o lugar da invisibilidade ainda tão presente, enquanto autores como Alain Badiou sob a pena de Dennis Aktison - no tocante a pedagogia do acontecimento, há a atenção especial a processos educativos em prol da educação ontológica do ser.
Em meu artigo intitulado CorAgem Sob o prisma de Aquilo-que-ainda-não-é trago estudo sobre a pedagogia do acontecimento que pode “precipitar um processo ontológico relacional”, como enaltece Dennis Aktinson, professor emérito da Universidade Goldsmiths de Londres, do Departamento de Estudos Educacionais e do Centro de Artes e Aprendizagem. Sob o conceito That-which-is-not-yet (aquilo-que-ainda-não-é), extraído do livro sobre ética de Badiou (2001), Aktinson (2014, p. 6) teoriza o espaço pedagógico em dois níveis: em seu potencial múltiplo e sobre a ideia de invisibilidade.
Howard Gardner, em seu livro Inteligências múltiplas: a teoria na prática (2000), traz atenção sobre questão que entendo ser essencial ao magistério no tocante em como promover instrumentos avaliativos que sejam justos à inteligência de nossos alunos e alunas.
Ao refletir em questões desta natureza, vem à baila buscar compreender sob qual lugar apreende a atuação da percepção pedagógica crítica em prol do desenvolvimento da cognição - da mente digital crítica, autogovernativa de nossos alun@s.
Quão é sabido as rotas peculiares de natureza intrínsecas da cibercultura que, por falta de orientação, entendimento crítico, estas rotas podem levar à rumos obscuros que, e em tempos de pandemia, dada a imersão mais aguda da sociedade pelo universo em rede, esta realidade se estampa de modo ainda mais latente.
Eis que se emerge de modo virtual a necessidade urgente da capacidade plena de se ler/interpretar o cibermundo, cuja qualidade estética desta capacidade de leituramundo está essencialmente vinculada na experiência promovida pela educação.
Paulo Freire em seu livro Educação como prática para liberdade (2005) bem como no livro A importância do ato de ler: em três artigos que se completam (2003) enaltece que somente a educação desenvolve a consciência crítica e por isto plena, autogovernativa. Consciência esta que instrumentaliza nossos jovens a não aplaudir receitas que os intoxicam, quando sugados pela indústria cibercultural massiva, vertical.
Então, como preparar nossos alunos e alunas para o universo que estão inseridos se estes jovens não quererem ler? Qual de nós educadoras e educadores estamos isentos deste desafio na contemporaneidade?
Se você professora, professor, assim como eu, enfrenta este desafio, faço convite para acessar o conteúdo do vídeo abaixo, em que apresento análise reflexiva com estratégias e passo a passo do FreeMind que pode colaborar:
Visite o meu canal do Youtube, acessando o link https://www.youtube.com/c/FernandaCunhaCiberArtEduca e confira a coletânea de vídeos disponíveis que venho realizando com dicas, reflexões, tutoriais, entrevistas, que possam auxiliar profissionais do ensino e alunos.
Acesse também o site https://portalinterneteduca.com/
Neste site há diversos formatos de conteúdo: artigos, ebooks, posts, encontros online, etc., buscando contribuir com professoras, professores, alunas e alunos, pessoas interessadas na área da Arte, Cultura e Educação.
*Fernanda Cunha é professora da Escola de Música e Artes Cênicas (EMAC) da UFG.
Fonte: Secom UFG
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