Luana Cardoso*

As diferentes perspectivas de ecossistemas de empreendedorismo e inovação no mercado foram temas abordados por um dos maiores especialistas na área, que palestrou na 17ª edição da Hora LAPEI. O professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Bruno Fischer, falou sobre Ecossistemas de Inovação conforme sua pesquisa, orientada à temática de ecossistemas e sistemas regionais de empreendedorismo e inovação. O evento, organizado pelo Laboratório de Pesquisa em Empreendedorismo e Inovação (LAPEI), da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas (Face/UFG) pode ser assistido no canal oficial do LAPEI-UFG no Youtube. 

Bruno Fischer apresentou uma visão sobre configurações de ecossistemas de inovação e empreendedorismo sob uma ótica de que o sistema pode ser moldado conforme diferentes observações. “O ecossistema é uma construção mental das pessoas, ele não existe em sentido objetivo. As pessoas vão ter diferentes narrativas do que cada ecossistema é”, apresentou o professor. 

Em sua fala, o pesquisador explicou a ideia que o levou a desenvolver teorias e novas observações sobre o tema, pautado na pesquisa de outros dois renomados pesquisadores da área, modelos de Isenberg e Stam.“O modelo de Isenberg coloca todo mundo mais ou menos dentro do mesmo balaio e o Stam organiza, nesse sistema, que é muito interessante, de quase um sistema hierárquico, em que ele coloca as coisas nas condições de fundo e as condições sistêmicas dos ecossistemas”, definiu Bruno.

Fischer lembra que a ideia surgiu em um evento que participou em 2016, o Congresso da Associação Brasileira de Economia Industrial. Na ocasião, ele assistiu uma apresentação sobre sistemas nacionais de inovação que explorava a questão de configurações de sistemas nacionais de inovação. “Eu pensei, ‘e se a gente transpuser isso aqui para o mundo dos ecossistemas de empreendedorismo, como seria? Se pensar que talvez os sistemas de inovação de empreendedorismo dentro de uma perspectiva local, se a gente tentar entender como eles se configuram?’'', lembrou o especialista. 

A partir daí, Bruno desenvolveu uma metodologia própria.”Partimos da hipótese de que os ecossistemas de empreendedorismo de inovação têm diferentes configurações. E que essas dimensões não necessariamente representam a realidade de todos os ecossistemas”, afirmou. 

Ao falar sobre os artigos desenvolvidos e publicados por sua equipe em revistas renomadas da área, o especialista reiterou quais foram os objetivos dos estudos. “A nossa preocupação é tentar entender por que, ou quais são os vetores que fazem com que seja diferente para diferentes ecossistemas”, disse Fischer.

*Estagiária de Jornalismo supervisionada por Kharen Stecca e orientada por Silvana Coleta