Palestra destaca mundo microscópico em animação
Transmissão ao vivo apresentou a relação entre ciência e arte no curta-metragem "O Micronauta"
Ricardo Lima*
A união entre ciência e arte ganhou vida durante a transmissão ao vivo do canal @WebCiência IQ-UFG, do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás, realizada em 7 de agosto. O evento, que foi mediado pelo professor Martins Barbosa, analisou o curta-metragem de animação "O Micronauta: Aventuras Gigantescas em Escalas Microscópicas", que inova na maneira de fazer divulgação científica. A colaboração com o LabMic, laboratório de física da UFG, que forneceu o equipamento do microscópio de varredura, desempenhou um papel fundamental na materialização do projeto.
O diretor de animação Emerson Rodrigues, do estúdio Gabinete de Curiosidades "Macaco Hábil" mergulhou nas profundezas da interconexão entre conteúdo científico e produção audiovisual durante a palestra. Ao revelar os bastidores criativos do projeto, o diretor Emerson Rodrigues compartilhou percepções essenciais. Ele enfatizou que o aspecto científico é central. “A ligação com a ciência está sendo muito mais interessante do que a própria ligação com o audiovisual”, destaca o diretor. A sua busca atual é transformar o curta-metragem em uma série de animação para TV, visando unir entretenimento e instigar curiosidade. A base diferencial da animação está nas imagens produzidas a partir da microscopia eletrônica, conferindo um caráter único à produção.
Curta-metragem
O diretor explicou como a transição de uma série para um curta-metragem infantil aconteceu devido a um edital da Petrobras. Essa mudança direcionou o foco da produção, com o estúdio movendo-se para criar conteúdo envolvente para crianças. O diretor expressou sua intenção de utilizar objetos familiares às crianças para criar uma ligação tangível com o mundo microscópico. A partir dessa perspectiva, a divulgação científica adquiriu um significado pessoal para Rodrigues, pois proporciona um “primeiro contato com a ciência” para o público infantil.
A premissa do curta é que o protagonista chega à Terra com o tamanho de 30 micrômetros de altura, equivalente à metade do tamanho de um fio de cabelo. A animação busca proporcionar uma exploração das coisas físicas em cenário invisível ao olho nu. Essa abordagem permitiu que imagens antes restritas a análises científicas, fossem compartilhadas com o público em geral, exibindo objetos do cotidiano de crianças, como arroz e feijão, em uma escala micrométrica.
Colaboração Universitária
Graças à parceria com o LabMic, laboratório de microscopia do Instituto de Física da UFG, as imagens em tamanho aumentado puderam ser utilizadas para compor os cenários da animação. Isto pois o microscópio de varredura, equipamento do laboratório, foi utilizado para obter as imagens. Emerson Rodrigues expressou sua intenção de utilizar objetos familiares às crianças para criar uma ligação tangível com o mundo microscópico.
O diretor destacou que a aplicação da microscopia eletrônica vai além da estética, pois a escala é mantida o mais precisa possível para manter a autenticidade visual. Ao trazer à tona a importância de mostrar o mundo invisível aos olhos das crianças, ele ressaltou o objetivo de fornecer um diferente ponto de vista. “O que eu queria é que uma criança se interessasse em entender o mundo de pontos de vista não tão óbvios”, pontua Emerson Rodrigues. No fim da live, o diretor respondeu perguntas do público do chat.
Acesse a palestra no link: https://www.youtube.com/live/b3LAUTy9cPQ?feature=share
*Ricardo Lima é estagiário de Jornalismo orientado pela jornalista Kharen Stecca e a professora Luana Borges
Fonte: Secom
Categorias: Arte e Cultura