Ana Paula Ferreira 

O projeto de pesquisa e extensão  "Conhecendo o espaço geográfico que habito - município de Guapó", foi lançado no dia 27 de junho na Universidade Federal de Goiás. Coordenado pelo Instituto de Estudos Socioambientais (IESA/UFG), o evento teve uma mesa de abertura no auditório Maria Geralda de Almeida do IESA/UFG, que incluiu a participação dos coordenadores, apoiadores e financiadores como a Global Peace Foundation Brazil. Além da mesa, os participantes fizeram visitas guiadas à Faculdade de Artes Visuais (FAV), IESA e à exposição “Matizes da terra: o solo sob nossos pés” na Biblioteca Central da UFG.

As atividades programadas que compuseram o lançamento do projeto, agregaram no cumprimento de alguns dos objetivos traçados ao longo de sua elaboração. Como explica a professora do IESA, Andreliza de Jesus, a interação didático-pedagógica entre a UFG e a comunidade escolar da Escola  Estadual Valdivino Serafim, em virtude desta visita dos estudantes, junto à formação de conhecimento, primário, que será multiplicado a partir deles, corrobora para o cumprimento dos objetivos previstos.

O projeto prevê a criação de um  livro e visa a democratização do conhecimento geográfico. A iniciativa se mostra importante por possibilitar aos indivíduos a chance de se articularem na cobrança por seus direitos e assim reivindicar sua cidadania.  “Conhecer o espaço geográfico é muito importante, porque é nele que construímos nossa identidade”, afirma a professora. O piloto deste projeto tem como foco a cidade de Guapó, em Goiás, e a escola estadual Valdivino Serafim, devido à presença prévia, com outros projetos, de um dos financiadores do projeto, a Global Peace Foundation Brazil. 

O PROJETO

Comandado pelo IESA, a iniciativa tem caráter multidisciplinar. “O projeto envolve professores de várias áreas do conhecimento”, comenta a coordenadora Andrelisa de Jesus. “O Projeto agrega várias áreas do conhecimento, porque entendemos que a solução para as questões ambientais e educacionais têm que perpassar a multidisciplinaridade”, finaliza a pesquisadora. 

O projeto de pesquisa e extensão possui uma frente envolvendo os professores partícipes, tanto da UFG quanto do Instituto Federal Goiano - Câmpus Iporá. Nesta etapa, vários aspectos do município escolhido serão trabalhados. Dados censitários, questões demográficas, de mobilidade, de acesso a serviços e equipamentos urbanos além questões do meio físico como aspectos do relevo, do solo, do uso e ocupação e análise de impermeabilização do solo comporão uma discussão dentro do livro. 

Para a produção, como ressalta Andreliza, a comunidade escolar participará com opiniões na composição do livro que deve ser feita, serão levadas em consideração.  “Não queremos impor um conhecimento científico, queremos uma construção horizontalizada”, afirma a coordenadora.  Devido ao seu caráter multidisciplinar, os envolvidos no projeto, desde estudantes, estagiários, até professores, diversas áreas do conhecimento estão representadas São elas a biologia, geografia, geologia, Arquitetura, Ciências Ambientais, Engenharia Civil, Engenharia Ambiental e Artes Visuais.