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Universidade Federal de Goiás
Pensar Direitos Humanos

Evento discute direitos humanos em meio a onda autoritária

Em 08/12/23 16:47. Atualizada em 08/12/23 16:56.

XIV Pensar Direitos Humanos também abordou educação, democracia na América Latina e luta antirracista

Da Redação, com informações do Núcleo de Direitos Humanos

Encerrou-se na quarta-feira (6/12) o XIV Pensar Direitos Humanos, realizado juntamente com o III Foro de Derechos Humanos e o I Seminário de Pesquisa dos Programas de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos da Universidade Federal de Goiás (PPGIDH/UFG) e em Direitos Humanos e Cidadania da Universidade de Brasília (PPGDH/UnB).

Durante os três dias de evento, os participantes tiveram a oportunidade de apresentar e discutir trabalhos na área de Direitos Humanos, além de participar de palestras, seminários e mesas-redondas que abordaram temas cruciais para a jornada.

Na terça-feira (5/12) foram promovidas duas mesas-redondas, com os temas "A efetivação de Direitos Humanos e a permanência de grupos vulneráveis na educação superior na América Latina: A Cres+5 e as políticas e programas para além da inclusão" e "Desafios para a construção do futuro em um continente golpeado em eterna transição democrática: 70 anos Paraguai, 60 anos no Brasil, 50 anos Uruguai/Chile e 40 anos na Argentina". Nesse dia também foram iniciadas as apresentações das pesquisas dos estudantes do PPGIDH.

Já na quarta-feira (6/12), último dia de evento, os estudantes seguiram com as apresentações pela manhã e, durante a tarde, foi realizada a primeira mesa-redonda do dia, que teve como tema "Lutas antirracistas, anticoloniais, antipatriarcais, antifascistas/xenófobas na América Latina e os movimentos de Direitos Humanos".

Na apresentação, a professora e antropóloga Luciana Dias provocou os participantes a refletirem sobre suas ações individuais diante das violações aos direitos humanos, além de reforçar a importância da educação em direitos humanos como um meio fundamental para fortalecer a cidadania e promover mudanças significativas na sociedade. "Todo e qualquer evento em prol dos Direitos Humanos é contra-hegemônico. Os Direitos Humanos têm como pressuposto a dignidade, a justiça e a paz", destacou a professora.

 

Pensar Direitos Humanos

Participantes do Pensar Direitos Humanos; evento recebeu Foro de Derechos Humanos e seminário de pesquisa (Fotos: NDH)

 

Na sequência foi realizada a mesa-redonda "Democracia e Direitos Humanos sob ataque na América Latina: novas redes sociais, autoritarismo e arranjo social da retórica anti-humanista da ultradireita", em que os pesquisadores discutiram violência, intervenção policial e rede de produção de dados confiáveis sobre o tema.

Para encerrar, foi realizada a conferência "Cultura, Periferias e Direitos Humanos", na qual a professora da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac) da UFG, Flávia Cruvinel, e a secretária de Cultura do Estado de Goiás, Yara Nunes, falaram sobre os percalços, necessidades e as demandas no que se refere à cultura.

 

Leia também: Pesquisadores discutem os desafios dos Direitos Humanos na América Latina

 

Pensar Direitos Humanos

Conferência "Cultura, Periferias e Direitos Humanos" abordou percalços e demandas da área da cultura

 

Apresentação de trabalhos

Nos três dias de evento, os estudantes do PPGIDH e do PPGDH/UnB puderam compartilhar suas pesquisas. A discente do mestrado Helena Alves de Góis apresentou, no Grupo de Trabalho (GT) 1 – Teoria e História da Democracia e dos Direitos Humanos, o trabalho intitulado "Paradoxo entre os agentes de promoção de transferência de renda e o direito dos beneficiários do programa Bolsa Família em Goiás".

"Minha experiência foi enriquecedora em todos os sentidos. Aprendi muito e ainda tive essa oportunidade de apresentar para um grupo maior minha pesquisa", destacou a mestranda, que, até o momento, havia apresentado a pesquisa apenas no grupo interno da linha de pesquisa da qual faz parte.

Já o mestrando Iago Moura, do PPGDH/UnB, destacou a importância da integração entre as duas universidades. "Na UFG, senti que meu trabalho foi acolhido e respeitado. Recebi críticas construtivas e indicações de leitura valiosíssimas. Mas, o mais importante, foi ter tido a oportunidade de começar a construir uma teia de contatos com pessoas pesquisadoras que, junto comigo, querem dar sentido ao que fazemos dentro da universidade pela ação na luta cotidiana por mais direitos", pontuou.

Iago Moura, que atua na linha de pesquisa "Constitucionalismo, Democracia, Memória e História", apresentou o trabalho intitulado "Direitos Indígenas entre promessa e desamparo no STF: um olhar crítico sobre os diálogos institucionais".

"A comunicação se propôs a analisar aspectos de uma ação que tramita no Supremo, a ADPF 709, pela qual diversos povos indígenas apresentaram as violações de direitos humanos de que foram vítimas durante a pandemia da covid-19, de modo a requererem enfrentamento da situação pelo poder judiciário. O meu trabalho foi construído como uma reflexão-denúncia sobre como o STF, a pretexto de agir de uma maneira ‘dialogada’ com a União para alcançar uma reposta constitucionalmente adequada, na verdade, tem lutado contra o próprio projeto constitucional", explicou.

Fonte: NDH

Categorias: Mobilização Humanidades Direitos Humanos