
Plantas do cerrado são utilizadas em customização de roupas
Estudo usa plantações típicas do bioma para tingir tecidos
Guilherme Martins (com informações da TV UFG)
Estudos da Universidade Federal de Goiás (UFG) vem promovendo um manejo sustentável ao usar plantas típicas do Cerrado para tingir roupas naturalmente. O método consiste em extrair da folha, casca ou raiz um pigmento que pode ser usado como uma tinta. O objetivo da pesquisa é encontrar plantas acessíveis que possam ser utilizadas no procedimento.
Em entrevista para o programa Mundo UFG, da TV UFG, o professor da Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFG), Breno Tenório, conta que o procedimento utilizado também promove a sustentabilidade. “Essa técnica não gera efluentes ruins, além de utilizar menos água e energia”. Segundo o professor, todos esses fatores se somam para ter o maior rendimento, para que seja um processo mais sustentável.
Além do tingimento de tecidos, ainda é possível criar estampas diretamente de folhas e flores através da técnica de estamparia botânica chamada de Ecoprint. A aluna Vitória Gomes, que participa de pesquisas sobre o tema, explicou o processo para a equipe da TV UFG: “O Ecoprint é feito colocando as flores sobre o tecido, enrolando-o e colocando-o em água quente”.
Vitória conta que teve a oportunidade de levar o método de tingimento natural para a maior temporada de moda do país. “Conseguir ter a oportunidade de tingir algumas peças para a São Paulo Fashion Week foi algo muito importante. Eu acredito que isso tem um impacto na moda, pois estamos falando muito sobre sustentabilidade e é importante mostrar a forma que podemos trabalhar com isso no mercado da moda”.
Fonte: Secom UFG
Categorias: Arte e Cultura FAV