INTERNET EDUCA
Professor@, iniciando sua carreira docente?
Impressionante como a primeira experiência na vida das pessoas, seja de qual for a natureza, concede espaço muitas vezes marcante na memória, não é mesmo?
Ainda me lembro da primeira vez quando entrei em sala de aula para lecionar minha primeira aula. Claro que para ali estar, culmina pela busca incansável de se estar bem preparada.
Hoje, como professora, arte/educadora, que leciono há décadas para alunos e alunas, atuando mais intensamente na formação de professoras e professores, se faz rotina a recordação do sentimento daquela incansável busca de se estar bem preparada para ministrar minha primeira aula, por me colocar no lugar dos meus alunos – futuros professores.
Como um filme, recordações, borbulham a mente quando estou ali de fronte com os olhos brilhantes, cintilantes de juventude de meus querid@s alun@s. Há neles a esperança. A esperança que deve perpassar de modo crítico e altruísta a jordana que ali diante de mim, vejo em suas escolhas: a vida docente.
Impetuosos, ousados e por isto criativos, como diria Paulo Freire – com curiosidade indócil, se lançam diante de meus olhos que os ensinam. Esta imagem que vivo, cotidianamente, me faz todos os dias [re]lembrar o motivo que escolho todos os dias ser professora. É incrível. É singular. É combustível de vida. É energia para existência.
Entretanto, a poesia se adensa em múltiplos sentimentos – para mim, para meus alunos - para nós, quando proporciono que experienciarem a prática docente por meio de intervenções arte/educativas, as quais serão por estes alunos elaboradas e desenvolvidas sob minha orientação.
Não se trata da disciplina de estágio. Trata-se de experienciar a teoria na prática sobre aspectos epistemológicos da Arte/Educação.
Meus alunos, da graduação ou da pós-graduação, são convidados a imergir no universo docente por ações que performatizam intervenções arte/educativas, cuja proposição estes alunos acadêmicos elaboram e realizam. São sujeitos do processo.
Cobertos pelo sentimento de responsabilidade, para promoverem intervenções no âmbito educativo por meio da arte sobre questões que perpassam a vida das pessoas, tomam-lhe o receio cuidadoso.
O receio pelo invólucro do cuidado, da promoção de se buscar possibilitar experiências [re]significativas, que a si e aos outros – ao nós, tem sabor peculiar do magistério, como aquele que um dia senti e devo confessar que este sentimento [re]significo, [re]interpretado, [re]vivo a cada momento que estou envolvida com meus alunos e alunas num processo educativo.
Compreender é verbo com peculiaridade de tempo, tendo num mesmo objeto, por vezes sabor, cor, cheiro, som em diferentes nuances.
Alçar pelo receio cuidadoso, posso arriscar com mais precisão, que este pode vir no tom de frisson, de ignição para sempre se [re]visitar o tempero, que muda, que madura, que curte, que é combustível para o processo de [re]criação.
Assim como eu, tantos e tantas professoras e professores, que formam seus alunos e alunas para a vida docente, há aquele momento que se trata da caminhada que se fará a partir de um tempo em diante sem as mãos diretas daqueles que nos formam, ainda que o levemos sempre conosco. E como o levamos! A tão chegada hora de adentrar em sala de aula e estar ali diante de seus próprios alunos e alunas. Assim, a roda, roda, com engrenagem de vida. Vida pulsante.
Entretanto, quantas vezes se deseja desde os anos iniciais da carreira docente bem como ao longo da jornada pedagógica, buscar trocar ideias em uma conversa, ler o plano de ensino, quiçá para um colega, analisar outras possibilidades, mas a professora, o professor, acaba por não beber dessa oportunidade, quando o momento não é oportunizado. O silêncio se faz a voz de tomadas de decisão em universos solitários.
Agora, imagine tal situação, para professores e professoras que estão iniciando sua carreira docente em tempos de pandemia, em tempos de educação pela internet, de ensino híbrido, sendo que a maioria dos cursos de graduação em licenciatura não possibilitam imersão para este tipo de formação. Então, o que fazer?
Será que silêncio enquanto voz nas tomadas de decisão, em universos solitários, seria o ambiente mais confortável?
Pela minha natureza formativa em universo partilhado, que tem como ceio o diálogo como centelha vivaz nos/para os processos de produção enquanto desenvolvimento crítico, por isso consciente e autogovernativo, venho convidar você leitora e leitor a participar neste mês de fevereiro da Mentoria Individual Estratégias Aulas Online, que estou promovendo em formato 100% online, 100% Gratuito e com certificado. Assista ao vídeo abaixo e confira mais detalhes:
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*Fernanda Cunha é professora da Escola de Música e Artes Cênicas (EMAC) da UFG.
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