Icone Instagram
Icone Linkedin
Icone YouTube
Universidade Federal de Goiás
Palestra epilepsia

Epilepsia com um olhar desmistificado é abordada em debate

Em 24/03/23 12:39. Atualizada em 24/03/23 12:40.

UFG em parceria com Associação Brasileira de Epilepsia debateu o assunto como uma das ações do Março Roxo

Ana Paula Ferreira

O debate sobre a Epilepsia foi realizado dia 15 de março com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da desmistificação da doença. A ação engloba uma das atividades do Março Roxo, em referência ao Purple Day, que é celebrado em 26 de março, também conhecido como o Dia Internacional de Conscientização sobre a Epilepsia.

A palestra teve como mediadora a professora Aline Pansani, professora do Instituto de Ciências Biológicas (ICB/UFG), embaixadora da Associação Brasileira de Epilepsia em Goiânia, e a idealizadora e coordenadora do Grupo Anti Mortalidade em Epilepsia (AME/ABE). Logo no início do debate, a professora Ana Cláudia Maranhão Sá, diretora de Acessibilidade da Secretaria de Inclusão (SIN) da Universidade Federal de Goiás, ressaltou a relevância do tema em debates para a acessibilidade e inclusão de pessoas que sofrem com essa condição neurológica, na Universidade. “Eu noto ainda que o desconhecimento e o preconceito são muito grandes em relação às pessoas com epilepsia”, afirmou.

O professor Diego Colugnati, vice-chefe do Departamento de Ciências Biológicas (ICB/UFG), trouxe dados sobre o percentual de pessoas com epilepsia no mundo. “É importante falar sobre a epilepsia porque é uma doença com uma alta prevalência. Estima-se que 1% da população mundial tem ou terá epilepsia em algum momento da vida”. Ele também explicou o modo como a crise epiléptica se dá dentro do cérebro dos indivíduos acometidos pela doença. Segundo ele, muito do preconceito e estigma que envolvem a doença existem devido às crises epilépticas, o que impacta diretamente a vida das pessoas acometidas com epilepsia, bem como a vida das pessoas que convivem com quem a tem. De acordo com Diego, nas populações de baixa renda a incidência de epilepsia pode ser pior. Os fatores que a causam podem ser diversos, indo desde trauma até deficiências sanitárias. A respeito da faixa etária que é mais atingida pela doença, o professor esclareceu que “acomete em maior prevalência no início e final da vida”. 

Conviver com epilepsia

O debate ainda contou com a presença da estudante de Biomedicina, Ana Luiza Camargo, que relatou como é conviver com a epilepsia. Ao lidar com a condição neurológica há dois anos, a estudante contou que a descobriu na graduação, quando estava em aula, e ressaltou que o convívio com a doença a ensina todos os dias. Ao longo do seu relato, Ana Luiza destacou a importância da comunicação e da informação para as pessoas que são de sua convivência. “Sempre avisar, sempre conversar. É uma abertura para que as pessoas possam saber lidar caso algo aconteça, não é um ponto para eles julgarem e sim apoiarem. Não é uma situação de exclusão”. 

Ao final do debate, o professor Diego Colugnati destacou a importância de sempre ouvir a opinião das pessoas que têm epilepsia a respeito de criação de ações que possam ajudar na desmistificação da doença. Ele mencionou a ideia da criação de uma Rede de Apoio para que pessoas que tenham epilepsia possam conversar entre si e trocar experiências. Em acordo com a fala do professor, a diretora Ana Cláudia Maranhão ressaltou a importância da criação dessa Rede de Apoio para que assim mais pessoas aprendam a lidar ao presenciar momentos de crises epilépticas, bem como para uma maior conscientização e consequente diminuição do preconceito. 

A mediadora Aline Pansani apresentou, como forma de reforçar a desmistificação da epilepsia para uma gama maior de pessoas, o Projeto “Epilepsia em Foco”, que tem o intuito de levar a educação continuada para as pessoas que convivem com quem tem a doença. Pansani destacou três ações de extensão que a UFG realizou em parceria com a Associação Brasileira de Epilepsia: a iluminação de roxo de alguns locais na capital goiana, como o Viaduto Latif Sebba, o prédio do Hospital das Clínicas da UFG, a Câmara Municipal e a Assembléia Legislativa; as ações de conscientização sobre a Epilepsia no HC/UFG em colaboração com a liga de NeuroCiência; e uma palestra, no dia 23 de março, sobre treinamentos de Primeiros Socorros na crise epiléptica, ministrada na Câmara Municipal com o intermédio da vereadora Ava Santiago.  

Fonte: Secom UFG

Categorias: Saúde