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Universidade Federal de Goiás
encontro psicologia

Presença de psicólogos nas escolas públicas é discutida em palestra

Em 15/08/23 12:24. Atualizada em 15/08/23 12:24.

Evento recebeu os professores Marilene Proença, da USP, e Fauston Negreiros, da UnB

Ana Paula Ferreira

A formação da criança e do adolescente, cada vez mais, tem ganhado a atenção de profissionais de diversas áreas. À luz desse complexo cenário, a Faculdade de Educação reuniu na mesa de abertura do V Encontro Goiano de Psicologia Escolar e Educacional os especialistas Marilene Proença (USP) e Fauston Negreiros (UnB). A especialista frisou a importância da lei aprovada em 2019, nº 13.935, que garante a presença de profissionais da Psicologia e do Serviço Social na rede pública de educação básica e que está em fase de regulamentação. “A lei foi produto de uma organização político-acadêmica, que envolve muitas gerações”, afirmou Marilene, que enfatiza a importância do envolvimento político dos profissionais para a reivindicação de direitos resguardados. “Precisamos fortalecer quais são as dimensões constituintes da atuação profissional”.

Ainda sobre as dimensões que a formação profissional deve abordar, Marilene aponta seus quatro pilares: Ético-Político; Teórico-Metodológico; Social e Desenvolvimento Humano. “Devemos estar sempre atentos ao que cada um desses pilares traz para conseguirmos atuar com mais eficácia”, afirma. Complementando as reflexões da professora, o especialista Fauston Negreiros puxou o olhar dos presentes para o processo de construção das políticas públicas da Educação. “Nós profissionais da Psicologia da Educação não devemos só ocupar o lugar de atendimento, mas também devemos nos envolver e aproximar cada vez mais do poder legislativo, executivo e dos movimentos sociais”. 

Muito se discutiu no tocante à sobreposição da atividade clínica a outras atuações da Psicologia. A Psicologia Escolar e sua importância social no meio da rede pública educacional, profundamente debatido, foi o mote das discussões que permearam a atuação em todo o sistema público, mesmo que limitado de recursos. “Somos chamados pelos sintomas, o que está na superfície, mas temos que usar os recursos disponíveis e o resguardo dos quatro pilares para procurar a origem dos problemas que afligem cada uma das crianças e adolescentes”, ressalta Marilene. 

Por sua vez, Negreiros chama atenção para o poder da política da Psicologia Escolar no Congresso Nacional. “Nos atentar para essa parte burocrática das políticas públicas se torna uma vantagem nas lutas pelos nossos direitos”. O professor levantou reflexões sobre a atuação do psicólogo em Política Pública de Educação, e a possibilidade de ocupação de lugares de construção na formação escolar e social de crianças e adolescentes. Segundo ele, o entendimento das tendências sociais que circundam o dia a dia do aluno que ele assiste se torna uma ferramenta importante para entender como ajudá-lo. 

Categorias: Saúde