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Universidade Federal de Goiás
tornozelo

HC UFG/Ebserh apresenta técnica inovadora para reparo de lesões no tendão de Aquiles

Em 17/08/22 15:01. Atualizada em 17/08/22 15:02.

Artigo foi publicado na revista Journal of the Foot and Ankle em 2020 pela Equipe de Pé e Tornozelo do HC-UFG/Ebserh

A equipe de Pé e Tornozelo, da Unidade de Traumato-Ortopedia do Hospital das Clínicas da UFG/Ebserh, sob a chefia do ortopedista Jefferson Soares Martins, apresentou, no 16º Congresso Goiano de Ortopedia e Traumatologia, o artigo intitulado “Reparo minimamente invasivo da lesão aguda do tendão de Aquiles: descrição da técnica e avaliação dos resultados”. O evento foi realizado nos dias 5 e 6 de agosto, pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), e reuniu especialistas da área para a apresentação e discussão de estudos e técnicas inovadores na especialidade de Ortopedia e Traumatologia.

O artigo, originalmente publicado em 2020 na revista Journal of the Foot and Ankle, descreve uma técnica cirúrgica minimamente invasiva para reparo agudo de lesões do tendão de Aquiles e avalia os resultados. O trabalho foi apresentado como tema livre e ganhou o prêmio desta categoria.

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A lesão no tendão de Aquiles é uma das mais comuns envolvendo tendões. Esse tipo de lesão é muito usual devido ao envelhecimento natural e também devido à prática de atividades físicas como futebol, handebol e tênis. A equipe de Traumato-Ortopedia do HC-UFG realizou tratamento cirúrgico em nove participantes, com idade superior a 18 anos, com lesões primárias do tendão de Aquiles (traumática ou não traumática) ocorridas até 21 dias no momento da cirurgia. Os participantes foram operados pela técnica de reparo minimamente invasivo entre os meses de julho e outubro de 2018.

A técnica cirúrgica utilizada pela equipe do HC-UFG/Ebserh é uma variação de um procedimento já estabelecido que utiliza materiais específicos e caros. O serviço do hospital desenvolveu um protocolo com a aplicação de instrumentos cirúrgicos básicos, já existentes na unidade, que poderiam ser reesterilizados para o tratamento de pacientes com tal perfil de lesão.

Todos os pacientes que se submeteram ao protocolo tiveram seu procedimento cirúrgico anotado em seus prontuários, juntamente com sua avaliação pré-operatória, pós-operatória e de acompanhamento ambulatorial, com protocolo específico de reabilitação.

Após duas semanas, os pacientes foram reavaliados para detectar a presença de possíveis complicações precoces e avaliar sua adesão ao protocolo de reabilitação. No segundo retorno, após quatro semanas da cirurgia, o gesso e os pontos cirúrgicos foram retirados e os pacientes passaram a utilizar uma bota de andarilho longa que permite que eles andem com o pé na posição correta. Após quatro semanas, os pacientes passaram por outra avaliação e iniciaram sessões de fisioterapia sob a supervisão de um profissional qualificado.

No final do primeiro ano, após a cirurgia, foi aplicado um questionário para avaliar os resultados do tratamento nos pacientes. Foram coletadas informações sobre o tempo de retomada das atividades de vida diária, complicações precoces e tardias e também a adesão do paciente ao protocolo de reabilitação proposto.

A técnica cirúrgica apresentada no artigo representa uma boa opção de tratamento devido à utilização de materiais básicos, baratos e reesterilizáveis, que facilitam sua aplicabilidade por não representar um alto custo para o serviço e não interferir no resultado cirúrgico de alta qualidade.

Os resultados obtidos pela equipe de Traumato-Ortopedia do HC-UFG conferem um impacto positivo no seguimento pós-operatório de um ano e os pacientes apresentaram bons resultados relacionados à qualidade de vida ao final desse período.

Fonte: HC

Categorias: Saúde HC