Icone Instagram
Icone Linkedin
Icone YouTube
Universidade Federal de Goiás
corpo negro

Palestra debate livro “O negro visto por ele mesmo”

Em 20/06/23 10:22. Atualizada em 20/06/23 10:25.

Livro discute a temática da relação entre a corporeidade negra e o espaço

 

Gabriel Marques

Na tarde do dia 16 de junho, os estudantes do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Goiás participaram de uma aula especial na disciplina “Corpo e formas de Subjetivação em abordagens contemporâneas”, da professora Marcela Amaral. O professor Alex Ratts lecionou, como convidado, as questões do corpo, imagem e território segundo a intelectual e ativista negra Beatriz do Nascimento, embasado na obra recém publicada “O negro visto por ele mesmo: ensaios, entrevistas e prosa”, composto de produções de Beatriz.

Durante a aula, Ratts, centrado no livro, apresentou a persona de Beatriz e fez um apanhado de sua jornada e luta como mulher negra no espaço acadêmico e cultural brasileiro, trazendo tópicos como sua história na universidade, sua visão sobre como a história do povo negro é contada, e a relação entre a corporeidade negra e o espaço. Encerrado o momento de fala do professor, os estudantes puderam fazer perguntas e aprofundar seus conhecimentos sobre as obras de Beatriz e sua contribuição para a compreensão da subjetividade negra. 

livro
Palestra foi baseada na obra recém publicada “O negro visto por ele mesmo: ensaios, entrevistas e prosa” (Fotos: Evelyn Parreira)

O livro “O negro visto por ele mesmo: ensaios, entrevistas e prosa”, organizado por Alex Ratts é uma coletânea de textos críticos, entrevistas e a prosa poética de Beatriz Nascimento. Publicada pela editora Ubu, a obra traz reflexões através das quais Beatriz apresenta sua experiência íntima com a universidade e as representações midiáticas e historiográficas da pessoa e de corpos negros, na sociedade brasileira, que é racista, mas nega-se a reconhecer o próprio racismo.

A obra é ao mesmo tempo um testemunho sobre como é ser e se perceber negro nesse país e uma pergunta sobre como pode a pessoa negra existir em um ambiente que nega essa existência. É um exemplo de como a relevância do debate sobre corpo, imagem e território ganha ainda mais força quando abordada por pessoas que buscam a construção de uma cultura inclusiva e igualitária.

corpo negro
Obra traz reflexões através das quais Beatriz apresenta sua experiência íntima com a universidade e as representações midiáticas e historiográficas da pessoa e de corpos negros

 

Gabriel Marques é estagiário de Jornalismo da Universidade Federal de Goiás

Fonte: Secom UFG

Categorias: Notícias IESA