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Universidade Federal de Goiás
Geovanna

Professora da UnB expõe transformações sociais durante da pandemia de covid-19

Em 12/08/22 17:08. Atualizada em 12/08/22 17:10.

Palestra deu destaque para a atuação dos movimentos sociais em defesa às vítimas da doença

Geovanna Pires

Na manhã desta sexta-feira, durante o último dia do 6° Simpósio Internacional da Faculdade de Ciências Sociais (FCS/UFG), foi realizada a quarta mesa-redonda do evento, cujo tema era "Democracia, ativismo e transformação social”. O debate  contou com a apresentação da professora Rebecca Abers, da Universidade de Brasília, foi mediado pela professora da FCS, Jaqueline Oliveira e transmitido no canal do Youtube da FCS. 

A palestra deu destaque a uma pesquisa que Rebecca realizou e que discute como desde o início da pandemia os movimento sociais interagem com o estado, intitulada “Da negação à verdade e memória: o movimento brasileiro de defesa dos direitos das vítimas de covid-19”. A professora explica que esse é um problema novo e que surgiu dentro do contexto pandêmico. “Toda nossa discussão está envolta dos direitos das vítimas e destaca a importância sobre como o negacionismo durante a pandemia acabou produzindo uma força contra a qual era necessário se organizar”, explica a professora.

No ano de 2020, conforme relata Rebecca, a maioria das ações eram de ordem emergencial, ou seja, pensando em como proteger as pessoas naquele momento mais crítico da pandemia. Ela explica que a maioria das organizações em defesa das vítimas de covid-19 e seus familiares só foram surgir a partir de 2021 e que atualmente há uma discussão de temas como reparações jurídicas a quem não recebeu tratamento adequado, políticas públicas que a população atingida pela pandemia precisa e outros exemplos.

Rebecca Abers destacou como foram as ações dos grupos de movimentos sociais durante a pandemia e a relação deles com políticas públicas. “A gente vê que esses grupos fizeram e estão fazendo diferentes coisas, mas é importante enfatizar que, ao mesmo tempo em que eles estão realizando trabalhos comunitários, esses atores estão muito envolvidos na interação com o sistema político”, informa.

Conforme explica a professora, durante a sua pesquisa foi possível perceber que cada movimento social se associa com uma determinada rede, ou seja, como se dá a relação entre os atores e as ideias que eles estão propondo. “O pessoal que vem do campo da saúde mental, da criança e dos adolescentes, dos partidos do próprio Estado, estavam mais envolvidos na construção de políticas públicas e no avanço dessas propostas dentro do sistema político brasileiro”, exemplifica Rebecca.

A discussão se encerrou com as considerações da professora Jaqueline Oliveira diante de tudo que foi falado por Rebecca. “Essa crise estimulada pela pandemia ensejou mobilizações e pensar sobre isso é muito interessante, sobretudo, quando você coloca que diferente atores se mobilizaram, se encontraram e se alinharam em um único movimento”, finaliza Jaqueline.

Geovanna

Geovanna Pires é estagiária de Jornalismo sob supervisão de Kharen Stecca e orientação de Silvana Coleta

 

Fonte: Secom UFG

Categorias: Humanidades FCS