
Seminário discute comunicação e inteligência artificial
17º edição do Seminário Internacional de Mídia, Cultura e Cidadania trouxe palestrantes nacionais e internacionais
Texto: Guilherme Oliveira
A Inteligência Artificial veio para ficar, mas ainda não substitui o ser humano na construção da notícia. Essa foi uma das ideias discutidas na conferência de abertura da 17º edição do Seminário Internacional de Mídia, Cultura e Cidadania que ocorreu no dia 30, às 9h. O tema abordado foi "Interfaces da Inteligência Artificial (IA) com a Comunicação e a Informação". O palestrante foi o professor José Miguel Tuñez Lopes da Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade de Santiago de Compostela (USC). A conversa foi mediada pela professora Laura Vilela Rodrigues Rezende da Faculdade de Informação e Comunicação da UFG.
O XVII Seminário Internacional de Mídia, Cultura e Cidadania (SEMIC) com o tema "Interfaces da Inteligência Artificial com a Comunicação e a Informação" ocorreu entre os dias 30 de outubro a 01 de novembro. O evento inclui conferências, por meio de palestras online via live no canal do YouTube Enredos Digitais, de renomados especialistas, bem como grupos de trabalho que exploraram vários temas sobre a comunicação e a informação
Durante a palestra de abertura, foram abordados pensamentos e análises sobre como seria possível associar o uso das plataformas de IA com a comunicação, mais especificamente no jornalismo. O primeiro tema abordado foi a desumanização do jornalismo gerado pela IA, pois a máquina seria incapaz de reproduzir o tato e feeling humano na apuração e construção da notícia. Segundo o professor, o jornalismo poderia se tornar robotizado, ele seria feito por intermédio apenas do algoritmo. Dessa forma, surgiu a ideia de que seria possível uma colaboração entre a tecnologia e o jornalista.
O debate ultrapassou vários campos de estudo, como a comunicação e a análise de dados. Para o professor, a priori, é necessário entender como a IA é percebida e usada pela sociedade em geral, para que depois seja elaborado formas de colaboração com o jornalismo. Discutindo, assim, a fronteira entre a realidade e a ficção, incluindo a realidade híbrida.
Posteriormente, o professor foi questionado sobre a formação dos futuros jornalistas na graduação, sobre a ótica do uso da IA na prática do jornalismo. Ele acredita que seria necessário explorar questões como desinformação, manipulação, fake news e vulnerabilidade no contexto da IA. É necessário também considerar a necessidade de formar jornalistas na área de IA e atentar-se ao desafio de manter-se atualizado devido às rápidas mudanças tecnológicas.
José Miguel destacou que seria de fundamental importância a colaboração interdisciplinar para compreender e lidar com a IA na comunicação. Ou seja, envolver diversas áreas do conhecimento para entender profundamente a maneira correta de utilizar a tecnologia da maneira correta.
O XVII SEMIC forneceu uma discussão para explorar como a inteligência artificial está remodelando o cenário da comunicação e do jornalismo. O evento destacou tanto os desafios quanto às oportunidades que a IA oferece, incentivando a reflexão sobre como incorporar essa tecnologia de forma ética e eficaz. Além disso, enfatizou a importância da colaboração interdisciplinar e da formação contínua para se manter atualizado em um campo em constante evolução.
Fonte: Secom UFG
Categorias: SEMIC Humanidades Fic