
Conferência debate inovações no ensino de odontologia
Palestra discute alinhamento da carreira docente e formas de comunicação eficiente com alunos
Ana Paula Ferreira
A Conferência de Abertura, da 58ª edição da Associação Brasileira de Ensino em Odontologia (ABENO), intitulada Futurabilidade na carreira docente, contou com a palestra do professor da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Goiás (UFG), Carlos Estrela. Durante sua fala, o professor destaca a importância de compreender os benefícios e riscos que as inteligências artificiais trazem para auxiliar no ensino dos discentes.
“O futuro é agora”, com esta premissa, Estrela abriu a Conferência, desta quarta-feira, 2 de agosto, no auditório da Faculdade de Medicina. O professor de endodontia, faz alertas a respeito da importância da educação personalizada, e do pensamento não linear, já identificado nos alunos dessas gerações. “Preciso entender a linguagem do aluno, para me comunicar com ele, fazer ele aprender”, disse Carlos.
“Vamos ter que entender esse processo das IA’s, para que eu possa lidar nessa carreira do futuro. Vamos ter que entender essa nova linguagem”, afirma o conferencista a respeito dos usos de inteligência artificial, como o ChatGPT ou Bard, chatbot do Google. Carlos ainda aplicou a expressão, ambidestria, para mostrar aos presentes, que é preciso tanto inovar quanto executar ao passar o conhecimento aos estudantes.
Estrela mostrou, em doisexemplos, como a inteligência artificial pode ser usada para disseminar o conhecimento, ao fazer uma simulação com o bard de uma mesma frase em 10 idiomas distintos. “Nós vamos poder divulgar em diferentes idiomas o que estamos fazendo, produzindo” .
“No século XIX, XX e XIX não trabalhamos a gestão de cargo, mas precisamos trabalhar a gestão de competências”, afirma o conferencista. Diante de tal exposição o professor faz indagações a respeito não só da capacidade dos docentes em conseguir acompanhar o nível de exigência que se demanda hoje, mas de todos.

Docência 4.0
“O mercado de trabalho mudou, o mundo mudou”, ressalta Estrela. É a partir dessa premissa, que segundo o professor, deve-se partir o ensino em sala de aula, é onde começa a docência 4.0. “Vamos trabalhar dentro de um pensamento disruptivo, vamos ter que quebrar o processo normativo estabelecido”.
“Essa inovação disruptiva, nos leva a uma maior eficiência”, afirma o Congressista. Com esse processo disruptivo, que acompanha uma educação personalizada, ao reinventar o foco do aluno é o que representa esse conceito de docência 4.0, trazido por Estrela.
"Para trabalhar essa disrupção na educação, precisamos trabalhar dentro de outra contextualização. Apostar na formação precoce, integrar a inteligência artificial”, reitera Carlos. Além disso, o conferencista afirma que a atenção e preocupação com as novas tecnologias devem ser incluídos como pilares para a carreira docente, bem como o desenvolvimento da comunicação para melhorar o abismo que existe entre a autopercepção do professor e a autopercepção do aluno, em relação aos assuntos trabalhados.
Fonte: Secom UFG
Categorias: Docência Humanidades FO