
Livro de professor da UFG é finalista do Prêmio Jabuti
Obra sobre relação entre patrimônio arquitetônico e tecnologias concorre na categoria Economia Criativa
Eduardo Bandeira
O livro Patrimônio 4.0, organizado pelo professor do curso de Design de Produtos da Universidade Federal de Goiás (UFG), Pedro Henrique Gonçalves, é finalista do 65º Prêmio Jabuti, a mais tradicional premiação literária do Brasil. A obra aborda a relação entre as tecnologias digitais e a valorização, preservação e conservação do patrimônio histórico e dos bens culturais.
O livro concorre no eixo Não Ficção, na categoria Economia Criativa. Além de Pedro Henrique, outros 20 pesquisadores contribuíram para o material. Outras quatro obras são finalistas na categoria e o resultado será divulgado na próxima terça-feira (5/11).
Patrimônio 4.0 é fruto de pesquisas desenvolvidas no Laboratório do Ambiente (LabAm) da UFG, que teve origem na Regional Goiás. Segundo o professor, que também é coordenador-geral da rede de laboratório Ideias, Prototipagem e Empreendedorismo (IPElab), o objetivo é promover uma interação entre os mundos físico e digital. "Hoje temos várias tecnologias digitais que nos permitem realizar essa ponte, desde a realidade virtual ou a aumentada até os gêmeos digitais, que utilizam a internet das coisas como principal meio de conexão entre os mundos físico e digital".
O livro também busca ampliar o conhecimento sobre a relação entre a Arquitetura e o Urbanismo e a tecnologia, de forma a aprimorar essas áreas. Pedro Henrique destaca a importância de aprender a utilizar a tecnologia em prol da humanidade e para melhorar a sociedade como um todo. Assim, de acordo com ele, os processos de gestão, valorização, preservação e monitoramento do patrimônio serão beneficiados.
A obra também aponta para as possibilidades de utilização de tecnologias ainda pouco exploradas. O autor e organizador cita como exemplo a Inteligência Artificial, o processamento de dados e a big data. Além disso, o livro promove um olhar positivo quanto ao reconhecimento e à proteção do patrimônio edificado.
Pedro Gonçalves (UFG), organizador do livro que concorre à 65ª edição do Prêmio Jabuti (Foto: Arquivo Pessoal)
Literatura goiana
O professor da UFG reconhece que só o fato de estar entre os finalistas de um prêmio tão importante já mostra a qualidade da literatura goiana e das pesquisas desenvolvidas nas universidades.
"Isso reforça a literatura goiana, principalmente porque estamos competindo com o país inteiro e mostrando que Goiás também está participando, que o estado também produz. É importante divulgar os trabalhos desenvolvidos dentro da academia, em especial dentro da universidade".
Economia criativa
A categoria Economia Criativa do Prêmio Jabuti premia livros que abordem negócios e ações econômicas e/ou sociais provenientes do capital intelectual e cultural, marcados pela criatividade e pela inovação.
Espera-se que as obras promovam a diversidade sociocultural e o desenvolvimento humano, produzam valor econômico e gerem trabalho, renda e receita nas áreas de Moda, Lazer, Gastronomia, Hotelaria, Turismo, Entretenimento, Sustentabilidade, Cidades e Patrimônios, Games, Aplicativos e outras Mídias Digitais.
Além de Patrimônio 4.0, concorrem nessa categoria os seguintes livros: Criatividade a Sério (Felipe Zamana), Hospedagens Memoráveis (Rodrigo Galvão), Metaverso Educacional de Bolso – Conceitos, Reflexões e Possíveis Impactos na Educação (Francisco Tupy e Helena Poças Leitão) e Receitas do Favela Orgânica: Aproveitamento Integral de Alimentos (Regina Tchelly).
* Crédito da foto de capa: Getty Images.
Fonte: Secom UFG
Categorias: Tecnologia